segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A HISTÓRIA DOS DISTINTIVOS

Nesta segunda-feira (19) às 19 horas acontecerá o lançamento do livro “Os distintivos de futebol mais curiosos do mundo” na Livraria Cultura do Bourbon Shopping, Rua Turiassu, 2100. É uma obra iniciada pelo saudoso Luiz Fernando Bindi. Depois de seu falecimento em 2008 José Renato Santiago Junior deu continuidade ao projeto do Bindi que se transformou em importante obra.
Detalhes
Fanático por futebol, mas também pela heráldica, a ciência de estudar e descrever os brasões ou escudos. José Renato Santiago Júnior lança em setembro, pela Panda Books, seu sexto livro sobre futebol, mas desta vez dedicou suas páginas aos distintivos mais curiosos do esporte mais popular do planeta. A tarefa não foi fácil. Segundo o escritor, foram muitos os finais de semana debruçado nos livros, na internet e no telefone para explicar cada detalhe dos escudos de equipes que contam a história do futebol nos cinco continentes.

Mais importante
Para mim o escudo mais bonito é o da Inter de Milão. “É um distintivo moderno, que não possui uma história tão rica quanto à de muitos outros clubes, mas é, sem dúvida, o que eu mais gosto”, diz José Renato, que também é fã do Juventus, da Mooca, e do Napoli, da Itália. Alguns escudos deram trabalho para serem ‘desvendados’ e um país em especial se destaca nesta categoria: “Portugal é o que tem os distintivos mais cheios de informação. São brasões. O símbolo do Benfica, por exemplo, é um dos mais complexos para analisar”, explica o autor. Entre os mais curiosos está o Hussein-Dey, da Argélia. O clube africano usou um escudo baseado no Corinthians. A única diferença está bola que fica no lugar de onde originalmente está a bandeira do Estado de São Paulo no escudo alvinegro.

Cópias
“O que mais tem é escudo copiado. A história da adaptação nada mais é do que uma cópia. Isso existe dentro e fora do Brasil e milhares de casos. Quantos escudos você conhece, por exemplo, com o formato do que é utilizado pelo São Paulo?”, lembra José Renato ao citar Ferroviário, Fortaleza, Atlético Goianiense e muitos outros com o distintivo baseado no Tricolor Paulista.

Bindi
O livro finalizado por ele, na verdade, foi idealizado por Luiz Fernando Bindi. Fanático pela bola, o escritor estava no meio do trabalho quando faleceu de forma dramática. Bindi passou mal após almoçar e teve um ataque cardíaco fulminante. Coube ao amigo José Renato encerrar a missão. “Troquei detalhes com o Bindi poucas horas antes da morte, por e-mail. A gente tinha ideia de trabalhar juntos num outro projeto, não nesse. Entrei em contato com a esposa dele para saber se poderia me envolver neste projeto e ela prontamente me atendeu”, afirma o escritor que, por contrato, cedeu todos os direitos autorais à família de Luiz Fernando Bindi. Ao todo são mais de 400 histórias. Santiago lembra que pegou o estudo feito até a letra “D”. “O Bindi já havia escolhido os distintivos e havia pesquisado até a letra D. Alguns mais para frente também estavam completos”, diz o autor, que é engenheiro por formação, mas promete continuar estudando o futebol de perto.