domingo, 16 de junho de 2013

ITÁLIA E ESPANHA CONFIRMARAM

Gol de Pirlo. Imagens cedidas pela FIFA
Neste domingo a Copa das Confederações teve resultados previsíveis nas partidas realizadas no Maracanã e na Arena Pernambuco. Itália e Espanha confirmaram o que deles se esperava.

Melhor postura
No Grupo “A” vitória da Itália sobre o México por dois a um em partida que teve mais qualidade no primeiro tempo quando houve empate em um gol. Pirlo cobrando falta em estilo bem brasileiro abriu o placar aos 27 minutos. O empate veio com Hernandez cobrando penalidade máxima. No segundo tempo o oportunismo de Balotelli definiu a partida aos 33 da fase final. Apitou o chileno Enrique Osses. Maracanã recebeu 73.123 pagantes. Venceu a Itália com Buffon; Abate Chiellini, De Siglio e Barzagli; Marchisio (Cerci), Pirlo, De Rossi, Montolivo; Giaccherini (Aquilani) e Balotelli (Gilardino).  O México perdeu de Corona; Flores , Rodriguez, Moreno e Salcido; Torrado, Aquino (Mier), Guardado e Zavala (Gimenez); Hernandez e Giovanni dos Santos.
Na frente

Sérgio Ramos e Pedro comemorando primeiro gol
da Espanha. Imagens cedidas pela FIFA
A Espanha provou na Arena Pernambuco porque é considerada uma das favoritas para conquistar a Copa das Confederações ao derrotar o Uruguai na abertura do Grupo “B” por dois a um. Pedro com desvio de Lugano abriu o placar aos 20 minutos fez o primeiro gol hispânico. Aos 32 Roberto Soldado ampliou. Aos 43 do segundo tempo o Uruguai descontou com Luís Suarez cobrando com perfeição uma falta. Dirigiu a partida o japonês Yuichi Nishimura. Assistiram à partida segundo a FIFA, 41.705 torcedores. Ganhou a Espanha com Casillas; Arbeloa, Piqué, Sérgio Ramos e Alba; Busquet, Fábregas (Carzola), Xavi (Martinez) e Iniesta; Roberto Soldado e Pedro (Mata). O Uruguai perdeu de Muslera; Maxi Pereira, Lugano, Diego Godin e Cáceres; Rodriguez, Ramirez (Gonzalez), Cavani e Gargano (Lodeiro); Diego Perez (Diego Forlán) e Luís Suarez.

RADIAS, TELEVISIVAS E ESPORTIVAS

Aconteceu o que eu tinha previsto em relação à presença do torcedor nos jogos da Copa das Confederações. Com capacidade para 70.064 espectadores o Estádio Nacional Mané Garrincha recebeu pouco mais de 50 mil. E olha que foi o jogo de abertura e estreia da Seleção Brasileira. Falta dinheiro ao povo, falta futebol a seleção. Esses dois ingredientes são os responsáveis e serão com certeza nesta competição e na Copa do Mundo. Brasil não é EUA e muito menos Alemanha, França, Inglaterra onde os estádios em competições internacionais sempre recebem lotação total. O preço do ingresso é um dos fatores o outro é nossa seleção da qual o povo brasileiro ainda não confia totalmente.

(*) Atualizando: foram anunciados 67.423 pagantes no jogo de ontem. Alguém está mentindo. Viu-se muito espaço em todos os setores do estádio e sua capacidade anunciada é de 70.64 lugares. Então não poderia ter 67.423 presentes. Talvez tivessem vendido esse número de ingressos, mas o público não passou de 50 e poucos mil presentes.

A televisão esportiva do Brasil tem repórteres, comentaristas e narradores com bom trânsito junto à direção de suas emissoras. É isso que se deduz, pois o que se vê também é uma falta de qualidade incrível. Apresentadores de programas na abertura da Copa das Confederações e durante o jogo Brasil e Japão mostraram que não é só o futebol brasileiro que está carente.
Vocês já devem ter notado que determinados treinadores adoram aparecer na telinha com gestos e mais gestos durante os jogos. Já teve treinador que ficou pelo menos 70% dos jogos em pé a beira do gramado tentando passar instruções ou fazendo de conta. Conversei com ex-jogadores e alguns em atividade e estes confirmaram a opinião que sempre tive: a) - com o barulho da torcida não dá para ouvir as instruções passadas a beira do gramado; b) – mesmo que as orientações cheguem aos ouvidos dos jogadores nem todos colocam em prática; c) – Ronaldo agora travestido de comentarista disse que instruções passadas por treinadores que chegaram ao seu ouvido jamais foram cumpridas. Acho nisso tudo que os treinadores perdem tempo e até irritam os atletas durante o jogo além de ficarem roucos. O que precisa acontecer é uma preparação e orientação mais qualificada durante os treinos e correções no intervalo dos jogos. O resto é papagaiada que não leva a nada.

Emissoras de rádio que compraram os direitos para transmitir a Copa das Confederações só estiveram com repórter no Estádio Nacional Mané Garrincha em Brasília. Quem já gastou uma grana preta para ter o direito de transmitir os jogos deveria fazer um esforço maior para colocar pelo menos seus narradores no estádio. Isso depõe e tira cada vez mais o crédito que um dia as emissoras de rádio conquistaram. O duro é ouvir o narrador abrindo a transmissão dizendo estar no estádio e depois de algum tempo ao chamar o repórter perguntar: Como está o comportamento do público aí no estádio. O que se engana as emissoras que estão em rede é uma grandeza. Participam de transmissões feitas no tubão. Uma vergonha!
A Jovem Pan que em 2002 por não concordar com o valor exigido pelos direitos da Copa do Mundo do Japão e Coréia colocou seus profissionais e convidados nos estúdios para comentar o que a televisão mostrava, hoje tem seguidores. A Rádio Estadão que pretendia inovar esqueceu-se de que sua inovação já havia ocorrido 11 anos antes na Jovem Pan. E agora na Copa das Confederações ouvi ontem a mesma filosofia sendo adotada por outras emissoras. Por isso um amigo quando me telefona diz: “o que vocês faziam nos anos 70,80 e 90 ninguém faz mais e nem fará”. Muito triste tudo isso.  

A Seleção Brasileira venceu o primeiro jogo, mas, convenhamos não foi nenhuma Brastemp. Já vencemos o Japão em várias ocasiões por três a zero como em Liverpool em 1995 pela Copa Umbro e no amistoso de 1997 em Osaka. A diferença daquelas equipes é muito grande. O que não dá para entender é como mandante de um jogo com jogadores melhor qualificados o Brasil não saiba impor seu estilo de jogo. Estamos sempre entrando na correria dos adversários. A bola sai da nossa defesa para o ataque e volta muito rapidamente. Parece jogo de ping-pong. Tenho a certeza que não é isso que Luiz Felipe Scolari está tentando passar aos jogadores.
Outra coisa que a televisão mostrou ontem e já em outros jogos é na chegada das equipes ao estádio. As novas tecnologias que tomaram conta dos jogadores vão além do inimaginável. O que se vê no desembarque são jogadores com enormes fones curtindo músicas e talvez ouvindo até as emissoras para saber o que estão falando. Falta aos jovens atletas a chamada “concentração” antes de um jogo de futebol. Tá certo que o jogador deve relaxar, mas ouvir música e ainda ficar falando ao celular com certeza não o deixa focado só na atividade que logo em seguida irá exercer.
E pra finalizar: Lamentável o gramado do Estádio Nacional Mané Garrincha. É verdade que ocorreram apresentações na abertura em cima do gramado coberto por um material especial. Lembro que quando as obras do estádio estavam chegando ao final a grande preocupação passou a ser o gramado. As informações vão além. Depois de encerrada a Copa das Confederações o gramado será totalmente retirado para a colocação de outro. Uma obra que está orçada em mais de quatro milhões de reais. Pelo visto dinheiro é o que não falta!