domingo, 29 de março de 2015

FUTEBOL É ESPORTE COLETIVO

Os amistosos realizados contra França e Chile deixaram duas impressões que Dunga nosso selecionador precisa analisar. Contra a França um primeiro tempo fraco e um segundo com mais disposição e acertos. Hoje contra o Chile que se preocupou em barrar as jogadas brasileiras com faltas sob a complacência da arbitragem, o teste de alguns jogadores não acrescentou nada. O que chamou a atenção mesmo foram os exageros praticados por Neymar. Cavando faltas, recebendo faltas, fazendo faltas e querendo jogar sozinho. Prejudicou a seleção em vários lances ao tentar driblar exageradamente os defensores do Chile. Perdeu muitas jogadas e mostrou que está mais preocupado em se mostrar do que jogar com os companheiros o chamado futebol (association) coletivo. Neymar precisa se conscientizar que quando chama para cima de sí os adversários seu companheiros estão livres para receber a bola e dar provimento a jogada. Ninguém no futebol de hoje e de outras épocas mesmo conseguiu resolver tudo sozinho. Sempre teve a participação dos demais companheiros. Neymar voltou a ser “fominha” o que novamente poderá provocar contusões e prejuízos a Seleção Brasileira. Dunga precisa corrigir isso antes da Copa América. É isso aí.

segunda-feira, 23 de março de 2015

AS GOLEADAS DO SANTOS


O Santos FC aplicou duas goleadas históricas em Santa Catarina nos anos 60. Em 30 de Agosto de 1961 num amistoso contra o Grêmio Esportivo Olímpico. O jogo realizado no Estádio da Baixada teve Pelé em campo. A fera marcou cinco gols e Cabralzinho completou com os outros três. Coutinho contundido na atuou. Renda: Cr$ 1.900.000,00 com arbitragem do paulista Josafato Serra. Perdeu o GE Olímpico com Nazareno (Alemão); Hélio (Acari), Nilson Greuel, Romeu (Vinícius) e Garoto; Mauro e Aducci (Norberto); Milton, Valdir (Tião), Orion (Erondi) e Risada (Matos). O Santos desfilou com Laércio (Silas); Figueiró, Mauro (Calvet) e Décio Brito; Zito (Jorge) e Formiga (Roberto); Tite, Jorge (Juninho), Cabralzinho, Pelé e Pepe (Osvaldo). Foto com os dois times antes do jogo Santos FC do Rei Pelé, em 1961, antes do jogo contra o Olímpico. Em pé da esquerda para a direita – Formiga, Garoto, Calvet, Aducci, Zito, Romeu, Figueiró, Hélio, Mauro, Laércio, Nazareno e Nilson Greuel. Agachados: Tito, Miltinho, Jorge, Valdir, Cabral, Orion, Pelé, Risada, Pepe, Mauro e Jorge Macedo (massagista). E um lance com Pelé em ação. Ainda sem estar definitivamente integrado ao rádio fui um dos repórteres-de-meta da Rádio Nereu Ramos.



Em dia 1o. de Outubro de 1967 a cidade de Taió, interior de Santa Catarina comemorou seu aniversário com a presença do Santos FC. Pelé recuperando-se da contusão sofrida na Copa de 1966 compareceu para lotar o Estádio do União FC. Mesmo sendo bombardeado nos primeiros minutos com Gilmar fazendo defesas sensacionais o Combinado Olímpico/Palmeiras acabou sendo goleado por 7 a 1. Coutinho (2), Edu, Clodoaldo, Douglas, Silva e Wilson marcaram os gols do time peixeiro, Leal descontou. Utilizou o Santos nesse jogo Gilmar (Élcio Mineiro), Carlos Alberto (Turcão), Ramos Delgado, Joel, Rildo, Zito (Negreiros), Clodoaldo, Wilson (Almiro), Coutinho (Silva), Douglas e Edu (Abel). Eu estava lá para transmitir pela primeira vez uma partida do então Bicampeão Mundial ao lado do comentarista Álvaro Correa.

segunda-feira, 9 de março de 2015

HISTORINHAS DO RADIO ESPORTIVO


Lá pelos anos 60 o SC Internacional de Porto Alegre realizou um amistoso contra o Hercílio Luz FC no Estádio Aníbal Costa na cidade catarinense de Tubarão, conhecida como a Cidade Azul. A grande atração do time gaúcho era o catarinense Carlos GAINETE Filho, goleiro revelado pelo futebol florianopolitano com grande destaque no CR Vasco da Gama e no Internacional. Com os times em campo o eclético jornalista Nelson Tófano da Rádio Tabajara de Tubarão foi entrevistar Gainete. Havia uma dúvida sobre sua presença no jogo em virtude de uma contusão. E o papo saiu assim... Nelson Tófano - Então Gainete, você joga ou não joga? Gainete - Se estou em campo é porque eu vou jogar né. Nelson Tófano - Que não seja por isso, porque eu também estou em campo e não vou jogar.

Lauro Soncini foi um dos mais discutidos locutores esportivos do rádio de Santa Catarina. Foi figura de destaque das Rádios Diário da Manhã e Guarujá. Defendia com todas as armas os times de Florianópolis e vez por outra arrumava problemas com os clubes do interior. Em determinada ocasião foi impedido de transmitir um jogo entre Marcilio Dias e Figueirense no Estádio Hercílio Luz em Itajaí. Soncini acabou transmitindo o jogo. Conseguiu um apartamento próximo do estádio e usando binóculo para ver mais de perto o jogo ia descrevendo... Lá vai o Figueirense com Zilton entrega para Valério, corta o número cinco do time local. Lá vai o time local para o ataque com o número 10 que toca para o número nove...

Na Copa do Mundo de 1974 na Alemanha a imprensa local foi ver de perto como os brasileiros transmitiam os jogos de futebol. A rapidez das narrações surpreendia em todos os países onde as emissoras brasileiras se faziam representar. No IBC – International Brodcasting Center – instalado em Frankfurt começaram neste mundial as “famigeradas” transmissões em Off-Tube dos jogos nos quais a Seleção Brasileira não estava envolvida. E foi numa dessas que descobriram José Italiano – O Garganta de aço – da Rádio Gazeta narrando Alemanha e Suécia num dos estúdios do IBC. Gravaram alguns minutos o desempenho do locutor brasileiro e depois colocaram no ar: “Vejam como os brasileiros dizem estar transmitindo os jogos dos estádios”. Fecha pano.

Jair Bozza, apelidado por Hélio Ribeiro de Jair Bozó nos tempos da Rádio Capital deixou marcada sua passagem pelo rádio brasileiro. O moço de Paranaguá trabalhou muitos anos no rádio de Curitiba onde certa feita foi ao interior e não conseguiu conectar o circuito de transmissão destinado a sua emissora. Rapidamente saiu do estádio a procura de um telefone público. Fez ligação a cobrar para sua rádio e ouvindo o jogo por uma rádio da cidade passou a narrar a partida. Em sua volta o povo se divertiu entre aplausos e gargalhadas. Jair Junior continua narrando futebol na sua cidade natal Paranaguá.

A história do “Olha o Gol” que muitos conhecem foi vivida por vários locutores esportivos do Brasil. O falecido Rosildo Portela empunhando o microfone de uma emissora de Curitiba estava no Beira Rio em Porto Alegre. Bola rolando e de repente representantes de uma empresa de refrigerantes ingressaram na cabine para presentear o locutor. Portela ficou mais interessado com as “meninas” do que com o jogo e logo ouviu o Plantão Esportivo chamar: “Olha o Gol”. E ele de imediato... aonde? Aí no Beira Rio.... E Rosildo soltou o vozeirão... GGGGGOOOOOOOOOOOOOOOOLLLLLLLLLLLLLLLLLLLLL.

Na Copa América de 1999 realizada no Paraguai um famoso locutor esportivo – já falecido – foi contratado para participar como comentarista de uma emissora brasileira. Logo na primeira rodada deixou de comentar para narrar os jogos. No andamento da competição foi escalado para Colômbia e Equador. Como a transmissão era em off-tube diretamente de um Hotel em Foz do Iguaçú acabou invertendo os dois selecionados. Nos primeiros quarenta e cinco minutos transmitiu a Colômbia como se fosse o Equador e o Equador como se fosse a Colômbia. Tudo porque a Colômbia jogou de camisa azul e o Equador de camisa amarela.

E pra finalizar aquela do locutor da Emissora Continental a 100% esportiva do Rio de Janeiro que nos anos 50 e 60 fazia a dublagem na transmissão de jogos de futebol. O Internacional jogaria no Estádio dos Eucaliptos em Porto Alegre contra o San Lorenzo da Argentina uma partida amistosa. Jogo marcado para começar às 21 horas. O operador técnico encarregado de sintonizar a Rádio Farroupilha para a dublagem encontrou dificuldades e não conseguia ouvir a emissora gaúcha. Faltando três minutos para as 21 horas o locutor abriu a jornada, leu a escalação dos dois times que tinha recortado do jornal e iniciou a narração. Passados uns 10 a 15 minutos o operador finalmente sintonizou a Rádio Farroupilha e rapidamente escreveu numa folha de papel colocando-a na mesa do locutor onde se lia: “Está chovendo muito em Porto Alegre não tem jogo”. O locutor imediatamente sentenciou: “Senhoras e senhores, chove muito em Porto Alegre. O jogo foi cancelado. Boa noite”.

sábado, 7 de março de 2015

MORREU BRANDÃO!


Só hoje passando por Blumenau tomei conhecimento do falecimento do empresário, ex-atléta de futebol, maratonista e amigo Horst Von der Heyde que no esporte era conhecido por Brandão. Empresário dos mais bem sucedidos na Von der Heyde Mármores e Granitos na Rua São Paulo em Blumenau, Brandão além de exemplar pai de família teve sua juventude dedicada ao futebol. Primeiro como jogador de meio de campo, depois como zagueiro central e quarto zagueiro. Começou no Grêmio Esportivo Olímpico. Foi campeão da LBF em 1963 pelo Guarani FC. Na foto do time campeão aparecem Rolf Kuenrich (presidente), Antoninho, Mosquito, Cildo, Alcino, BRANDÃO, Dagoberto e Carlos de Campos Ramos (Leléco) o treinador em pé; Da Silva, Nilo, Carlinhos, Ivo e Joel abaixados. Embora com atraso meus sentimentos a esposa Gudrun e família. Descanse em paz Horst Von der Heyde.

Em pé: João Dato, BRANDÃO, Acosta, Sebastião Lapola,
 Luis Valente e Bertamim. Agachados: Teotônio, Nélson,
 Robertinho, Marcenal e Plínio


Com brilhante passagem pelo Corinthians de Presidente Prudente então dirigido pelo “Caçamba” o consagrado técnico gaúcho Oswaldo Brandão. Jogou também pelo Clube Atlético Carlos Renaux e foi encerrar sua carreira pelo Guarani Futebol Clube onde conquistou o título de campeão da LBF em 1963. Foi um dos mais brilhantes zagueiros que vi jogar. Depois do futebol tornou-se presidente do Grêmio Esportivo Olímpico e ao mesmo tempo maratonista. Quis o destino que Brandão viesse a falecer em 5 de Fevereiro deste ano acometido do mal de Alzheimer.  

quinta-feira, 5 de março de 2015

RADIAIS E ESPORTIVAS



Foi novamente muito concorrido o jantar da CONFRARIA DOS AMIGOS DA BOLA realizado na segunda-feira (2) na Churrascaria LA VENTURA aqui em Curitiba. Quase 100 pessoas (97) exatamente prestigiaram o encontro que acontece toda primeira segunda-feira do mês. Em Abril será no dia 6. Ex-jogadores, atuais e ex-radialistas e jornalistas marcaram presença. Foram homenageados Alfredo Gottardi, Saulo, Aladim, Everaldo e Brando. A Confraria criada pelo Capitão Hidalgo completará quatro anos em Outubro.

O SC Corinthians Paulista agora presidido por Roberto Andrade vai diminuir drasticamente as despesas mensais. As parcerias com o Flamengo de Guarulhos e com o futebol português serão canceladas. É provável a dispensa de 90 atletas. O clube informou que por utilizar o Centro de Treinamentos do Flamengo de Guarulhos tornou-se responsável por 149 jogadores. Com a inauguração do Centro das Divisões de Base este ano o clube vai diminuir seus custos.

Sérgio Prestes, o ex-jogador Serginho é o substituto do falecido Dionísio Filho na tradicional Rádio Banda B de Curitiba. Ele também ocupa a vaga deixada pelo Djonga no programa esportivo dominical da TV Educativa do Paraná que tem sede em Curitiba. 

Em fase final de recuperação a boa notícia dos últimos dias é Alceu Menta o ex-zagueiro e comentarista esportivo Caxias, gaúcho de Veranópolis que jogou pelo Internacional, Caxias, Botafogo, Coritiba e Colorado. Caxias está internado no Hospital Santa Cruz de Curitiba há várias semanas. Recentemente Levir Culpi e o jornalista Adriano Rattmann visitaram o “Caxa”. Saúde amigo e que receba alta logo.

Rodinaldo veio do interior de São Paulo para o Carlos Renaux em 1983. Era excelente jogador e dono de um inconfundível sotaque caipira, a lá Neto comentarista da Band. Após marcar um golaço pelo time tricolor, foi entrevistado pela Rádio Araguaia próximo aos vestiários do Estádio Augusto Bauer.  – Conta pra nós como foi esse gol Rodinaldo! – Cara, eu só sei que adriblei um, adriblei dois, comi o goleiro, levei uma cipoada, a bola foi fondo, fondo e penetrou nos balbantes. – Ficou feliz com o gol? - Tô não, sô! Nos abralços me surrupiaram meu cordãozinho de ouro. Esse é um dos muitos causos que Valdir Appel conta no livro “Onde ele pisa Nascem Histórias” lançado recentemente pelo ex-goleiro do CR Vasco da Gama.

Nélio Sander, jornalista da Transamérica de Foz do Iguaçu integra a equipe esportiva da emissora que tem acompanhado o Foz no atual Campeonato Paranaense de Futebol. Nélio é jornalista que cobriu vários eventos internacionais inclusive o Torneio da França. Parabéns Nélio Sander e companheiros.

Edegar Paschoal Schmidt foi homenageado no último final de semana na passagem de seu aniversário. Edegar segue em recuperação depois do AVC sofrido no final de 2013. Saúdo os amigos Samuel De Souza Santos, Luiz Carlos Reche e João Carvalho que foram abraça-lo. Estamos aguardando seu breve retorno grande Schmitão.

O rádio esportivo continua passando por sérias dificuldades para acompanhar os clubes neste começo de ano. Grande parte das emissoras só desloca repórteres para a cobertura de jogos fora da sua sede. Isso acontece nos Campeonatos Estaduais, Libertadores e agora na Copa do Brasil. Vai complicar ainda mais na Copa América deste ano no Chile pelos direitos que estão sendo cobrados na base de 50 mil dólares por emissora.

Um dos maiores repórteres do rádio esportivo paranaense, filho da cidade catarinense de Gaspar onde iniciou sua carreira continua dando as cartas. Depois de começar no rádio de Gaspar passando pela Rádio Nereu Ramos de Blumenau e fazendo sucesso total na Rádio Independência de Curitiba, João Pedro Correa, o Jota Pedro compareceu no final do jantar de segunda-feira da CONFRARIA DOS AMIGOS DA BOLA e prometeu voltar. Jota Pedro esteve prestando seus serviços profissionais por quatro anos na Rádio Nacional da Suíça e em 1974 cobriu a Copa do Mundo da Alemanha pela Rádio Deutsche Welle. Hoje é especialista em trânsito já tendo escrito vários livros a respeito.

Tenho sido inquirido com frequência por amigos e conhecidos sobre a volta das coberturas esportivas da RB2 antiga Rádio Clube Paranaense. A emissora que recolou no ar suas Ondas Curtas de 25, 31 e 49 metros interrompeu os programas e transmissões em Maio de 2014. Hoje se limita ao jornalismo, programas musicais e a transmissão dos cultos religiosos. 

O consagrado Luiz Carlos Reche, ex-Rádio Guaíba e atualmente na Rádio Bandeirantes de Porto Alegre e na Ulbra TV com o Cadeira Cativa é homem bem sucedido fora dessas atividades. Já há vários anos é proprietário das BATERIAS RECHE. Eu brinco com o amigo sobre as BATERIAIS RECHE as únicas que não dão treke, treke.  Luiz Carlos Reche é um dos mais importantes e respeitados comentaristas esportivos do Rio Grande do Sul.

terça-feira, 3 de março de 2015

OS EXAGEROS DO NOSSO FUTEBOL!



O futebol não anda lá essas coisas aqui no Brasil e ficou desacreditado ainda mais com o resultado negativo da Copa do Mundo de 2014. A goleada sofrida diante da Alemanha criou nova síndrome como já havia ocorrido com a derrota na Copa do Mundo de 1950. Mas, isso parece não ter afetado os jogadores que continuam jogando pouco e ganhando muito. E, exagerando nas comemorações para se mostrar diante das câmeras das televisões. Essas criaram até quadros para homenagear os jogadores. Os problemas para os clubes tem aumentando cada vez mais com a aplicação de Cartões Amarelos nas comemorações dos gols. Ainda no domingo depois de marcar um belo gol contra o Linense, Robinho subiu o alambrado no Pacaembu para comemorar com os torcedores. Resultado: recebeu Cartão Amarelo e poderia ter prejudicado seu time. Sim porque se cometesse uma falta ou uma atitude inconveniente na sequência poderia receber Cartão Vermelho. Não sei como os clubes se comportam sobre esses casos de indisciplina. O marketing se tornou mais importante do que o futebol e os clubes deveriam tomar providências enérgicas a esse respeito. Jogador de futebol é um trabalhador que tem os privilégios que os trabalhadores de outros segmentos não têm. Trabalham 4 horas no máximo ao dia, são acompanhados de médicos sem ter que usar o SUS, tem nutricionistas que programam alimentos balanceados e de qualidade, concentram-se nos melhores hotéis, tem excelentes salários e gratificações por vitórias e direitos de arena. Agora está na hora de mostrar serviço e acabar com a falta de qualidade que se vê hoje. É isso aí.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2015

FALTA RESPEITO AO RÁDIO ESPORTIVO


A falta de respeito ao rádio esportivo também se enquadra na falta de respeito do próprio rádio esportivo. Sei muito bem que a ausência dos repórteres no gramado vem de uma determinação da FIFA nas competições sob a sua égide e da Conmebol nos torneios de sua competência. É claro que ao longo dos anos houve muito abuso. Mas, não se pode esquecer a valorização que se dava ao trabalho dos treinadores durante uma partida. Nos meus tempos de Jovem Pan, Cândido Garcia, Fausto Silva, João Bosco, Israel Gimpel, Flávio Adauto, Juarez Soares, Reinaldo Simi Jr., Wanderlei Nogueira, José Roberto Ercolin ouviam durante o jogo a opinião dos treinadores. E esse rápido registro auxiliava os comentaristas Orlando Duarte, Randal Juliano, Leônidas da Silva, Claudio Carsughi, Mauro Pinheiro, Vital Bataglia, Mauro Nóbrega na opinião dando ao torcedor a noção de como o treinador e os analistas estavam vendo o jogo. Hoje a estatística é o ponto de referência de muitos comentaristas. Claudio Casrsughi sempre passava os “números” (estatística) dos jogos antes ou depois da opinião do comentarista. A televisão copiou tudo o que o rádio fazia e tem a seu favor a imagem do evento. A falta de respeito ao rádio esportivo não se baseia apenas no cerceamento a liberdade na cobertura do futebol porque a televisão adquiriu os direitos dos jogos. Vai muito além, passando pelos “inventores” que dirigem as rádios e seus departamentos esportivos. Isso sem esquecer que é pequeno o número de narradores, comentaristas e repórteres qualificados. Falta criatividade. Não essa criatividade que se houve chula e barata que só serve para encher os ouvidos do torcedor. Falta respeito ao rádio esportivo em todas as áreas. Não é saudosismo, é a realidade. Perguntem para quem gosta de ouvir futebol pelo rádio se ele está satisfeito com o que ouve. Duro mesmo é ver comentários na internet com autoelogio que os próprios profissionais fazem ou utilizando-se de amigos e outros. Isso também é falta de respeito ao rádio esportivo. É isso aí.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

RESPEITEM O RÁDIO!



Atlétiba de 1934 a primeira transmissão da Rádio
 Clube Paranaense de um  jogo de futebol.
A televisão nem existia no Brasil.
O futebol está cada vez mais nas mãos da exclusividade. A Rede Globo detém os direitos de todos os campeonatos mundiais, nacionais, estaduais para o Brasil. Esse monopólio está “matando” o rádio esportivo brasileiro amigo inseparável do torcedor. Em 2002 a Rádio Jovem Pan (sempre presente anteriormente) não transmitiu o Mundial da Coréia-Japão por entender que se cobravam além da realidade pelos direitos para o rádio. Agora o problema chega também para a Copa América a ser realizada no Chile este ano. Os direitos do rádio estão sendo cobrados a preços fora da realidade para o rádio brasileiro. Será cada vez menor o número de emissoras para transmitir o evento. Uma coisa é ter os direitos para repassá-los a terceiros, outra é querer matar o rádio que já anda com suas verbas cada vez mais curtas. Está provado que o torcedor brasileiro gosta do futebol e suas emoções com o som do rádio e as imagens da televisão. E é isso que estão querendo acabar de vez. A ABERT precisa intervir em favor do rádio brasileiro para que não fique restrito as rádios dos donos dos direitos as transmissões dos grandes eventos. A realidade financeira do rádio brasileiro não é a mesma da televisão. Queiram ou não e parece que isso preocupa. O rádio continua sendo o maior divulgador do futebol em nosso país. Vamos respeitar o rádio esportivo brasileiro porque o futebol deve muito a ele. É isso aí.

sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

QUANDO O FUTEBOL ERA SÓ FUTEBOL



Sou do tempo em que o futebol brasileiro era só futebol. Grandes jogadores, estádios lotados, os atletas eram patrimônio dos clubes, clubes com mais de 100 mil sócios, sem publicidade nas camisas, sem televisão ao vivo. Já não temos grandes craques e os melhores deixaram de ser patrimônio exclusivo dos clubes. Hoje não existem mais clubes com 100 mil associados. As publicidades nas camisas tiraram a sua originalidade e os fabricantes produzem algumas de mau gosto em cores e design. Na época em que não havia televisão ao vivo os estádios recebiam 100 mil torcedores nos grandes jogos. Hoje 40 mil é considerado um grande público. E o Brasil não tinha mais que 100 milhões de habitantes, hoje passamos dos 200 milhões. Antes os clubes eram administrados com os recursos dos associados e das rendas dos jogos. Construíram seus estádios, tinham associados e os jogadores como seu patrimônio. Hoje seus estádios estão com capacidade reduzida, poucos associados e os jogadores deixaram de fazer parte do patrimônio exclusivo. Estão nas mãos de empresários e especuladores. Os clubes por gastarem o que não arrecadam para se manter na elite viraram reféns da televisão. Antes os grandes jogadores eram revelados em sua maioria pelos clubes do interior e despontavam nos Campeonatos Estaduais. Os Estaduais de hoje estão esvaziados e também nas mãos da televisão. Em verdade os jogadores de então não recebiam grandes salários, mas jogavam o futebol que levou o Brasil aos títulos mundiais de 58, 62 e 70. Em 1994 e 2002 nossa seleção era formada por atletas supervalorizados no exterior. De lá pra cá os clubes foram acumulando prejuízos e sem o dinheiro da televisão muitos já tinham fechado as portas. Lamentavelmente o esporte mais popular do Brasil é hoje mais marketing do que futebol. É isso aí.

domingo, 11 de janeiro de 2015

FUTEBOL DESACREDITADO E FALIDO!



Bem que escrevi em 2014 antes do Mundial que um resultado negativo colocaria nosso futebol em estado de alerta. Hoje o futebol brasileiro não tem mais o crédito que lhe era dado. Nosso futebol está desacreditado. Depois da saída de Neymar nenhuma grande transferência para o exterior. Os que foram após e os que poderão ir esse ano serão comercializados por preços insignificantes em relação às negociações anteriores. Inglaterra, Itália, Espanha, Alemanha tem jogadores vendidos acima de 100 milhões de dólares. No Brasil a saída de jogadores por 2 a 15 milhões de reais está sendo visto como um grande negócio. Sinal dos tempos que prova estar o futebol brasileiro mal abastecido de jogadores e o que é pior, os clubes não tem dinheiro para investir. Neste início de temporada as contratações feitas não tiveram a mesma repercussão de anos anteriores. É toma lá dá cá. O futebol brasileiro salvo raríssimas exceções está falido. É isso aí.

terça-feira, 6 de janeiro de 2015

O RÁDIO BRASILEIRO



Recentes pesquisas mostraram que o rádio continua em alta em todo o país. Em São Paulo esse levantamento mostrou que o rádio tem mais audiência que a televisão até ao meio dia. E mesmo depois desse horário quando a televisão o supera, o rádio também tem sua audiência aumentada. O rádio continua imbatível, pena que hoje muitas emissoras continuam nas mãos de pessoas que não são da área. Li outro dia que emissoras do exterior voltarão a transmitir em Ondas Curtas. A internet ajudou muito a difundir ainda mais o rádio, mas nem todos tem acesso a esse sistema de informação. O que se lamenta é a qualidade do rádio atual. Nas FMS onde a audiência é maior, a programação das mais ouvidas reproduz o que o rádio AM sempre fez. A maioria prefere programações destinadas à juventude. São programas que só interessam mesmo aos jovens. O rádio AM vai para a frequência FM, mas tem que mudar muito e acabar com as terceirizações. Só gostaria de saber por que o Ministério das Comunicações ainda não tirou do ar os prefixos que não são explorados por aqueles que receberam a Outorga do governo para funcionar. Esse é o grande problema do rádio AM onde qualquer pessoa tem acesso desde que compre o horário. Como está começando uma nova gestão governamental Ministério das Comunicações, Anatel e Abert poderiam acabar com isso. Isso deveria ser prioridade para quem dirige estes órgãos. É isso aí.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

UM ANO PRA SER ESQUECIDO!


Estamos às vésperas do Natal e da passagem de ano. 2014 está terminando, passou rápido pelo menos pra mim. Parece que o tempo voou.  Oxalá 2015 possa ir mais devagar (kkkkkkk) sempre com muita saúde, amor, paz, alegria e sucesso para todos. O momento cabe para que alguns fatos do esporte e do jornalismo sejam analisados.
Começo pelo desastre brasileiro na Copa do Mundo. Fiquei com a impressão de que a Copa do Mundo nem aconteceu. O país recebeu milhões de pessoas que saíram maravilhados como que viram e do que participaram. Nós ficamos tristes pela nossa seleção e continuamos tristes com os acontecimentos pôs-copa que se avolumam cada vez mais sem que se tenha uma providência.
No jornalismo esportivo a lamentar neste final de ano a desativação da equipe esportiva da 98FM de Curitiba que começou em 2011. O produto esporte no rádio é um produto forte que serve para alavancar a programação de uma emissora o que os “gênios” de hoje não sabem. A cobertura esportiva no rádio sempre se caracterizou para dar mais peso a programação. É por essas e outras atitudes que o rádio brasileiro sofre as atuais consequências.

A falta de qualidade também foi registrada nos campeonatos regionais e nas séries “A”, “B”, “C” e “D” do Brasileiro. Equipes remendadas, jogadores sem grande expressão, e com isso quem pagou caro foi o torcedor. Duro mesmo é saber das dívidas astronômicas dos clubes brasileiros que aumentam cada vez mais. Não dá pra entender que equipes como o CR Flamengo falam em investir forte para 2015 sem se preocupar em saldar o que deve.  Vejam por exemplo o que o site IG publica hoje sobre o assunto: “A expectativa é que Luxemburgo consiga deixar o Fla com a sua cara em 2015, contratando jogadores que podem ajudar o time. E o próprio presidente Eduardo Bandeira de Mello admitiu que o dinheiro para reforços no ano que vem será bem maior do que o deste ano. A arrecadação prevista com o programa de sócio-torcedor é R$ 37 milhões. Já a perspectiva com bilheteria é estimada em R$ 49 milhões”.  Essa infelizmente é a realidade da maioria dos clubes brasileiros. Gastar mais e mais e não pagar.

A morte do narrador Luciano do Valle aos 66 anos de idade em 19 de Abril chocou a todos nós jornalistas esportivos. Lembro-me do primeiro longo papo que tive com Luciano lá por 1973 quando ele ainda narrava pela Rádio Nacional, atual Rádio Globo de São Paulo. Estávamos no Recife – Randal Juliano e eu – para transmitir jogos do Campeonato Brasileiro no Nordeste. Passamos o sábado na Praia da Boa Viagem no Recife - Randal, Luciano do Valle, Carlos Aymar e eu- falando de rádio, futebol e da vida. Pouco depois Luciano do Valle foi narrar na TV Globo.

VINTE ANOS DA TRAGÉDIA!


Há 20 anos – 22 de Dezembro de 1994 - uma tragédia deixou órfão o rádio esportivo do Brasil. Osmar Santos se acidentava e sua voz se calou. Lembro-me dos momentos alegres que passei  com Osmar Santos, o Bodão, como nós o chamávamos na Jovem Pan. Ele chegou a emissora em 1972 e eu em Janeiro de 1973. Criamos uma amizade profunda dentro e fora da rádio. Almoçávamos juntos quase todos os dias. Trocávamos ideias sobre o que deveria ser feito ao longo da programação esportiva da Jovem Pan que o tornou o primeiro locutor e chefe da equipe em 1973 com a saída de Willy Gonser. Fizemos as coberturas do carnaval a partir de 1973 no Rio de Janeiro e estivemos na grande cobertura da Copa do Mundo de 1978. Depois do acidente estive com Osmar diversas vezes. Conversamos em muitas ocasiões por telefone.
Em 2011 nos encontramos na Pinacoteca do Estado em São Paulo e ele ficou muito feliz em rever minha esposa e meu filho. Quando vimos o Osmar num dos corredores da Pinacoteca fomos ao seu encontro e ele sem qualquer pergunta baixou o indicador da mão esquerda e pronunciou o nome de uma pessoa mostrando-se indignado por não ser atendido seu pedido. Osmar Santos foi meu chefe e continua sendo meu amigo. Lamento profundamente que ele não possa mais fazer o que tanto gostava: “Ripa na chulipa, pimba na gorduchinha”. Beijão meu amigo Osmar Santos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COMEÇAR DE NOVO!


Aquilo que eu escrevi no início do ano aqui neste espaço aos poucos vai sendo confirmado. Os clubes brasileiros cada vez mais endividados estão abrindo espaço para treinadores e jogadores de custo baixo e novos. O Vasco da Gama demitiu Joel Santana e contratou Marquinhos Santos do Coritiba por um salário compatível com o mercado. No Botafogo quase vinte jogadores, técnico e auxiliares foram demitidos. No Flamengo Leonardo Moura está sendo substituído por Pará para que o Grêmio possa saldar uma dívida. Dorival Junior também acabou ficando sem emprego e outros treinadores e jogadores devem seguir o mesmo caminho em muitos clubes. A “água começou a bater no joelho” e 2015 abre uma perspectiva para poucos investimentos dentro da realidade. O único que recebeu uma proposta fora dos padrões atuais foi Tite. O Corinthians estaria oferecendo salários de 700 mil reais para o seu retorno. Os clubes precisam se conscientizar que as publicidades estão sendo redirecionadas para outras mídias. O Fluminense perdeu um contrato de 15 anos e outros clubes no recém encerrado Campeonato Brasileiro não tinham mais publicidade em suas camisas. Muitas outras novidades devem rolar até o final do ano. Que os dirigentes do futebol brasileiro se adaptem a uma nova realidade. É isso aí.

domingo, 7 de dezembro de 2014

A DESPEDIDA DO MENINO DE OURO


Logo mais às 17 horas quando entrar em campo para atuar pelo Coritiba FC no encerramento do Campeonato Brasileiro de 2014 contra o EC Bahia, o “Menino de Ouro” -Alex- estará jogando pela última vez como profissional. Uma carreira brilhante que foi iniciada em 02 de Abril de 1995. Foram 19 anos correndo atrás da bola no Brasil e no Exterior.
O Começo

Seu primeiro jogo foi em 2 de abril de 1995 no norte do Paraná. O técnico Paulo Cesar Carpegiani o escalou como titular aos 17 anos de idade. Ele completaria 18 anos em 14 de setembro daquele ano. O Coritiba venceu por 2 a 1 e um lance ficou marcado na partida. Numa falta na entrada da área, ele pediu para bater e cobrou com categoria. Não marcou gol, mas demonstrou personalidade desde a primeira partida. Neste domingo pelo mesmo Coritiba, desta vez no Couto Pereira, ele fará seu jogo 1035. Média de 51 jogos por temporada. Gols e assistências ainda podem ser alterados. No último domingo contra o Atlético Mineiro ele fez sua assistência 356. A cada três (3) jogos uma assistência. Com 422 gols na carreira, Alex é o terceiro meia brasileiro com maior número de gols. Perde para o Zico, e claro, para o Rei Pelé. Chegou a estes números por sete (7) camisas diferentes. Por Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e seleção brasileira conquistou títulos e algumas marcas. Somente no Parma e no Flamengo não conseguiu porque jogou pouquíssimo tempo. Foi um mês (1) na Itália e três (3) meses no Rio de Janeiro. Veja abaixo seus números e suas marcas:
CORITIBA (em duas passagens)

– 209 Jogos, 70 Gols e 58 Assistências
– 8º maior artilheiro do clube, incluindo os gols marcados em partidas amistosas
– Campeão Paranaense em 2013
– Artilheiro do Coritiba no Brasileiro 2013 com 12 gols
– Artilheiro do Coritiba na temporada 2013 com 28 gols
PALMEIRAS (em três passagens)
– 241 Jogos, 78 Gols e 56 Assistências
– Maior artilheiro do Palmeiras na Copa Libertadores com 12 gols
– Artilheiro do Palmeiras na Copa Mercosul em 1998 com 6 gols
– Campeão da Copa Libertadores 1999, Mercosul 1998, Brasileirão 1998 e Rio-São Paulo 2000
CRUZEIRO (em duas passagens)
121 Jogos, 64 Gols e 61 Assistências
– Artilheiro do Cruzeiro no Brasileiro 2003 com 23 gols
– Artilheiro do Cruzeiro na temporada 2003 com 45 gols
– Campeão Mineiro 2003/04, Copa do Brasil 2003 e Brasileiro 2004
FENERBAHÇE (em oito temporadas)
378 Jogos, 185 Gols e 162 Assistências
– 8º Maior artilheiro do Fenerbahçe com 185 gols
– 2º Maior artilheiro do Fenerbahçe na Liga Turca com 136 gols
– Maior Artilheiro Estrangeiro do Fenerbahçe
– 2 vezes artilheiro da Liga Turca em 2006/07 com 19 e 2010/11 com 28 gols.
– Campeão da Liga Turca 2004/05, 2006/07 e 2010/2011, Supercopa Turca 2007 e 2009, e Copa da Turquia 2011/12
SELEÇÃO BRASILEIRA (durante 8 anos)
– 49 Jogos, 12 Gols e 11 Assistências
- Campeão do Torneio de Toulon em 1996
– Campeão da Copa América em 1999 no Paraguai e 2004 no Peru
– Capitão do título da Copa América de 2004
– Seleção Olímpica – 19 Jogos,  8 gols e uma (1) Assistência
– Campeão do Pré-Olímpico e capitão da equipe
PRINCIPAIS CAMPEONATOS
Onze (11) Brasileiros Série A – 219 jogos, 75 gols e 55 assistências
Oito (8) Ligas Turca – 245 Jogos, 136 gols e 113 assistências
Quatro (4) Copas Libertadores – 46 Jogos, 15 gols e 16 assistências
Quatro (4) Liga dos Campeões – 25 Jogos, 5 gols e 11 assistências
CARREIRA PROFISSIONAL
– 22º Maior artilheiro do futebol brasileiro com 422 gols
– Terceiro meia maior artilheiro do futebol brasileiro
– Duas vezes na seleção da América do Sul pelo El País (Uruguai) e Conmebol em 1999 e 2003
– Bola de Ouro da Revista Placar em 2003
PS: Dados estatísticos enviados pela Fellegger and Fellegger que assessora o jogador.

sábado, 29 de novembro de 2014

O GOLEIRO QUE VIROU ESCRITOR


 
Valdir Appel, nascido em Brusque, Santa Catarina e um dos maiores goleiros da história do futebol do estado está lançando seu terceiro livro. Na Boca do Gil, O goleiro Acorrentado e agora Onde ele pisa nascem histórias foram escritas pelo goleiro Campeão Carioca de 1970 pelo Clube Regatas Vasco da Gama e depois com passagem por outros grandes clubes brasileiros.
 
 


 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

COMEMOS PELAS BEIRADAS, UAI!


Inquestionável a supremacia mineira neste ano em que o futebol brasileiro deu vexame na Copa do Mundo. Com duas rodadas de antecipação o Cruzeiro Esporte Clube conquistou o bicampeonato brasileiro no último domingo. Três dias depois foi a vez de o Clube Atlético Mineiro mostrar as garras do Galo Doido derrotando o campeão brasileiro e conquistando a Copa do Brasil. Méritos indiscutíveis pelo que os representantes de Minas Gerais realizaram nas duas mais importantes competições brasileiras. Méritos a Marcelo de Oliveira que conseguiu reunir um grupo de jogadores e não apenas onze, para o que fosse necessário. Méritos a Levir Culpi que fez uma limpeza no elenco e acreditou nos jogadores que foram colocados a sua disposição. Parabéns aos mineiros que “comendo pelas beiradas” ganharam os canecos.
Agora uma reflexão a respeito dos chamados grandes clubes – Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Grêmio e Internacional. O que aconteceu com eles que contrataram, contrataram e não chegaram. Elevadas folhas de pagamento para treinadores e jogadores e sem resultados. Nem cariocas nem paulistas, nem gaúchos conquistaram competições fora de seus estados este ano. Aliás, em São Paulo o campeão estadual foi o Ituano FC, hoje integrante da Série “D” do Campeonato Brasileiro.
Os clubes ainda chamados grandes precisam mudar sua filosofia e maneira de conduzir o futebol profissional. É muito dinheiro jogado no “ralo” com jogadores e treinadores que não deram o retorno esperado. E hoje a esperança de grandes negociações com clubes do exterior diminuíu, exceto um ou outro caso. É hora de mudanças nos clubes e no futebol brasileiro, mas, por favor, não inventem nenhum mata-mata porque aí quem vai morrer aos poucos é o nosso futebol, hoje sétimo no ranking da FIFA. É isso aí.

sábado, 15 de novembro de 2014

O CANTO DA PATATIVA

Opinião de Valdir Appel
 
Nos velhos tempos, um jogo de futebol se resumia a 90 minutos de bola rolando. Só por acidente de percurso um juiz acrescentava algo. Tive o prazer e a honra, e principalmente a sorte, de ao longo de alguns anos dourados, ter a minha frente, postados, zagueiros que impediam a maioria dos chutes adversários. Talvez, e por isso, eu tenha sido um goleiro razoável. Corro o risco de citá-los e acabar esquecendo de alguns. Mas a primeira zaga vascaína que me protegia: Brito e Fontana, merece destaque pelo comportamento em campo nos momentos decisivos da partida. Inúmeras vezes, ouvi as palavras de ordem dos xerifes da zaga, atentos ao placar eletrônico do Maracanã, aos demais colegas: "Gente, 42 minutos, o jogo acabou". Raramente tomamos um gol de empate, no que hoje seriamos acréscimos, e muitos menos levarmos uma virada no apagar das luzes. Os minutos finais eram para garantir o placar, e todos os recursos eram usados para segurar o resultado favorável. Da cintura para baixo, dos adversários, tudo era canela. Os jogadores, a maioria, não tinham a mínima ideia do que a palavra Fair Play significava. Acho que ela sequer era conhecida nos campos tupiniquins. Jogador adversário contundido era, quando muito, carregado e jogado à beira do gramado, onde recebia uma ducha de água fria do cantil do massagista, um Gelol na canela sem proteção e um tapinha nas costas. No último sábado, o Flamengo derrotava o Sport na Arena Pernambucana. Dois a zero com o tempo prá lá de Marrakech. O palco hollywoodiano de exibição, com arquibancadas coloridas em vermelho e preto, um tapete verde sem pregas onda a bola rola sem montinhos artilheiros, que não permite erros de fundamentos de jogadores com pedigree.  É um “luxo” para o maestro na lateral demarcada. A ele cabe o empurrão com o aceno das mãos para o lado oposto da sua baliza. É lá, no campo do adversário que os seus jogadores devem reter o balão de couro, e gastar os últimos minutos da partida, os acréscimos, tocando bola, até o apito final do árbitro. Infelizmente, para isso, falta o craque, que decide, que comanda a orquestra dentro do campo. O que temos por aqui são Jogadores no estertor de suas carreiras, jogando um futebol melodioso e triste, patativas que já não marcam territórios. Por isso, o que antes parecia um resultado consolidado, não é mais. Menos mal para o torcedor, que já não abandona mais o estádio nos minutos finais e nem nos acréscimos, as constantes viradas dão a certeza de que realmente a esperança é a última que morre.
Valdir Appel, ex-goleiro do CR Vasco da Gama nos anos 60 revelado pelo Clube Esportivo Paysandu de Brusque.
 
 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MENS SANA IN CORPORE SANO


 POR MARCO FERRERONI

Como estarão as pernas dos jogadores de Atlético MG, Cruzeiro, São Paulo e Santos neste fim de semana?
Como se sabe, os sintomas da fadiga muscular podem ser emocionais e/ou físicos, razão pela qual não há como se prever o estado em que se encontrarão, na próxima rodada as agremiações que jogaram na quarta-feira, mesmo aquelas que se sagraram vencedoras em suas disputas (São Paulo, Cruzeiro e Atlético MG). A fadiga muscular poderá ser determinante na próxima rodada. Não estivessem Inter, Grêmio, Fluminense e Corinthians apáticos, preguiçosos, ter-se-ia certeza inequívoca que se aproveitariam deste relevante fator. O vibrante Galo sabe-se lá com qual energia, estará sábado à noite visitando o Palmeiras no Pacaembu. Vislumbra-se uma grande possibilidade do Verdão, ter alta definitiva da UTI futebolística. O Tricolor acumulará mais pontos em seu programa de milhagem: estará domingo na boa terra, enfrentando o rubro-negro soteropolitano. Na hora da Pizza (domingo, às 19h30), na Arena Corinthians acontecerá o clássico mais antigo do futebol paulista: Corinthians x Santos. O exaurido Santos e o imprevisível Corinthians travarão um jogo em que tudo, ou até mesmo nada, pode acontecer. No mesmo horário, o Cruzeiro receberá o Criciúma no Mineirão. Caso ocorra uma vitória celeste em BH, e uma derrota do tricolor paulista no Barradão, a diferença entre o 1º e o 2º colocados aumentará para 8 pontos, faltando 5 rodadas.
Portanto, todos de olho na raposa.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

OS NARRADORES ESPORTIVOS DO RÁDIO

A respeito dos narradores esportivos - a pedidos - estou postando novamente uma matéria publicada neste blog. Esta matéria escrevi em 2008 também para o site Caros Ouvintes. Muitas consultas foram feitas a respeito da mesma que o brilhante Antunes Severo resolveu republicar. Aproveito o gancho porque ela não perdeu sua validade, ao contrário, torna-se cada dia mais verdadeira e merece uma reflexão profunda para quem narra ou sonha em narrar futebol no rádio.
 
Marca registrada
Waldir Amaral, foi brilhante
O relógio marca…, abrem-se as cortinas começa o espetáculo, ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, bola no barbante de ..., respeitável público, tremulando, tremulando, tremulando as bandeiras, dez é a camisa dele, indivíduo competente o Zico, passa de passagem, Placar na Suécia, um a zero, o Brasil vence. Frases famosas criadas pelos narradores brasileiros Waldir Amaral, Fiori Giglioti, Osmar Santos, Willy Gonser, Geraldo José de Almeida, Jorge Curi, Edson Leite, Doalcei Bueno de Camargo, José Italiano o garganta de aço nos últimos cinqüenta anos. Pedro Luis tinha um estilo próprio, sem bordões ao contrário de Edson leite. Pedro narrava em cima do lance. Ele foi o principal narrador brasileiro que fez seguidores em todo o país. Depois dele Fiori Giglioti, Haroldo Fernandes, Flávio Araujo, Ênio Rodriguês, Marco Antonio Matos entre outros deixaram sua marca.
Jorge Curi, o locutor padrão
do rádio brasileiro

Identificação
Elas identificavam os narradores por décadas, no rádio esportivo brasileiro. Era gostoso ouvir Waldir Amaral falar após cada gol: “tem peixe na rede do Vasco”, ou “o relógio marca”. Jorge Curi com seu vozeirão anunciando o placar do jogo “no PE (placar eletrônico) do Maraca” ou “passa de passagem”. Willy Gonser com o seu “tem bola no barbante de...”, Osmar Santos gritando “chiruliruli-chirulirulá”. Oswaldo Moreira, da Tupi do Rio soltando a voz com “respeitável público”. Fiori Giglioti quando o árbitro apitava o início da partida: “abrem-se as cortinas e começo o espetáculo”. Eram marcas registradas  desses grandes narradores. E depois surgiram as cópias que continuam proliferando no rádio esportivo brasileiro. Mas, cada um só dá o que tem.

Bordões
Osmar Santos, eu, Leônidas da Silva
 e Cláudio Carsughi, bons tempos da
Jovem Pan
Muitos profissionais contratavam publicitários, tinham colaboradores e amigos, para criar frases. Lembro de Antonio Garini, editor-chefe do Jornal da Manhã da Jovem Pan, grande incentivador de Osmar Santos, sempre tinha sugestões. César, jogador do Palmeiras e Estevan Sangirardi também colaboravam. As frases de efeito deram impulso à carreira de Osmar Santos, interrompida na noite de 22 de Dezembro de 1994. De 1973 a 1977 dividia as transmissões esportivas da Jovem Pan com o Osmar. No início da carreira, Osmar, espelhou-se em Pedro Luis, Edson Leite, Geraldo José de Almeida, Fiori Giglioti, Haroldo Fernandes, Joseval Peixoto e outros. Aos poucos foi criando seu próprio estilo. Infelizmente Osmar Santos já não pode mais ser ouvido nas narrações esportivas. Mas o Brasil recheou-se de “carbonos” de Osmar Santos; suas frases e seu estilo de narrar futebol foram copiados pelos quatro cantos do país. Aliás, não só ele; também Fiori Giglioti é xerocado por algumas dezenas de locutores brasileiros. E antes de Osmar e Fiori, o extraordinário Pedro Luis.
Edson Leite, Fiori Giglioti e Pedro Luis

Cópias
Lá por 1973 quando o Pedro Luis começou a ter problemas com a voz, aparecia Marco Antonio Matos, seu espelho, cópia fiel do grande mestre. Pedro teve outros seguidores como Mário Garcia, Wanderlei Ribeiro, Hamilton Galhano no rádio de São Paulo. Nos estados em que se ouve o futebol do Rio, José Carlos Araújo tem clones e mais clones. O rádio esportivo brasileiro sempre teve muitas cópias; não é grande o número de narradores de ponta, com estilo próprio.

 Gaúchos
Ruy Carlos Ostermann, Pedro Carneiro
Pereira e Lauro Quadros, ícones do
rádio gaúcho
No sul, o futebol da Guaíba foi reconhecido a partir da Copa de 1966 na Inglaterra. A narração esportiva brasileira pode ser analisada por regiões. Depois de sua morte em 1973, Armindo Antonio Ranzolin tomou o comando do futebol. No Rio Grande do Sul surgiram muitas cópias de Pedro Carneiro Pereira e Armindo Antonio Ranzolin. Haroldo de Souza, contratado em 1973 pela Gaúcha (hoje na Bandeirantes de Porto Alegre) inovou no rádio dos pampas misturando o estilo gaúcho com a modernidade de Osmar Santos. 

Paranaenses
Willy Gonser. o mais completo
No Paraná depois de Willy Gonser e Airton Cordeiro, surgiu Himer Lombardi que virou Lombardi Junior. Esteve conosco durante alguns meses em 1974, na Jovem Pan. Em Curitiba tornou-se o grande nome do rádio esportivo de 1975 a 1994, quando veio a falecer. Inovou utilizando frases e vinhetas da Jovem Pan.

Estilos
O estilo das transmissões dos grandes narradores paulistanos de outrora se espalharam pelo interior do estado e norte do Paraná. O carioca invadiu Brasília, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Manaus e outros estados do norte e nordeste. Um detalhe interessante; 90% dos narradores esportivos das grandes rádios de São Paulo vieram do interior ou de outros estados brasileiros para se consagrar na maior cidade da América do Sul.

Narrador
O narrador esportivo é um “vendedor de ilusões”. Cabe ao narrador esportivo descrever o que ocorre num jogo de futebol, com precisão, e, detalhes. Ao contrário dos locutores esportivos que estão mais preocupados com vinhetas, abraços, piadas, reverberações exageradas, pornografia e poesias. Sou fã dos narradores que me fazem “ver o jogo” sem estar no estádio ou na frente da tevê. Exemplos: Éder Luiz, Paulo Soares, José Silvério, Cledi de Oliveira, os que na verdade tenho ouvido mais recentemente. Que me perdoem os demais, mas, não se pode ouvir todos, e quando se gosta de um estilo de transmissão é nesse que ficamos, ou pelo menos eu fico. Narrador esportivo descreve os lances de uma partida de futebol mostrando quem está com a bola, para quem foi passada, qual a posição em que o lance ocorreu, não esquecendo do placar e tempo de jogo. Essa é a função do narrador; as dúvidas ocorridas no desfecho de um lance devem ser esclarecidas pelo repórter colocado atrás do gol ou na lateral do gramado. Ao comentarista cabe comentar o jogo. Hoje poucos descrevem o jogo; preferem interferir na seara do comentarista, dando sua opinião e esquecendo-se de narrar. Alguns pela rapidez que querem dar a transmissão engolem palavras; outros narram na base do – cruzou o zagueiro, cortou o zagueiro, defendeu o goleirão. Quem cruzou?  De onde cruzou?  Para onde cruzou? Quem cortou? Como é o nome do goleiro? Não se fala o nome dos atletas. Algumas transmissões são completamente lineares; cobrança do tiro de meta e jogada que se estende até a linha intermediária (entre meio de campo e grande área adversária) deve ser narrado com um tom mais coloquial; um chute a gol ou jogadas que se sucedem dentro das áreas devem conter a vibração que o futebol exige. Hoje em cada 10 narradores, cinco gritam aos quatro ventos “pro gooollll…. pra fora”. É uma forma de aumentar a emoção de uma jogada de ataque. Porém 95% desses lances não resultam em absolutamente nada. Pura enganação. E você ainda ouve os surrados – a bola passa raspando a trave, tirando tinta do poste – (a tevê mostra que passou dois metros do poste) ou – balão de couro – (a bola de hoje é fabricada com material sintético e balão é outra coisa), ou ainda – um escanteio de mangas curtas -. E tem aquela do – estamos no intervalo do primeiro para o segundo tempo -. O jogo de futebol tem apenas um intervalo, logo dizer que é do primeiro pro segundo tempo passa a ser pleonasmo. Ouvi ainda este ano (2014) a narração de um lance em que o locutor disse: "levantou a bola rasteirinha na área". Outras frases são comuns nos dias de hoje como "Vai cobrar o escanteio na ponta direita do campo de ataque", "soltou a jogada (ué não se joga com a bola?, "Subiu lá no alto para praticar a defesa".

Também inventei
Sinal vermelho prá você (nome do goleiro) cuidado aí porque numa dessas a casa pode cair, chutou a orelha da bola, a Pan...norâmica do jogo, toda galera está vibrando nessa (nome do goleiro) e agora vai buscar no fundo do gol porque é de gols que o povo gosta, esse foi um chutamento (nem chute nem cruzamento), foram bordões que eu criei ao logo dos anos nas minhas narrações esportivas na Jovem Pan, Tupi, B-2 e Record. Mas, em primeiro lugar nas minhas narrações está a narração do jogo com vibração e emoção, detalhando sempre quem está com a bola, onde está localizada a jogada e repetindo a cada momento o tempo e o placar do jogo.

Um pedido
Esta matéria a respeito dos narradores esportivos do rádio não é para ensinar a ninguém o “pai nosso”, mas, gostaria que os jovens, os que estão ingressando nesta profissão levem isso como uma colaboração de quem também cometeu muitos erros. Escrevo para que os futuros narradores sejam realmente narradores, que o rádio seja sério, moderno, informativo, prestador de serviço, feito com muito amor, sem palavrões e pornografia. Quanto ao rádio, precisa resgatar qualidade e dignidade, que muitos jogaram na lata de lixo. Chega de baixaria, chega de terceirização, chega de incompetência. O rádio precisa dar um basta a tudo isso. A falta de qualidade do rádio de hoje contribui decisivamente para a queda de sua audiência e por extensão diminuição das verbas publicitárias. Dêem qualidade ao rádio e tenham a certeza que a audiência voltará a crescer e as verbas publicitárias aparecerão naturalmente.

GRANDES JOGOS, FORTES EMOÇÕES



Como  diz a letra da consagrada interpretação de Roberto Carlos, o ídolo de todos nós brasileiros “Quantas emoções”. Pois é a quarta-feira foi cheia de emoções para quem esteve nos estádios ou viu pela televisão ou ouviu pelo rádio os jogos envolvendo as equipes brasileiras na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.
Fazia tempo que não se tinha tantas emoções numa noite só. No Mineirão a vitória espetacular do Galo Doido, o Atlético Mineiro pra cima do Flamengo que deixou mais de 40 mil torcedores extasiados.
Na Vila Belmiro o Santos estava revertendo o quadro e se classificando para decidir a Copa do Brasil ao fazer três a um contra o Cruzeiro.  Até os 35 minutos do segundo tempo a torcida peixeira comemorava, mas neste momento a casa começou a cair quando William fez o segundo e já nos acréscimos decretaria a eliminação santista.
Agora o Mineirão será pequeno para a decisão entre Clube Atlético Mineiro e Cruzeiro Esporte Clube. Inaugurado em 5 de Setembro de 1965 o Mineirão recebeu 132.834 torcedores na decisão do Campeonato Mineiro em 22 de Junho de 1977 em Cruzeiro 1 x 0 Vila Nova. Mas, como as “cabeças pensantes” do nosso futebol resolveram diminuir a capacidade dos estádios, o Mineirão não poderá receber mais que 58.170 torcedores.
Lá em Guayaquil o São Paulo proporcionou como diz o consagrado Dr. Antônio Sandoval Catta-Preta, uma “Noite de Terror” em grande parte do jogo em que perdeu por três a dois para o Emelec. Mesmo com a derrota e sofrendo um gol aos 20 segundos e mais dois de penalidades máximas aos 3 e 8 minutos do segundo tempo o tricolor paulista está nas semifinais. Agora vai enfrentar o Atlético Nacional de Medellin (Colômbia).
É isso aí.