terça-feira, 6 de janeiro de 2009

A REALIDADE DO FUTEBOL BRASILEIRO

O ano esportivo começou esta semana com a volta dos grandes clubes aos treinamentos. As contratações continuam na ordem do dia. Paulo Baier pretendido por vários clubes acabou indo para o Sport Club Recife que vai disputar a Libertadores. No Palmeiras a torcida protestou na reapresentação e Luxemburgo colocou a culpa na imprensa. O São Paulo espera a liberação de Arouca para juntar-se a Washington, Borges, Dagoberto, Hernanes e Rogério Ceni. O Corinthians treina fora em Itu e Mano Menezes quer primeiro apurar a condição física da equipe para depois entrar na área técnica. Lúcio Flávio e Triguinho são as esperanças da torcida santista e investe nos jovens que disputam a Copa São Paulo. E a falta de dinheiro já está adequando os clubes a realidade (antiga) do futebol brasileiro. O CA Bragantino que dá ao seu Estádio o nome de Nabi Abi Chedid a partir de agora, numa justa homenagem ao seu ex-dirigente saiu na frente. Lá não se paga mais que 5 mil reais de salário por mês. E não tem bicho por vitória. O jogador do Bragantino torna-se parceiro do clube na base do meio a meio quando for negociado. Essa é a situação em que vivem 80% ou mais dos clubes brasileiros. O futebol mudou e espero que as demais agremiações – em dificuldades financeiras – se mirem no exemplo do Bragantino. Os grandes patrocinadores vão trabalhar com os grandes clubes. Os pequenos dependem de verbas da televisão. É o caso do futebol do Paraná. Para o campeonato deste ano serão pagos um pouco mais de 4 milhões de reais. Já ouve um aumento, mas ainda longe do que se paga no futebol catarinense que é quase o dobro. E o futebol paranaense tem dois clubes na divisão principal do brasileiro é bom que não se esqueça. Depender só das cotas de televisão e do marketing tornou-se perigoso para quem pensa grande. Outras alternativas precisam ser encontradas. O SC Internacional de Porto Alegre fala em aumentar para 100 mil o seu quadro associativo. Essa é a saída que o FC Barcelona da Espanha encontrou há muito tempo tanto que não estampa publicidade em seu uniforme. Que o futebol brasileiro se reestruture e encare a realidade. É isso aí