sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

UM FÁTO EM FOCO

Em 1988 a serviço da Jovem Pan eu acompanhava a Seleção Brasileira de Futebol nos Estados Unidos em preparação para os Jogos Olímpicos de Seul. Inicialmente o time comandado por Carlos Alberto Silva venceu um torneio em Los Angeles realizado no Memorial Coliseum. O Dr. Hildo Nejar era o chefe da deleção brasileira que tinha Otávio Pinto Guimarães como presidente da CBF. Após o torneio de Los Angeles a seleção jogou mais duas partidas para arrecadar dinheiro tendo em vista as despesas nos Jogos Olímpicos de Seul. Já tinha recebido mais de 200 mil dólares para as partidas iniciais. Ganharia mais 70 mil dólares para jogar em Chicago e outros tantos para o amistoso de San José. Até aí tudo bem. Mas, qual não foi minha surpresa ao tomar conhecimento que o dinheiro arrecadado nos jogos de Los Angeles havia sido repassado em sua totalidade para um empresário e um dirigente da CBF na base de 50% para cada um. Não sobrou nada para a Seleção e suas despesas na Coréia do Sul. Resolveram então fazer dois amistosos. O que me chamou a atenção não foi a divisão dos dólares e sim estar o Brasil realizando seus jogos comercializados por um empresário. Hoje abro o site da UOL e leio na página de esportes que o Brasil fará um amistoso em Londres, dia 2 de Março contra a Irlanda. A partida foi agendada pela empresa Kentaro que desde 2006 é a responsável pela comercialização de jogos da Seleção Brasileira no Exterior. Vejam vocês à quantas chegamos. Hoje o país Pentacampeão do Mundo para fazer amistosos precisa de empresários para vender seus jogos. Excursões e jogos de equipes brasileiras no exterior até dá prá entender que aja necessidade de empresários, mas, para jogar a Seleção Brasileira será que isso é necessário mesmo? É isso aí.