O que dizer depois da pífia apresentação de ontem contra a
Colômbia. Nossa seleção mostrou que não tem esquema de jogo, defesa errando
muito, meio campo que não se completa e ataque que não chuta a gol.
Independente da falha de Thiago Silva e Daniel Alves no gol colombiano o Brasil
tocou a bola pra lá e pra cá sem objetivos definidos. Falta criatividade.
Faltam jogadores qualificados. Nossa seleção é comum, sem grandes perspectivas.
E time que depende da genialidade de um só jogador não vai a lugar nenhum.
Seleção tem que praticar futebol coletivo porque uma peça só não resolve. Isso vem desde
os tempos de Pelé. Quando ele surgiu em 1958 à seleção era recheada de grandes
jogadores e além dele tínhamos Garrincha desequilibrando e craques como Gilmar, Didi,Dino Sani e um goleador nato, Vavá. Em 1962 Pelé se machucou
na primeira fase e o conjunto da equipe superou esse problema. Em 1966
foi um vexame. Convocaram 44 jogadores para a fase inicial de treinamentos e
não se conseguiu formar um onze de qualidade. Em 1970 Pelé fez uma grande
Copa; ele, Félix, Carlos Alberto Torres, Brito, Piazza, Everaldo, Clodoaldo, Gérson, Jairzinho, Tostão e
Rivelino. Hoje Neymar a grande estrela da constelação brasileira passa por um
momento do “eu sou”. Até é, mas pelo que jogou nas duas partidas e no amistoso contra Honduras, decepcionou. E ontem além de tomar cartão amarelo ainda foi
expulso depois que o jogo tinha terminado. Está faltando equilíbrio a Neymar.
As provocações são e serão constantes como as faltas nele praticadas e nas que
ele tenta cavar. Uma coisa é certa: Dunga precisa pensar na forma coletiva da
seleção atuar e com jogadas ensaiadas. E ponto. É isso aí.