sábado, 28 de janeiro de 2012

TRISTES CONTEÚDOS

Tomo a liberdade de publicar comentário do consagrado advogado paranaense Dr. Domingos Moro, ex-vice de futebol do Coritiba FC e atualmente de forma brilhante defendendo os interesses dos clubes paranaenses. Ele escreveu no site "A Voz do Coxa"...

“A boa informação é obrigação dos veículos de comunicação”. Acompanho todo o noticiário sobre o futebol, em quaisquer dos canais disponíveis: no rádio, nos jornais impressos, nas televisões aberta e fechada, na internet e em redes de relacionamento. Pela pobreza de conhecimento, por TRISTES CONTEÚDOS, o rádio tem me surpreendido negativamente. Um milhão de abraços para ouvintes, saudações sem o menor sentido, opiniões descabidas e que evidenciam falta de conhecimento, falta de informações precisas e despreparo. Histórias e estórias pessoais que não interessam a ninguém e que remetem os ouvintes ao passado que realmente passou e que não deixa qualquer saudade. Falam de falta de “MOBILIZAÇÃO URBANA”, quando deveriam tratar de “MOBILIDADE URBANA”, em se tratando de assuntos relacionados com temas das cidades envolvidas na Copa do Mundo FIFA 2014 e de aeroportos que nunca conheceram ou conhecerão. Debatem exaustivamente temas sem o menor interesse, com vozes sobrepostas que não permitem a compreensão dos atônitos ouvintes. Na ausência de notícias e informações lá vem a leitura integral de textos publicados em jornais e sites especializados (em vezes não dando os devidos créditos), abrindo espaço para fofocas, especulações e interesses pessoais. Mistura de assuntos e de temas numa confusão imensa. Talvez sejam as tais “ondas” dos rádios… Entrevistam personagens desconhecidos e invariavelmente inaudíveis. Erros grotescos de português e de concordância em frases e pronunciamentos. Os microfones parecem que estão pintados com as cores dos clubes. Existe um nítido sentimento de identificação com determinados clubes. Perde-se a isenção e desvaloriza-se o elogio, fulminando a crítica (sempre necessária). Rareiam as opiniões abalizadas e sérias. Editoriais, nem pensar. A força do rádio é extraordinária e no futebol o rádio é fundamental. Então que melhorem os conteúdos, o português usado, as colocações feitas. Só que o rádio, o bom rádio, deve ser feito “por gente do rádio” e não por “gente que se diz do rádio”. Basta de bobagens e de gritarias, de arroubos de conhecimento de alguns que não sabem sequer o que é uma bola, de “professores” de tudo, de agressões aos ouvintes daquele que é um instrumento fantástico de comunicação. Ao RÁDIO os meus mais profundos respeitos e aos inúmeros bons RADIALISTAS também. Aos OUVINTES a minha preocupação com tantas informações conflitantes e tendenciosas. “A melhor informação é a buscada e nunca a emprestada e a desacreditada”.

NR: Obrigado Dr. Domingos Moro por retratar com fidelidade e categoria uma grande verdade.