quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

VALDIR, CHIQUINHO, VALDIR, XICO...

Demorou um pouco, mas finalmente consegui me reencontrar com Chiquinho, Valdir, Xico. Você deve estar perguntando, mas quem é esse cara que o Edemar está citando. Estou falando de Valdir Appel (Chiquinho, Xico). E quem é Valdir Appel? É um Brusquense que aos 16 anos já era goleiro titular do Paysandu e depois do Carlos Renaux da cidade catarinense de Brusque. Foi servir o Exército na PE do Rio de Janeiro em 1966 onde sua fama como um dos maiores goleiros catarinenses de todos os tempos chegoiu através dos companheiros de farda. Primeiro uma rápida passagem pelo América e depois contratado pelo CR Vasco da Gama cujo treinador era Zezé Moreira. Ficou no Vasco da Gama até 1973 e depois jogou em outros clubes cariocas, em Goiânia, Brasília e Natal. Hoje é supervisor-geral de vendas em Santa Catarina da Swedish Match do Brasil S/A, empresa multinacional suéca que comercializa os Fósforos Fiat Lux, Isqueiros Cricket, Pilhas e produtos desse segmento. E com certeza logo será o novo presidente do Clube Esportivo Paysandu onde deu os primeiros passos e de cujo clube a Família Appel faz parte desde a fundação.

CR Vasco da Gama, campeão carioca de 70
com Valdir, Joel Santana, Miss Vasco,
 Alcir, Rossi, Batista e Fidélis (em pé); Pai
Santana, Benetti, Jailson, Buglê, Silva
 e Gilson Nunes.
Valdir começou no CE Paysandu de Brusque onde reside hoje. Em 1962 enfrentei Valdir num amistoso de juvenis entre Paysandu e Guarani de Blumenau realizado no Estádio Cônsul Carlos Renaux. Dois a dois foi o placar final. Ele no gol do Paysandu e eu no Guarani. É claro que não nos conhecíamos. Fomos nos conhecer a porta do Estádio Castelão depois rebatizado de Machadão em Natal depois de um jogo do Campeonato Brasileiro em que o São Paulo bateu o América por quatro a três. Valdir estrearia no jogo seguinte. Batemos um longo papo ao lado do comentarista Randal Juliano.
Valdir Appel, o Xico como todos os chamam me deu o prazer de um reencontro na quarta-feira (15) num restaurante de Curitiba. Foi um longo papo depois de 41 anos que não nos víamos. Com o surgimento da internet nos reencontramos virtualmente trocando mensagens e relembrando fatos que a memória guarda.
Valdir que por coincidência também nasceu no mesmo ano que eu já lançou dois livros e está quase pronto o terceiro onde conta histórias que acumulou através do futebol. Fiquei muito feliz com o reencontro que já tinha sido adiado inúmeras vezes, mas que agora deve se repetir em outras ocasiões.
A qualidade do ex-goleiro Valdir Appel, Chiquinho, Xico o levou ao futebol do Rio de Janeiro em 1966 quando não havia jogos pela televisão, as notícias do futebol catarinense se resumiam aos jornais do estado, ainda não existiam agentes de jogadores e nem empresários investindo na compora dos passes. Méritos indiscutíveis teve Valdir Appel encarando as “grandes feras” da época no futebol carioca e brasileiro. Valdir tem como hobby colecionar discos de acetato. Tem um acervo de mais de 3 mil "bolachas pretas" e está sempre disposto a trocar as duplicatas. Ele também conta as história do futebol no seu www.valdirappel.blospot.com
Do nosso encontro participou Toni Nicolas Bado, filho do ex-craque Badinho também de Brusque hoje presidente do Conselho Deliberativo do Centenário Clube Atlético Carlos Renaux. Toni Nicolas é jornalista e hoje reside em Curitiba onde gerencia um dos grandes hotéis da cidade.