terça-feira, 13 de outubro de 2015

FUTEBOL BRASILEIRO TEM SOLUÇÃO?

O futebol brasileiro depois do vexame da Copa vive uma situação muita delicada. Já tem gente pedindo que um resultado que não seja de goleada e uma boa apresentação esta noite diante da Venezuela sirva para demitir todos os jogadores, a atual comissão técnica e começar de novo. O caminho talvez não seja bem esse, mas entendo que infelizmente nosso futebol “dorme” em cima das conquistas anteriores. Também por isso muitos jogadores da atual seleção estão no exterior, nem tanto pela qualidade, mas por serem jogadores brasileiros. Nosso futebol que inspirou os outros países em se atualizarem acabou parando no tempo e no espaço. Se antes as jogadas maravilhosas de Pelé, Didi, Garrincha, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Newton Santos maravilhavam o mundo hoje os que nos representam não chegam nem perto disso. E por falta de organização e visão dos dirigentes dos clubes e da própria CBF o futebol brasileiro estagnou. Já não assustamos mais ninguém. E por aqui também já não existe mais o mesmo interesse pelos jogos, até da seleção. Nas décadas de 50, 60, 70, 80 e 90 os estádios recebiam mais de 100 mil torcedores nos jogos entre os grandes. E é bom lembrar que em 1950 a população brasileira era de 51 milhões de habitantes. Hoje são quase 220 milhões. Os estádios tiveram sua capacidade diminuída para atender o chamado Padrão FIFA e hoje 40 mil torcedores nas Arenas passam a ser um grande público. Isso tudo serviu para dar força à televisão, especialmente a TV a cabo que agora comercializa a exibição de partidas e afasta cada vez mais o torcedor dos estádios. Essa situação dificilmente se modificará até o final da década mesmo que venhamos a vencer a Copa do Mundo de 2018. O brasileiro está perdendo cada vez mais a “tesão” pelo o futebol. Ouço com frequência as pessoas dizerem: “Por favor, nem fala do futebol”. Situação caótica, triste e lamentável. É isso aí.

PORQUE O RÁDIO PADECE?



Acompanhando, ouvindo, lendo opiniões tenho cada dia mais certeza de que o rádio brasileiro padece pela falta de visão de quem comanda. Tornou-se prático integrar redes de rádio do eixo Rio-São Paulo inclusive assumindo o nome de muitas dessas emissoras. Retransmitir o Jornal da Manhã da Jovem Pan nos anos 70 foi uma inovação no jornalismo brasileiro. A Jovem Pan Via Embratel tinha a retransmissão de 30 minutos do Jornal da Manhã que era apresentado das 6h30 às 9 da manhã de segunda a sábado. Com o surgimento da internet os custos diminuíram para essas retransmissões. De repente começaram a aparecer rádios com o nome Jovem Pan, Globo, CBN, Bandeirantes e outras em todo o país. Com o som pela internet as emissoras locais trocaram os nomes de origem com o objetivo que ganhar mais destaque e aumentar o faturamento. Isso na verdade funciona para os jornalísticos veiculados pela Jovem Pan, CBN e Bandeirantes, não para programas direcionados ao um público específico. Hoje o Brasil está infestado de emissoras com os nomes das maiores rádios do país. Tudo muito bonito e interessante com um, porém; as emissoras locais perderam sua identidade porque grande parte da programação local não existe mais. É muito bom ouvir os programas jornalísticos dos principais centros. Só dão audiência esses programas. Os demais determinam grande queda na audiência coisa que os “gênios” que estão à frente das rádios ainda não se tocaram. Quando as rádios voltarem as suas origens como nome e programação vai melhorar a audiência e o faturamento com certeza. É isso aí.