segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

UM ASSUNTO PUXA OUTRO

Essa escolha anual na Itália do “Pior jogador” é uma das coisas mais lamentáveis na história do futebol. Aliás, nos dias de hoje o futebol serve para promover figuras inexpressivas na tevê, rádio, jornal e internet. Não vou discutir o momento do Adriano, do Amauri, do Ronaldinho Gaúcho, do Diego e de outros jogadores brasileiros. Tem jogador italiano “quebrando a bola” e os caras resolvem criticar os brasileiros. Seria oportuno que deixassem de lado os jogadores estrangeiros e se preocupassem com a qualidade dos atletas nascidos no país. Os estrangeiros serviram ao longo de décadas para alavancar o futebol italiano e continua sendo assim. Brasileiros se transformaram em verdadeiros ídolos dos grandes clubes italianos como Julinho Botelho, Jair da Costa, Amarildo, Dino Sani, Mazola, Paulo Roberto Falcão só para citar alguns. E depois de Falcão o Rei de Roma a Itália continuou importando jogadores brasileiros para dar qualidade ao seu principal campeonato. Até outro dia Adriano era o “Imperador”. E hoje? Essa “palhaçada” de escolher o pior é coisa de quem não tem nada para fazer. É por essas e outras que a violência aumenta cada dia nos estádios de futebol. A imprensa tem grande parte de culpa lá e também aqui é bom que se diga. A partir do momento em que os jornalistas resolveram defender os times do coração abertamente a situação só piorou. Já tivemos profissionais sendo agredidos por torcedores não satisfeitos com suas manifestações de apoio a A ou B. Jornalista torcedor de clube sempre existiu, mas, jornalista se identificando e criticando abertamente um e defendendo outro clube é coisa de 1990 prá cá. Também sou contra "bajular" jogadores. Isso tira toda a credibilidade do jornalista. O jornalista precisa analisar de forma criteriosa jogadores, clubes e jogos. O jogador deve ser analisado pela atuação em cada jogo. Essas mudanças no comportamento no jornalismo esportivo - não todos é bom que fique bem claro - tem como objetivo a promoção pessoal e isso pega muito mal. A ética que um dia existiu nessa área, hoje é relegada a plano secundário. É por isso que diminui a cada dia o interesse pelos programas no rádio, tevê e nas páginas esportivas dos jornais. Grandes anunciantes estão mudando suas formas de anunciar deixando de lado o futebol para investir em outras mídias. Tomem cuidado para não "chorar o leite derramado" daquí há pouco. Essa atitudes podem se tornar num grande bumerangue. Como o “futebol deixou de ser esporte para virar um grande negócio”, aguardemos como tudo isso vai terminar. Lamentável, ou como diria meu amigo Osmar Santos...Profundamente lamentável! É isso aí.