Cinco jogos, cinco vitórias, 16 gols marcados, um gol
sofrido. Essa é a nova Seleção Brasileira comandada por Tite. Nosso futebol
ressurge no cenário internacional depois da decepção provocada pela Copa do
Mundo e os jogos da era Dunga. Como explicar essa mudança repentina? Seria só
por causa do Tite ou tem algo mais? O
importante de tudo isso é que o susto que rondava nossa possível ausência –
pela primeira vez – de uma Copa do Mundo já passou e somos os primeiros na classificação geral. Ganhar sempre é bom ainda
mais de Los Hermanos. O triunfo sobre os argentinos mostrou alguns detalhes que
merecem ser lembrados. Primeiro: Os platinos tinham mais posse de volta e
Biglia obrigou Alisson a fazer uma defesa sensacional evitando a abertura do
placar. Quando o Brasil chegou e chutou a gol pela primeira vez Philippe
Coutinho abriu o placar. Segundo: antes e depois desse gol os argentinos
começaram a praticar o anti-futebol com cotoveladas e faltas violentas.
Terceiro: O gol de Neymar aos 45 deixou o time de Edgardo Bauza descontrolado.
Quarto: O segundo tempo foi todo brasileiro e o placar de três a zero
construído com o gol de Paulinho foi pequeno pra sorte dos argentinos.
Lionel Messi provou mais uma vez que não repete na
Seleção Argentina o futebol que o consagrou no FC Barcelona. O futebol já deu vários
exemplos ao longo de décadas em que jogadores famosos em seus clubes não eram
os mesmos na Seleção.
Neymar está jogando muito. Mais até do que joga no FC
Barcelona. Tite é o grande responsável pelo comportamento de Neymar e da
maioria dos jogadores que hoje atuam na Seleção Brasileira. Nada de
endeusamento de treinador e jogadores, mas precisamos reconhecer a realidade. É isso aí.