O que escrevi sobre os reflexos que poderiam ocorrer se
não conquistássemos a Copa do Mundo aos poucos vai se confirmando. Citei aqui em 2013 que
isso diminuiria o interesse pelo futebol com reflexo no investimento
publicitário. Hoje os recursos financeiros dos clubes brasileiros são
provenientes das cotas que a televisão paga. Agora com a crise que o país vive
graças à corrupção e os desmandos o futebol também entrou no roteiro. A TV
Globo com o objetivo de renovar antecipadamente os contratos com os clubes da Série
“A” propõe uma redução de até 25% nas cotas. Está oferecendo uma antecipação
que será descontada até 2020. E agora? Como ficam os clubes com os salários
pagos fora da realidade? Chegou a hora de mudar reduzindo as despesas,
diminuindo os elencos e pagando – em dia – salários compatíveis com a
realidade. Hoje os clubes contratam e mandam embora treinadores e jogadores a
todo instante. Por falta de um planejamento melhor quando estão em situação
difícil no campeonato cometem muito exagero. Nenhum clube brasileiro na
atualidade pode se dar ao luxo de ter mais do que 25 jogadores. E mesmo assim
esses jogadores não podem receber salários fora de nossa realidade. Demitir
treinadores a cada instante também só serve para elevar as despesas. Ninguém
vai suportar. A crise brasileira está aí e não tem prazo para terminar. Os
clubes que se reciclem se organizem e saibam usar melhor o dinheiro oriundo da
televisão e das publicidades. É isso aí.
quinta-feira, 29 de outubro de 2015
terça-feira, 27 de outubro de 2015
JÁ NÃO SOMOS OS MELHORES!
O futebol
brasileiro foi o melhor do mundo por algumas décadas. Já não é mais. Os
resultados pós-copa de 2002 estão aí pra confirmar isso. E essa situação tem
sido questionada por muitos através dos meios de comunicação. O advento da
televisão mostrando jogos do mundo inteiro para o mundo inteiro serviu para que
os outros países se aperfeiçoassem. Antes se dizia que os outros países eram
tudo “japoneses”. Pois agora também os japoneses já sabem jogar futebol. O futebol
de hoje não tem mais segredos. Ganha quem coloca em campo jogadores mais habilidosos
e esquemas de jogo de acordo com cada jogo. Hoje cada jogo tem sua história. E
os treinadores armam suas equipes sabendo exatamente como os adversários jogam.
Assim é de forma geral o nosso futebol comparado nos dias de hoje com os outros
países. Já fomos os melhores e hoje não somos mais. Nosso futebol já não tem
mais jogadores com muita habilidade e são conhecidos por todos. Vejam o caso da
América do Sul. Não existe grande diferença entre os 10 países. Mesmo com
Neymar, Messi considerados os melhores, Brasil e Argentina tem enormes
dificuldades para estar à frente nas competições. É isso aí.
sábado, 24 de outubro de 2015
O PREJUÍZO DO OFF-TUBE
Muitos me
têm questionado porque as rádios de Curitiba e outras cidades não transmitem
mais dos estádios os jogos quando os times atuam fora. E os canais de televisão também fazem isso hoje com muita frequência. Tudo isso começou lá
pelo ano dois mil. Lembro que em 2003 quando acabou o futebol na Rádio News em
São Paulo tive uma reunião com diretores de uma famosa rádio. Colocaram que
tinham narradores suficientes porque já eram mais necessárias viagens para outras cidades. “Hoje
ficou fácil transmitir futebol. A televisão mostra a imagem de todos os jogos”. Engoli em seco e sai de lá preocupado
com o futuro do rádio esportivo. Ontem estava ouvindo “Nosso Mundo Esportivo”
pela Rádio Evangelizar de Curitiba com Jacques Santos, Capitão
Hidalgo e Luís Cláudio. Esse assunto foi abordado mais uma vez e com muita
propriedade. Capitão Hidalgo falou do tempo em que no mínimo quatro emissoras
locais acompanham Atlético Paranaense, Coritiba e Paraná onde quer que fossem
jogar. Isso sem falar das coberturas dos jogos da Seleção Brasileira em
amistosos e competições oficiais dentro e fora do país. Jacques Santos lembrou
que hoje existem facilidades para comprar passagens aéreas a baixo custo ao
contrário do que
acontecia antes. O assunto merece por isso mesmo vários adendos. a) – As transmissões em off-tube diminuíram a qualidade e a credibilidade das transmissões esportivas; b) – Só porque a televisão transmite os jogos não se justifica a ausência; c) – No momento em que os que dirigem as rádios se conscientizarem que o futebol precisa ser transmitido dos estádios com certeza as empresas voltarão a investir na publicidade. Aproveito para parabenizar Willy Gonser que assumiu recentemente o Departamento de Esportes da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, uma potência no rádio mineiro. Com a audiência subindo a Inconfidência já se libertou do Off-Tube completo. Nos jogos dos times mineiros fora de Belo Horizonte são enviados narrador, repórter e operador técnico. Elogios também ao Grupo Independente de Rádio da cidade gaúcha de Lajeado que além de acompanhar o Lajeadense também está com seus profissionais em todos os jogos da dupla Grenal pelo país afora. Os custos são os mesmos para as emissoras das capitais e do interior. Falar que os custos são elevados à gente até entende mas, são os mesmos de antes quando narrador, comentarista, repórter, operador de externa compareciam aos estádios. Na verdade as transmissões é que perderam a qualidade. Para ganhar novamente a Credibilidade dos anunciantes e ouvintes só existe um caminho: Qualidade e transmissões in loco. O resto é “papo furado”. É isso aí.
acontecia antes. O assunto merece por isso mesmo vários adendos. a) – As transmissões em off-tube diminuíram a qualidade e a credibilidade das transmissões esportivas; b) – Só porque a televisão transmite os jogos não se justifica a ausência; c) – No momento em que os que dirigem as rádios se conscientizarem que o futebol precisa ser transmitido dos estádios com certeza as empresas voltarão a investir na publicidade. Aproveito para parabenizar Willy Gonser que assumiu recentemente o Departamento de Esportes da Rádio Inconfidência de Belo Horizonte, uma potência no rádio mineiro. Com a audiência subindo a Inconfidência já se libertou do Off-Tube completo. Nos jogos dos times mineiros fora de Belo Horizonte são enviados narrador, repórter e operador técnico. Elogios também ao Grupo Independente de Rádio da cidade gaúcha de Lajeado que além de acompanhar o Lajeadense também está com seus profissionais em todos os jogos da dupla Grenal pelo país afora. Os custos são os mesmos para as emissoras das capitais e do interior. Falar que os custos são elevados à gente até entende mas, são os mesmos de antes quando narrador, comentarista, repórter, operador de externa compareciam aos estádios. Na verdade as transmissões é que perderam a qualidade. Para ganhar novamente a Credibilidade dos anunciantes e ouvintes só existe um caminho: Qualidade e transmissões in loco. O resto é “papo furado”. É isso aí.
terça-feira, 20 de outubro de 2015
RADIAIS E TELEVISIVAS
A Rádio Guaíba de Porto Alegre está voltando com o seu
Futebol Estilo Guaíba reforçando seu time para conquistar novamente a liderança
no rádio esportivo gaúcho. Depois de Nando Gross assumir no esporte e
jornalismo, agora foi confirmada a contratação de Marco Antônio Pereira que se
desligou da Rádio Gaúcha recentemente. Agora a Guaíba precisa superar um
problema maior. Obter os Direitos de Transmissão para a Copa do Mundo e Jogos
Olímpicos. Consta que por ser uma emissora do Grupo Record e Igreja Universal lhe é negado o acesso numa “briga” que não leva a absolutamente
nada. Todos tem direito a competir afinal não estamos num país democrático. Está na hora de acabar o “monopólio” dos
eventos esportivos. O Brasil é um país de 220 milhões de habitantes e o esporte não pode
ser refém de um só grupo.
Vocês sabiam que de acordo com a ANATEL a cidade de Curitiba
tem Outorga para apenas duas (2) emissoras na frequência AM, mas tem dezesseis
(16) autorizadas com estúdio principal na cidade. No FM a autorização de funcionamento é para doze (12)
prefixos, mas existe autorização para quinze (15) com estúdio principal em Curitiba. Curitiba
tem trinta e uma (31) emissoras entre AM e FM com estúdio principal quando somente catorze (14) tem Outorga pra isso. E por essas e outras que diminui cada vez mais a
fatia do bolo publicitário.
Paulo Sodate conhecido locutor esportivo que atua na Rádio
Capital de São Paulo é um dos maiores incentivadores da gloriosa Associação
Portuguesa de Desportos. Dizem que ele é torcedor do Corinthians, mas, o trabalho
que tem feito em benefício da Lusa do Canindé merece ser reconhecido por toda a
Colônia Lusitana. Além do incentivo nas transmissões esportivas, no Facebook e
por onde passa Paulo Sodate ainda se preocupou em buscar pães e outros
alimentos este ano para levar a concentração lusa para abastecer os jogadores.
Parabéns Sodate.
Silvana Kieling, nascida Silvana Carneiro uma dama do
jornalismo brasileiro que iniciou na Jovem Pan e depois passou por vários
canais de televisão de São Paulo como repórter também é empresária. Está fora da televisão onde atuou como
repórter no Domingo Legal do SBT e recentemente no programa do Luiz Bacci na
Band. Ela é proprietária da Silvana Kieling Moda Fitness e Praia no Portal
Shopping do Morumbi. Sucesso querida
amiga.
A cidade catarinense de Brusque que revelou grandes
jogadores para o futebol também tem o seu KID VINIL. Com mais de 3.500 discos
de vinil, Valdir Appel ex-goleiro do Paysandu, Carlos Renaux, Vasco da Gama e
mais um montão de times como identifica seu perfil no Facebook, não perde a
chance de aumentar seu acervo. Seus
amigos, ex-jogadores sempre indicam ou lhe presenteiam como raridades. Se
você quiser passar adiante os discos de vinil que tem guardado fale com o
Valdir Appel através de sua página no Facebook.
Mudanças pra lá, mudanças pra cá o rádio brasileiro passa por
transformações quase todos os dias. Com diz o slogan da Band NEWS “Em 20
minutos tudo pode mudar”. E está mudando mesmo. Os profissionais com maior
tempo de casa e idade estão sendo dispensados e substituídos por jovens, sem
a mesma qualidade. As rádios estão apertando cada vez mais o cinto, pois o
faturamento caiu abruptamente nos últimos tempos. E dizem que as publicidades
da televisão também estão em baixa. Duas empresas patrocinadoras de
grande emissora brasileira não teriam renovado os contratos milionários para
2016.
A volta da grande Rádio Clube de Pernambuco poderá acontecer
em breve. Atualmente usando o nome de Rádio Globo, a emissora poderá ter um
novo proprietário ou arrendatário que se anuncia traria de volta o nome que
consagrou a rádio em todo o país. Esse grupo já adquiriu o Diário de Pernambuco
e AquiPE. O Sistema Opinião de Comunicação detém hoje 78% do Grupo dos Diários
Associados. Passou para as mãos dos irmãos Maurício e Alexandre Rands. Quanto à
rádio – fundada em 6 de Abril de 1919 – a mais antiga do Brasil ainda pertence
ao Grupo Diários Associados hoje afiliada do Sistema Globo de Rádio. Dizem que
é uma questão de tempo para que a mais antiga emissora brasileira volte a ser Rádio Clube de Pernambuco.
Outro dia alguém perguntou: Porque muito profissionais do
rádio e da televisão trabalham em mais de uma empresa. Sinal dos tempos meus
amigos. Antes o rádio era forte, poderoso, imbatível. A Televisão foi chegando e
teve a necessidade de contratar profissionais qualificados. Com isso muita
gente tem dois ou até três empregos. E aí entra também o lado financeiro. Nas
rádios e mesmo nas televisões já não se paga mais salários elevados. Com isso
os profissionais são obrigados a trabalhar em mais empresas ou como em muitos casos o cara é locutor e operador técnico ao mesmo tempo.
domingo, 18 de outubro de 2015
QUEM PARA O CORINTHIANS?
A sete
rodadas do final o Campeonato Brasileiro parece já ter o seu campeão. Com oito
pontos de diferença em relação ao Atlético Mineiro (59), doze do Grêmio (55),
dezoito do Santos (48) o Corinthians já pode mandar fazer as faixas. O Timão
jogará ainda contra o Flamengo, Coritiba, São Paulo e Avaí em casa, Atlético
Mineiro, Vasco da Gama e Sport fora de casa. Só um uma virada total com
Atlético Mineiro ou Grêmio ou ainda o Santos vencendo todos os jogos e o
Corinthians perdendo pelo menos três partidas mudaria o panorama totalmente.
Pela regularidade o Corinthians dificilmente deixará de ser o campeão. Atlético
Mineiro e Grêmio apresentam muitos altos e baixos e o que está subindo de
produção só mesmo o Santos. Cada time terá sete jogos com 21 pontos em disputa.
Quem pode parar o Corinthians?. É isso aí.
sábado, 17 de outubro de 2015
PARANÁ CLUBE: O RETORNO
Curiosa trajetória a do Paraná Clube fruto da fusão
Colorado/Pinheiros em 19 de Dezembro de 1989. Com sete (7) títulos
estaduais, Campeão da Série “B” em 1992 e 2000 (Torneio João Havelange), quinze
(15) participações na Série “A”, onze (11) na Série “B” e uma (1) na Série “C”
está lutando para retornar a elite do futebol brasileiro desde 2008. Com problemas financeiros desde então o clube
que teve em Rubens Minelli seu primeiro treinador e 50 jogadores vindos do Colorado
e Pinheiros não consegue subir. Os altos e baixos devem ser atribuídas as mudanças
constantes do elenco e treinadores além dos problemas financeiros. No atual campeonato ocupa a décima segunda posição com
39 pontos ganhos fruto de dez (10) vitórias, sete (7) em casa e três (3) fora, nove
(9) empates, cinco (5) em casa e quatro (4) fora, doze (12) derrotas, três (3) em casa e nove (9) fora. O futuro do clube está nas mãos dos recém-eleitos novos dirigentes. A manutenção da maioria dos
jogadores do atual elenco e a contratação de outros poderá ser o caminho para o retorno a Série
“A” em 2016. Torço por isso assim como torcem os torcedores do simpático “Tricolor
das Vilas”. É isso aí.
quinta-feira, 15 de outubro de 2015
NHÔ RUIM E NHÔ PIOR!
O Campeonato Brasileiro está cada vez mais louco no sobe e
desce das últimas posições. O Coritiba já entrou e saiu da Zona de Rebaixamento
algumas vezes como outros times também. Com a derrota de ontem o time paranaense
está novamente entre os quatro piores com 13 derrotas, 8 vitórias, 9 empates e
saldo negativo de 11 gols. Na mesma situação está Avaí (embora em décimo sexto
lugar) com 15 derrotas. Goiás, Vasco da Gama e Joinville também não conseguem
sair do buraco em que se meteram. Duro mesmo é ver grandes times como São Paulo
e Palmeiras jogarem o futebol que estão jogando. No caso tricolor apenas se
repete o que já escrevi de há muito; não adianta trocar de treinador quando não
se tem jogadores de qualidade. Já o Palmeiras gastou uma fortuna em
contratações e vem decepcionando cada vez mais a sua torcida. E o que dizer do
Atlético Paranaense sem vencer a oito jogos. E as campanhas pífias do Flamengo
e Fluminense com 14 derrotas e do Cruzeiro com 12. E assim vamos caminhando
para o final do campeonato com o Corinthians na liderança e podendo manter hoje
cinco pontos à frente do Atlético Mineiro se vencer o Goiás, do Galo correndo
atrás do timão e Grêmio e Santos esperançosos de chegar perto dos primeiros. Os
torcedores até que tem prestigiado seus times, mas em sua maioria frustrados
com o que está acontecendo. É isso aí.
E NOSSOS GRAMADOS?
Maracanã |
Excesso de treinos, irrigação e arquitetura das arenas são
os culpados pela condição dos gramados, segundo empresa responsável por parte
dos campos da Copa do Mundo de 2014. Construíram-se novos estádios (arenas) e a
muitas apresentam gramados de futebol de várzea. Diversas Arenas recém construídas são
exemplos disso..
Estádio Atahualpa |
No meio da semana o jogo Equador e Bolívia em Quito foi
disputado num gramado que mais parecia uma piscina. Só que isso não abriu
nenhuma cratera na grama e a bola parou muito pouco na água acumulada. O
gramado se manteve.
Camp Nou |
Na Europa, dificilmente se vê
buracos nos gramados. São lindos os gramados parecendo autênticos tapetes ou mesas de bilhar. E lá o inverno é rigoroso com muita neve e pouco sol o que por si só poderia trazer sérios problemas. O Brasil já tem modernos estádios e que
agora precisa encontrar uma fórmula para que os gramados sejam de qualidade para que técnicos, jogadores e torcedores não possam mais reclamar. Que a bola possa rolar leve e solta facilitando a ação dos jogadores. É isso.
quarta-feira, 14 de outubro de 2015
E A SELEÇÃO? GOSTOU?
Vencer a
Venezuela era uma obrigação. Os três pontos obtidos foram importantes
para não ficarmos muito distantes dos primeiros. Quanto ao comportamento da
seleção, bem quando ao comportamento muito pouco pra comentar. Jogamos contra
um time sem qualidade e mais uma vez mostramos pouca qualidade. Tocar a bola de
cá pra lá virou lugar comum no futebol. Na partida de ontem alguns jogadores
quiseram resolver individualmente de qualquer maneira e acabaram comprometendo
o lado coletivo. E foram poucas as finalizações. Quando as jogadas fluem pelas
extremas o gol fica mais
próximo. Vários lances foram proporcionados por
William e Douglas Costa com pouco aproveitamento. Para que isso se torne
realidade e mais treinamentos. E as jogadas ensaiadas também fazem parte dessa
filosofia. Estamos muito longe disso. E os adversários além de chegar junto já
não respeitam mais os brasileiros e as provocações e jogadas violentas viraram
uma constante. William, Douglas Costa e Filipe Luís foram os principais
destaques do time. Os demais não comprometeram. Valeu pela vitória, mas muita
coisa precisa ser aprimorada para que as esperanças se renovem e o torcedor
possa dar crédito a nossa seleção. É isso aí.
terça-feira, 13 de outubro de 2015
FUTEBOL BRASILEIRO TEM SOLUÇÃO?
O futebol brasileiro depois do vexame da Copa vive uma
situação muita delicada. Já tem gente pedindo que um resultado que não seja de
goleada e uma boa apresentação esta noite diante da Venezuela sirva para
demitir todos os jogadores, a atual comissão técnica e começar de novo. O
caminho talvez não seja bem esse, mas entendo que infelizmente nosso futebol “dorme”
em cima das conquistas anteriores. Também por isso muitos jogadores da atual
seleção estão no exterior, nem tanto pela qualidade, mas por serem jogadores
brasileiros. Nosso futebol que inspirou os outros países em se atualizarem
acabou parando no tempo e no espaço. Se antes as jogadas maravilhosas de Pelé,
Didi, Garrincha, Tostão, Rivelino, Carlos Alberto Torres, Newton Santos
maravilhavam o mundo hoje os que nos representam não chegam nem perto disso. E
por falta de organização e visão dos dirigentes dos clubes e da própria CBF o
futebol brasileiro estagnou. Já não assustamos mais ninguém. E por aqui também
já não existe mais o mesmo interesse pelos jogos, até da seleção. Nas décadas
de 50, 60, 70, 80 e 90 os estádios recebiam mais de 100 mil torcedores nos
jogos entre os grandes. E é bom lembrar que em 1950 a população brasileira era
de 51 milhões de habitantes. Hoje são quase 220 milhões. Os estádios tiveram
sua capacidade diminuída para atender o chamado Padrão FIFA e hoje 40 mil
torcedores nas Arenas passam a ser um grande público. Isso tudo serviu para dar
força à televisão, especialmente a TV a cabo que agora comercializa a exibição
de partidas e afasta cada vez mais o torcedor dos estádios. Essa situação
dificilmente se modificará até o final da década mesmo que venhamos a vencer a
Copa do Mundo de 2018. O brasileiro está perdendo cada vez mais a “tesão” pelo
o futebol. Ouço com frequência as pessoas dizerem: “Por favor, nem fala do
futebol”. Situação caótica, triste e lamentável. É isso aí.
PORQUE O RÁDIO PADECE?
Acompanhando,
ouvindo, lendo opiniões tenho cada dia mais certeza de que o rádio brasileiro
padece pela falta de visão de quem comanda. Tornou-se prático integrar redes de
rádio do eixo Rio-São Paulo inclusive assumindo o nome de muitas dessas
emissoras. Retransmitir o Jornal da Manhã da Jovem Pan nos anos 70 foi uma inovação
no jornalismo brasileiro. A Jovem Pan Via Embratel tinha a retransmissão de 30
minutos do Jornal da Manhã que era apresentado das 6h30 às 9 da manhã de
segunda a sábado. Com o surgimento da internet os custos diminuíram para essas
retransmissões. De repente começaram a aparecer rádios com o nome Jovem Pan,
Globo, CBN, Bandeirantes e outras em todo o país. Com o som pela internet as
emissoras locais trocaram os nomes de origem com o objetivo que ganhar mais
destaque e aumentar o faturamento. Isso na verdade funciona para os
jornalísticos veiculados pela Jovem Pan, CBN e Bandeirantes, não para programas
direcionados ao um público específico. Hoje o Brasil está infestado de
emissoras com os nomes das maiores rádios do país. Tudo muito bonito e
interessante com um, porém; as emissoras locais perderam sua identidade porque
grande parte da programação local não existe mais. É muito bom ouvir os
programas jornalísticos dos principais centros. Só dão audiência esses
programas. Os demais determinam grande queda na audiência coisa que os “gênios”
que estão à frente das rádios ainda não se tocaram. Quando as rádios voltarem
as suas origens como nome e programação vai melhorar a audiência e o
faturamento com certeza. É isso aí.
segunda-feira, 12 de outubro de 2015
RÁDIO E ESPORTE
O rádio esportivo e o rádio como um todo tem histórias
sensacionais. O "Menininho" Vanderlei Ribeiro, grande narrador
esportivo trabalhou em muitas emissoras entre as quais a Globo do Rio e São
Paulo, Record, Jovem Pan e atualmente está na Transamérica, Ele teve uma
primeira passagem curiosa na Jovem Pan. Na estreia ao anunciar o comentarista Randal
Juliano trocou as bolas dizendo... E a opinião Jovem Pan é de Juliano Randal.
Prontamente o repórter Geraldo Blota (GB) interrompeu dizendo: VC está lendo
muito as listas telefônicas né Vanderlei. Ele estreou na Jovem Pan e ao ser
escalado para a cobertura do Carnaval acabou sumindo e só voltou para a
emissora lá por 1977-78.
.
Na foto Vanderlei Nogueira, Fausto Silva, Cândido Garcia e Flávio Adauto. |
Na cobertura do Carnaval de 1973 no Rio de Janeiro em plena
Avenida Presidente Vargas o então Repórter Esportivo da Jovem Pan Fausto Silva,
Faustão, deitou e rolou. No horário reservado para a Voz do Brasil ele fez a
festa. De posse do microfone sem fio Motorola que pesava uns 5 quilos percorreu
a avenida e foi entrevistando autoridades. As pessoas agradeciam a lembrança e
a entrevista.
Vocês sabiam que o grande jornalista Milton Parron também
foi Plantão Esportivo. Foi nos tempos da Jovem Pan. Para dar folga ao titular Narciso
Vernizzi, ele era escalado. Lembro bem do primeiro jogo (inteiro) que transmiti
em teste na Jovem Pan. Era uma quinta-feira. Eu estava lá no Maracanã ao lado
de Orlando Duarte, Fausto Silva, Israel Gimpel e de Paulo Travaglia operador de
externa. O Santos derrotou o América por dois a zero gols de Alcindo e Nenê, em
19 de Outubro de 1972. Milton Parron estava lá firme e forte passando as
informações no Plantão Esportivo Permanente. Em 1968 Milton Parron foi o único
jornalista presente em Santa Cruz de La Sierra documentando o casamento de
Roberto Carlos com Nice.
Oswaldo Brandão não só foi um treinador vitorioso no futebol
como sabia fazer amigo como poucos. Ele tratava a imprensa com uma fidalguia
bem diferente do que se vê hoje. Lembro que certa feita após um jogo em
Aracaju, na estreia de Edson no Palmeiras, Brandão preparou uma grande
quantidade de mariscos e distribuiu entre as pessoas que estavam jantando no
local. Oswaldo Brandão também conhecido como “Caçamba” era natural da cidade de
Taquara no Rio Grande do Sul. Brandão depois de dar muitos títulos ao
Palmeiras, São Paulo e o esperado de 1977 do Corinthians, faleceu em 29 de
Agosto de 1989 aos 73 anos.
Na Copa do Mundo de 1990 na Itália os repórteres Luís Carlos
Ribeiro (Tupi-SP) e Jorge Soares (Clube de Pernambuco) deram um Show de
cobertura da Seleção Brasileira. Luís Carlos Ribeiro entrevistou a esposa de um
dos jogadores da Seleção Brasileira que contou das confusões e desencontros
entre os atletas. A entrevista – exclusiva – foi reproduzida por rádios e
emissoras de televisão. Luís Carlos
Ribeiro atua hoje como apresentador da Rede TVT de Televisão.
Já Jorge Soares está na Rádio Olinda de Pernambuco. Ele teve
uma passagem curiosa nos tempos de Barbosa Filho na Rádio Clube de Pernambuco
como conta o site www.pernambola.com.br
“O Repórter Jorge Soares foi demitido no ar em plena jornada esportiva da Rádio
Clube pelo Barbosa Filho. Aconteceu que Jorge errou a pronuncia do goleiro da
Seleção da Rússia que jogava na Ilha do Retiro contra a Seleção Cacareco, quando
de repente o Comentarista Barbosa Filho chamou a atenção do seu comandado. Meu
caro Jorge Soares trabalhe sério e correto no Escrete Titular do Rádio, agora
aproveite e passe amanhã cedo no 3º andar para acertar suas contas".
Em 1975 conheci um jornalista dos mais qualificados do
Brasil... Milton Galdão. Trabalhava no Popular da Tarde na área do esporte.
Ficamos amigos depois de passarmos uma semana em Caracas para a cobertura do
jogo da Copa América (na época Campeonato Sul-Americano) em que o Brasil goleou
a Venezuela por quatro a zero, gols de Palhinha (2), Romeu e Danival. Nessa
partida realizada em 30 de Julho de 1975, Milton Galdão participou da minha
transmissão pela Jovem Pan. João Milton Galdão faleceu aos 54 anos em 18 de Março
de 1979. Foi presidente da Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo de
1966 a 1968.
Os rumores de sua saída já vinham sendo acumulados nos
últimos dois anos. Na semana que passou o narrador esportivo Marco Antônio Pereira,
56 anos deixou a Rádio Gaúcha de Porto Alegre depois de quase 24 anos (em duas
passagens) na emissora. O destino de Marco Antônio com certeza será a Rádio
Guaíba que já de há muito se ventilava. Resta saber quem a Gaúcha vai contratar para substituí-lo.
sábado, 10 de outubro de 2015
QUALIDADE NÃO TEM IDADE
No futebol
quando o jogador passa dos 35 anos é considerado velho para continuar atuando.
No rádio e na televisão quando o profissional atinge os 60 anos acaba sendo
descartado. Quem dirige times de futebol, emissoras de rádio e televisão
esquece que “qualidade não tem idade”. Temos grandes exemplos disso.
Futebol
KAZU |
Kazu (Yokohama FC) 48, Rogério Ceni (São Paulo), 42, Zé Roberto (Palmeiras), 41, Marcos Assunção (Criciúma) 39, Guiñazú (Vasco da Gama), 37, Drogba (Montreal Impact), 37, Pirlo (New York City), 36, Danilo (Corinthians) 36, Ricardo Oliveira (Santos) 35, Luizão (Benfica) 34, Diego Lugano (Cerro Porteño), 34, Xabi Alonso (Bayern de Munique), 33, Fred (Fluminense), 32, Dagoberto (Vasco da Gama) 32 são exemplos de jogadores de qualidade em plena atividade.
Orlando Duarte (TV Brasil), 83, Claudio Carsughi (TV Brasil) 82, Silvio Luiz (Redetv) 81, Walter Dias (Rádio Guarujá Paulista) 80, Washington Rodrigues (Rádio Tupi) 79, Willy Gonser (Rádio Inconfidência), 78, José Carlos Araújo (Rádio Tupi), 77, Alberto Rodrigues (Rádio Itatiaia) 76, Gerson (Rádio Tupi) 74, Haroldo de Souza (Rádio Grenal), 74, Juarez Soares (Transamérica) 74, Vanderlei Ribeiro (Transamérica) 73, José Hidalgo Neto (Rádio Evangelizar), 72, Paulo Roberto Morsa Martins (Transamérica) 70, Galvão Bueno (TV Globo) 65, Paulo Stein (Sportv) 68, Pedro Ernesto Denardim (Rádio Gaúcha), 64 e Milton Neves Filho (Bandeirantes) 64 entre outros continuam mostrando como se faz rádio e televisão no esporte.
Os jovens
precisam ralar muito pra chegar aonde esses profissionais chegaram. É isso aí.
sexta-feira, 9 de outubro de 2015
SEJAMOS OTIMISTAS!
O brasileiro
está pra lá de pessimista em tudo que rola no país. E no futebol o pessimismo
já está superando a empolgação de antes. O futebol brasileiro não acabou. Passa como já
escrevi antes da Copa de 2014 por um ciclo. Jogadores de qualidade limitada,
treinadores desatualizados e pouco tempo para treinamentos. O excesso de jogos
tem parte de culpa. Mas, não é só isso. Temos falta de atletas de qualidade e
os que aí são "endeusados" além da conta. A imprensa não joga, mas
joga os jogadores contra a torcida. O treinador não joga, mas sempre que a
coisa vai mal é o primeiro a ser demitido. Aos treinadores, em sua maioria, não
é dado tempo suficiente para realizar um bom trabalho. É muito marketing e
pouco futebol com gastos enormes em contratações e salários que inviabilizam
cada vez mais os clubes. O futebol brasileiro precisa se reorganizar e os
jogadores também precisam colaborar se esforçando mais para recolocar na
prateleira o produto outrora mais importante do país, hoje desacreditado. O
vexame da Copa do Mundo de 2014 ainda não foi superado. Parece que nada
aconteceu. Os problemas até aumentaram com os desmandos. Jogadores, técnicos,
dirigentes e imprensa precisam colocar os pés no chão, um ajudando o outro para
superar os problemas. Até porque se assim não for o pessimismo que tomou conta
de vai aumentar cada vez mais. Sejamos determinados, sejamos otimistas. É isso aí..
quinta-feira, 8 de outubro de 2015
VAI COMEÇAR DE NOVO!
Logo mais no palco do nosso segundo título mundial a Seleção Brasileira de Futebol iniciará uma
nova caminhada visando recuperar o prestígio. Às 20h30 contra o Chile no
Estádio Nacional em Santiago nosso futebol estará em campo para estrear nas
Eliminatórias Sul-Americanas por uma vaga para o Mundial de 2018 na
Rússia. A tarefa não parece ser muito fácil. Lembro-me de 2000 quando perdemos
por três a zero no local do jogo de hoje no dia 15 de Agosto também pelas Eliminatórias.
Naquele jogo estiveram em campo Dida: Evanílson, Antônio Carlos, Edmilson e
Roberto Carlos: Emerson, Marcos Assunção (Djalminha), Rivaldo e Alex (Marques);
Amoroso (Luizão) e Ricardinho. A seleção era comandada por Vanderlei
Luxemburgo.
Chile e Brasil já se enfrentaram sessenta e oito (68) vezes
com quarenta e oito (48) vitórias do Brasil, treze (13) empates e sete (7)
derrotas. O primeiro jogo ocorreu em 8 de Julho de 1916 pela Copa América em
La Plata na Argentina e terminou empatado em um a um. A última partida
foi disputada em Londres esse ano (29 de Março) com vitória do Brasil por um a
zero. A maior goleada foi em registrada dia 15 de Setembro de 1959 em amistoso
no Maracanã. Vencemos por sete (7) a zero (0). A maior goleada Chilena sobre o
Brasil aconteceu na Copa América em 3 de Julho de 1987. Perdemos em Córdoba por
quatro a zero.
Hoje o Brasil jogará sem Neymar (suspenso) e com um time
básico de últimas apresentações. Jefferson; Daniel Alves, Miranda, David Luiz e
Filipe Luiz ou Marcelo; Luiz Gustavo, Fernandinho (Elias), William e Oscar;
Hulk e Douglas Costa. O Chile terá em
campo a formação da conquista da Copa América deste ano. Jorge Sampaoli escalou
Claudio Bravo, Mauricio Isla, Gary Medel, Gonzalo Jara e Eugenio Mena; Marcelo
Díaz, Felipe Gutiérrez, Arturo Vidal (Matías Fernández) e Jorge Valdivia;
Eduardo Vargas e Alexis Sánchez.
Que possamos presenciar um bom jogo e que a Seleção
Brasileira estreie com o pé direito a caminho de mais uma Copa do Mundo. É isso
aí.
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
PRAZO DE VALIDADE!
Laticínios, embutidos, bebidas entre outros produtos tem
estampado em seus invólucros a data de fabricação e da validade. Pois agora chegou
a vez do rádio, especialmente o esportivo. Está entrando na fase do Prazo de
Validade. Pelo Brasil afora se lê, se ouve e se publica sobre terceirizações e
demissões no rádio. Sobre venda ou espaço para terceiros entre os quais
igrejas. Também tenho ouvido dos mais novos na área esportiva que os “tempos
são outros”. Sim realmente são outros e cada vez pior. No caso do rádio
esportivo as invenções ultrapassaram o limite e perderam o prazo de validade.
Quando a Jovem Pan colocou no ar o Show de Rádio, sucesso absoluto nos anos 70,
o rádio esportivo seguia sua filosofia implantada desde o nascedouro com narrações
sérias, sem invenções. O humor era colocado no ar quando a bola estava parada
no intervalo ou final do jogo. Com o desaparecimento desse programa produzido
por Estevam Victor Leão Bourroul Sangirardi na Jovem Pan e depois Bandeirante
apareceram novos “gênios” criando “monstros” que o tempo está engolindo. O
rádio esportivo, com exceções, virou um besteirol sem precedentes. Pedro Luiz,
Fiori Giglioti, Waldir Amaral, Jorge Curi, Pedro Carneiro Pereira se vivos
estivessem estariam indignados com o que se ouve hoje. Poucas das grandes
emissoras que conheço e ouço mantém o “padrão de qualidade” do rádio esportivo
que é transmitir, comentar, entrevistar e informar. Humor, pornografia e papos
furados não cabem durante as transmissões esportivas. A preocupação de informar
quem está ouvindo através da internet ou divulgar sempre os mesmos nomes de
ouvintes, comerciais colados a comerciais e em excesso também não cabe. O
ouvinte quer ouvir a narração do jogo, a opinião, a informação do repórter e do
plantão esportivo. Publicidade precisa
ser interpretada e não lida na velocidade de uma transmissão e muito menos
duas, três ou até quatro seguidas. As rádios precisam valorizar os produtos que
oferecem. Ai os “gênios” devem estar
dizendo: “É, mas está difícil vender publicidade”. Está porque o serviço
apresentado tem pouca qualidade. Pela falta de visão e conhecimento dos que
dirigem as rádios, ela está cada vez mais perto da UTI. Quase ninguém transmite mais dos estádios.
Quando muito enviam um repórter ou só o operador técnico para captar o som ambiente
do estádio. E o que mais se ouve é que as verbas publicitárias diminuíram.
Queriam o que fazendo o que estão fazendo? O rádio esportivo brasileiro precisa
voltar as suas origens. Como assim? Parem com as piadas, pornografias e
bate-papos enquanto a bola está rolando. O rádio esportivo precisa abrir espaço
para narrações sérias e objetivas com a preocupação de narrar o que está
acontecendo, de comentários sobre o que ocorre no jogo e sem torcer para esse
ou aquele time. Hoje tem rádio que não narra mais o gol do time visitante. Isso
é uma afronta ao clube, ao rádio e ao futebol. O “prazo de validade” está terminando. Acordem enquanto ainda há tempo. É isso aí.
domingo, 4 de outubro de 2015
ELIMINATÓRIAS E OS AGITOS DO FUTEBOL
O futebol do
final de semana foi bastante agitado. Afinal Juan Carlos Osório fica ou não no São
Paulo? Torcida e imprensa estão expectantes quando a decisão que o treinador
deverá tomar. Está realizando um trabalho de revitalização no São Paulo com o
aproveitamento de jogadores da base. Seria importante que permaneça para dar ao
time tricolor um novo direcionamento.
A goleada
sofrida pela Palmeiras em Chapecó repercutiu muito. Nos Sites e na web os
torcedores colocaram “lenha na fogueira”. Marcelo Oliveira reconheceu o péssimo
comportamento do time. A torcida esqueceu bons resultados anteriores e choveram
críticas de todos os lados.
A Comissão
Técnica e alguns jogadores já se apresentaram em Santiago para o jogo de
estreia do Brasil nas Eliminatórias contra o Chile na quinta-feira (8). Daniel
Alves foi convocado para o lugar de Rafinha e Kaká está de volta para o lugar
de Philippe Coutinho afastado por contusão. Nesta segunda-feira os brasileiros
estarão realizando o primeiro treinamento e se espera com a presença de todos
os convocados.
Tite não
aguentou as manifestações vindas das sociais do Estádio Moisés Lucarelli e
depois que Rodriguinho marcou o segundo gol do Corinthians mandou a torcida se
calar. Pela primeira vez se viu o treinador alvinegro responder a ofensas,
comuns, mas ao mesmo tempo lamentáveis de torcedores que não respeitam ninguém
nos estádios.
O Campeonato
Brasileiro da Série “A” ficará parado até o dia 14 por conta dos jogos da
Seleção Brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo. Chile e Brasil se
enfrentarão às 20h30 de quinta-feira no Estádio Nacional em Santiago. No dia 13
o Brasil jogará contra a Venezuela em Fortaleza.
A evolução do
Santos FC a partir da contratação de Dorival Junior conduziu o time ao G4 do
Brasileirão. Seu retorno em 9 de Julho foi a grande sacada do Santos FC. Em
vinte e dois (22) jogos foram dezesseis (16) vitórias, três (3) empates e três (3) derrotas. O time jovem do Peixe tem o veterano Ricardo Oliveira como o
principal artilheiro do campeonato com 17 gols.
O
equatoriano Roddy Zambrano Olmedo (foto) será o árbitro do jogo Chile e Brasil na
estreia das Eliminatórias da Copa do Mundo. Bolívia vs. Uruguai com Patrício
Loustau da Argentina apitando; Venezuela vs. Paraguai com José Buitrago da
Colômbia; Colômbia vs. Peru com Antônio Arias do Paraguai e Argentina vs.
Equador com Julio Bascuñan do Chile. Todos os jogos serão realizados na
quinta-feira (8). O jogo Brasil e Venezuela dia 13 às 22 horas em Fortaleza
será dirigido pelo uruguaio Daniel Fedorzuck.
Cristovão
Borges que este ano treinou Fluminense e Flamengo será apresentado hoje para
substituir Milton Mendes no Clube Atlético Paranaense. Cristovão, 56 anos
defendeu o Furacão como jogador e foi campeão estadual em 1983 e 1985 pelo
clube.
LOCUTORES TORCEDORES
Ary Barroso e sua famosa gaitinha |
Ele era locutor de um time só. Certo dia... Depois que Valido faz o gol que daria ao Flamengo o tricampeonato carioca em 1949 aos 41 do segundo tempo, Ary Barroso fica tocando sua gaitinha sem parar e quando o Vasco dá a saída ele não transmite mais nada: larga o microfone e vai para a beira do campo comemorar alucinado. Seus colegas tiveram que correr para o microfone. À noite, como sempre, Ary participou do programa esportivo da Tupi, onde o grande debate girou em torno da legalidade ou não do gol rubro-negro. Os vascaínos alegavam que Valido teria se apoiado em Argemiro, half esquerdo do Vasco. Os rubro-negros diziam que Valido tinha pulado muito mais alto e pronto. Quando perguntado, Ary não se fez de rogado, mas surpreendeu a todos com a sua resposta: "É verdade. Valido se apoiou no ombro de Argemiro. Melhor do que isso será a decisão do ano que vem: o Flamengo vai ganhar com um gol marcado com a mão, cinco minutos depois do tempo regulamentar, com seu autor em impedimento." (Ary Barroso foi também vereador e compositor de Aquarela do Brasil. Encerrou sua carreira como narrador esportivo após a derrota do Brasil para o Uruguai na final da Copa do Mundo de 1950). A paixão de Ary pelo Flamengo era tanta que ele recusou um convite para ser o diretor musical da Walt Disney Productions. Diante da surpresa de Walt Disney, que lhe pergunta por que não aceitou, Ary teria dito: "– Because 'don't have' Flamengo here." (Porque não tem Flamengo aqui).
Isso foi no início das transmissões esportivas no rádio brasileiro.
Isso foi no início das transmissões esportivas no rádio brasileiro.
E hoje?
Já escrevi em outra ocasião que narradores, comentaristas,
repórteres e plantões esportivos, todos nós que estivemos ou estamos nessa área
do jornalismo esportivo temos os nossos clubes preferidos, a maioria desde a
infância. Nos bons tempos do rádio esportivo brasileiro se sabia quem torcia
por quem, mas isso não era repassado ao ouvinte como acontece agora. Claro que
quando a Seleção Brasileira estava em campo sempre se dava mais ênfase ao nosso
futebol. Mas de uns tempos a essa parte tenho observado que está faltando
seriedade e profissionalismo no comportamento de muitos locutores esportivos.
Até dá pra entender que as emissoras de cidades do interior tenham seus
locutores torcendo pelos times locais na hora da transmissão mesmo porque não
tem muitas opções. O triste é ver hoje locutores a frente de microfones famosos
de emissoras das grandes capitais querendo “marcar o gol” de qualquer maneira
para o time local. Se o rádio já passa por sérios problemas de publicidade,
esse tipo de comportamento torna a situação ainda mais caótica. Que me perdoem,
mas não se pode vestir a camisa dos times da forma exagerada como está acontecendo.
Os locutores viraram torcedores com o microfone. Também tenho os times da minha
preferência, mas nunca usei desse expediente tanto que até hoje tem gente que
tem dúvidas a respeito de quem eu torço em São Paulo e em Curitiba. Locutores,
comentarista e repórteres precisam se conscientizar que esse comportamento
depõe contra a tão sofrida e combalida classe. Acordem e sejam profissionais.
Lugar de torcedor é na arquibancada e não com o microfone na mão. É isso aí.
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