Vocês lembram quando só as emissoras de rádio
transmitiam os jogos do futebol brasileiro ao vivo? Pois bem. Naqueles tempos o Maracanã recebia mais de 120 mil
torcedores nos clássicos, Morumbi 100 a 120 mil, Mineirão 100 mil, Fonte Nova
100 mil e num Atlético Paranaense e Flamengo no então Belfort Duarte hoje Estádio
Couto Pereira 68 mil pessoas estiveram presentes. Isso não existe mais e do jeito
que vai já tem time pagando para jogar. O Santos que o diga já que teve mais de
11 mil de prejuízo na partida contra o Guarani. Por enquanto os clubes se sustentam
com o dinheiro da televisão e quando isso acabar? Um dia isso pode acontecer.
Como os clubes pagarão os altos salários. Estão cortando as mãos e as pernas do
rádio porque ele é ainda o veículo que chega mais rápido ao ouvinte. Aliás,
tudo o que o rádio esportivo um dia implantou a televisão por falta de
criatividade copiou. Já não se permite entrevistas em campo antes do jogo, só
pode a televisão que detém os direitos. Criou-se a entrevista coletiva que
muitas vezes começa uma hora depois de encerrada a partida. O repórter de rádio
virou um segurador de microfone. Tudo isso é profundamente lamentável e as autoridades
ou seria “otoridades” não estão nem aí. O rádio esportivo brasileiro virou o
primo-pobre do jornalismo em nosso país. É isso aí.