segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

UM ANO PRA SER ESQUECIDO!


Estamos às vésperas do Natal e da passagem de ano. 2014 está terminando, passou rápido pelo menos pra mim. Parece que o tempo voou.  Oxalá 2015 possa ir mais devagar (kkkkkkk) sempre com muita saúde, amor, paz, alegria e sucesso para todos. O momento cabe para que alguns fatos do esporte e do jornalismo sejam analisados.
Começo pelo desastre brasileiro na Copa do Mundo. Fiquei com a impressão de que a Copa do Mundo nem aconteceu. O país recebeu milhões de pessoas que saíram maravilhados como que viram e do que participaram. Nós ficamos tristes pela nossa seleção e continuamos tristes com os acontecimentos pôs-copa que se avolumam cada vez mais sem que se tenha uma providência.
No jornalismo esportivo a lamentar neste final de ano a desativação da equipe esportiva da 98FM de Curitiba que começou em 2011. O produto esporte no rádio é um produto forte que serve para alavancar a programação de uma emissora o que os “gênios” de hoje não sabem. A cobertura esportiva no rádio sempre se caracterizou para dar mais peso a programação. É por essas e outras atitudes que o rádio brasileiro sofre as atuais consequências.

A falta de qualidade também foi registrada nos campeonatos regionais e nas séries “A”, “B”, “C” e “D” do Brasileiro. Equipes remendadas, jogadores sem grande expressão, e com isso quem pagou caro foi o torcedor. Duro mesmo é saber das dívidas astronômicas dos clubes brasileiros que aumentam cada vez mais. Não dá pra entender que equipes como o CR Flamengo falam em investir forte para 2015 sem se preocupar em saldar o que deve.  Vejam por exemplo o que o site IG publica hoje sobre o assunto: “A expectativa é que Luxemburgo consiga deixar o Fla com a sua cara em 2015, contratando jogadores que podem ajudar o time. E o próprio presidente Eduardo Bandeira de Mello admitiu que o dinheiro para reforços no ano que vem será bem maior do que o deste ano. A arrecadação prevista com o programa de sócio-torcedor é R$ 37 milhões. Já a perspectiva com bilheteria é estimada em R$ 49 milhões”.  Essa infelizmente é a realidade da maioria dos clubes brasileiros. Gastar mais e mais e não pagar.

A morte do narrador Luciano do Valle aos 66 anos de idade em 19 de Abril chocou a todos nós jornalistas esportivos. Lembro-me do primeiro longo papo que tive com Luciano lá por 1973 quando ele ainda narrava pela Rádio Nacional, atual Rádio Globo de São Paulo. Estávamos no Recife – Randal Juliano e eu – para transmitir jogos do Campeonato Brasileiro no Nordeste. Passamos o sábado na Praia da Boa Viagem no Recife - Randal, Luciano do Valle, Carlos Aymar e eu- falando de rádio, futebol e da vida. Pouco depois Luciano do Valle foi narrar na TV Globo.

VINTE ANOS DA TRAGÉDIA!


Há 20 anos – 22 de Dezembro de 1994 - uma tragédia deixou órfão o rádio esportivo do Brasil. Osmar Santos se acidentava e sua voz se calou. Lembro-me dos momentos alegres que passei  com Osmar Santos, o Bodão, como nós o chamávamos na Jovem Pan. Ele chegou a emissora em 1972 e eu em Janeiro de 1973. Criamos uma amizade profunda dentro e fora da rádio. Almoçávamos juntos quase todos os dias. Trocávamos ideias sobre o que deveria ser feito ao longo da programação esportiva da Jovem Pan que o tornou o primeiro locutor e chefe da equipe em 1973 com a saída de Willy Gonser. Fizemos as coberturas do carnaval a partir de 1973 no Rio de Janeiro e estivemos na grande cobertura da Copa do Mundo de 1978. Depois do acidente estive com Osmar diversas vezes. Conversamos em muitas ocasiões por telefone.
Em 2011 nos encontramos na Pinacoteca do Estado em São Paulo e ele ficou muito feliz em rever minha esposa e meu filho. Quando vimos o Osmar num dos corredores da Pinacoteca fomos ao seu encontro e ele sem qualquer pergunta baixou o indicador da mão esquerda e pronunciou o nome de uma pessoa mostrando-se indignado por não ser atendido seu pedido. Osmar Santos foi meu chefe e continua sendo meu amigo. Lamento profundamente que ele não possa mais fazer o que tanto gostava: “Ripa na chulipa, pimba na gorduchinha”. Beijão meu amigo Osmar Santos.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

COMEÇAR DE NOVO!


Aquilo que eu escrevi no início do ano aqui neste espaço aos poucos vai sendo confirmado. Os clubes brasileiros cada vez mais endividados estão abrindo espaço para treinadores e jogadores de custo baixo e novos. O Vasco da Gama demitiu Joel Santana e contratou Marquinhos Santos do Coritiba por um salário compatível com o mercado. No Botafogo quase vinte jogadores, técnico e auxiliares foram demitidos. No Flamengo Leonardo Moura está sendo substituído por Pará para que o Grêmio possa saldar uma dívida. Dorival Junior também acabou ficando sem emprego e outros treinadores e jogadores devem seguir o mesmo caminho em muitos clubes. A “água começou a bater no joelho” e 2015 abre uma perspectiva para poucos investimentos dentro da realidade. O único que recebeu uma proposta fora dos padrões atuais foi Tite. O Corinthians estaria oferecendo salários de 700 mil reais para o seu retorno. Os clubes precisam se conscientizar que as publicidades estão sendo redirecionadas para outras mídias. O Fluminense perdeu um contrato de 15 anos e outros clubes no recém encerrado Campeonato Brasileiro não tinham mais publicidade em suas camisas. Muitas outras novidades devem rolar até o final do ano. Que os dirigentes do futebol brasileiro se adaptem a uma nova realidade. É isso aí.

domingo, 7 de dezembro de 2014

A DESPEDIDA DO MENINO DE OURO


Logo mais às 17 horas quando entrar em campo para atuar pelo Coritiba FC no encerramento do Campeonato Brasileiro de 2014 contra o EC Bahia, o “Menino de Ouro” -Alex- estará jogando pela última vez como profissional. Uma carreira brilhante que foi iniciada em 02 de Abril de 1995. Foram 19 anos correndo atrás da bola no Brasil e no Exterior.
O Começo

Seu primeiro jogo foi em 2 de abril de 1995 no norte do Paraná. O técnico Paulo Cesar Carpegiani o escalou como titular aos 17 anos de idade. Ele completaria 18 anos em 14 de setembro daquele ano. O Coritiba venceu por 2 a 1 e um lance ficou marcado na partida. Numa falta na entrada da área, ele pediu para bater e cobrou com categoria. Não marcou gol, mas demonstrou personalidade desde a primeira partida. Neste domingo pelo mesmo Coritiba, desta vez no Couto Pereira, ele fará seu jogo 1035. Média de 51 jogos por temporada. Gols e assistências ainda podem ser alterados. No último domingo contra o Atlético Mineiro ele fez sua assistência 356. A cada três (3) jogos uma assistência. Com 422 gols na carreira, Alex é o terceiro meia brasileiro com maior número de gols. Perde para o Zico, e claro, para o Rei Pelé. Chegou a estes números por sete (7) camisas diferentes. Por Coritiba, Palmeiras, Cruzeiro e seleção brasileira conquistou títulos e algumas marcas. Somente no Parma e no Flamengo não conseguiu porque jogou pouquíssimo tempo. Foi um mês (1) na Itália e três (3) meses no Rio de Janeiro. Veja abaixo seus números e suas marcas:
CORITIBA (em duas passagens)

– 209 Jogos, 70 Gols e 58 Assistências
– 8º maior artilheiro do clube, incluindo os gols marcados em partidas amistosas
– Campeão Paranaense em 2013
– Artilheiro do Coritiba no Brasileiro 2013 com 12 gols
– Artilheiro do Coritiba na temporada 2013 com 28 gols
PALMEIRAS (em três passagens)
– 241 Jogos, 78 Gols e 56 Assistências
– Maior artilheiro do Palmeiras na Copa Libertadores com 12 gols
– Artilheiro do Palmeiras na Copa Mercosul em 1998 com 6 gols
– Campeão da Copa Libertadores 1999, Mercosul 1998, Brasileirão 1998 e Rio-São Paulo 2000
CRUZEIRO (em duas passagens)
121 Jogos, 64 Gols e 61 Assistências
– Artilheiro do Cruzeiro no Brasileiro 2003 com 23 gols
– Artilheiro do Cruzeiro na temporada 2003 com 45 gols
– Campeão Mineiro 2003/04, Copa do Brasil 2003 e Brasileiro 2004
FENERBAHÇE (em oito temporadas)
378 Jogos, 185 Gols e 162 Assistências
– 8º Maior artilheiro do Fenerbahçe com 185 gols
– 2º Maior artilheiro do Fenerbahçe na Liga Turca com 136 gols
– Maior Artilheiro Estrangeiro do Fenerbahçe
– 2 vezes artilheiro da Liga Turca em 2006/07 com 19 e 2010/11 com 28 gols.
– Campeão da Liga Turca 2004/05, 2006/07 e 2010/2011, Supercopa Turca 2007 e 2009, e Copa da Turquia 2011/12
SELEÇÃO BRASILEIRA (durante 8 anos)
– 49 Jogos, 12 Gols e 11 Assistências
- Campeão do Torneio de Toulon em 1996
– Campeão da Copa América em 1999 no Paraguai e 2004 no Peru
– Capitão do título da Copa América de 2004
– Seleção Olímpica – 19 Jogos,  8 gols e uma (1) Assistência
– Campeão do Pré-Olímpico e capitão da equipe
PRINCIPAIS CAMPEONATOS
Onze (11) Brasileiros Série A – 219 jogos, 75 gols e 55 assistências
Oito (8) Ligas Turca – 245 Jogos, 136 gols e 113 assistências
Quatro (4) Copas Libertadores – 46 Jogos, 15 gols e 16 assistências
Quatro (4) Liga dos Campeões – 25 Jogos, 5 gols e 11 assistências
CARREIRA PROFISSIONAL
– 22º Maior artilheiro do futebol brasileiro com 422 gols
– Terceiro meia maior artilheiro do futebol brasileiro
– Duas vezes na seleção da América do Sul pelo El País (Uruguai) e Conmebol em 1999 e 2003
– Bola de Ouro da Revista Placar em 2003
PS: Dados estatísticos enviados pela Fellegger and Fellegger que assessora o jogador.

sábado, 29 de novembro de 2014

O GOLEIRO QUE VIROU ESCRITOR


 
Valdir Appel, nascido em Brusque, Santa Catarina e um dos maiores goleiros da história do futebol do estado está lançando seu terceiro livro. Na Boca do Gil, O goleiro Acorrentado e agora Onde ele pisa nascem histórias foram escritas pelo goleiro Campeão Carioca de 1970 pelo Clube Regatas Vasco da Gama e depois com passagem por outros grandes clubes brasileiros.
 
 


 

quinta-feira, 27 de novembro de 2014

COMEMOS PELAS BEIRADAS, UAI!


Inquestionável a supremacia mineira neste ano em que o futebol brasileiro deu vexame na Copa do Mundo. Com duas rodadas de antecipação o Cruzeiro Esporte Clube conquistou o bicampeonato brasileiro no último domingo. Três dias depois foi a vez de o Clube Atlético Mineiro mostrar as garras do Galo Doido derrotando o campeão brasileiro e conquistando a Copa do Brasil. Méritos indiscutíveis pelo que os representantes de Minas Gerais realizaram nas duas mais importantes competições brasileiras. Méritos a Marcelo de Oliveira que conseguiu reunir um grupo de jogadores e não apenas onze, para o que fosse necessário. Méritos a Levir Culpi que fez uma limpeza no elenco e acreditou nos jogadores que foram colocados a sua disposição. Parabéns aos mineiros que “comendo pelas beiradas” ganharam os canecos.
Agora uma reflexão a respeito dos chamados grandes clubes – Corinthians, São Paulo, Santos, Palmeiras, Flamengo, Fluminense, Botafogo, Grêmio e Internacional. O que aconteceu com eles que contrataram, contrataram e não chegaram. Elevadas folhas de pagamento para treinadores e jogadores e sem resultados. Nem cariocas nem paulistas, nem gaúchos conquistaram competições fora de seus estados este ano. Aliás, em São Paulo o campeão estadual foi o Ituano FC, hoje integrante da Série “D” do Campeonato Brasileiro.
Os clubes ainda chamados grandes precisam mudar sua filosofia e maneira de conduzir o futebol profissional. É muito dinheiro jogado no “ralo” com jogadores e treinadores que não deram o retorno esperado. E hoje a esperança de grandes negociações com clubes do exterior diminuíu, exceto um ou outro caso. É hora de mudanças nos clubes e no futebol brasileiro, mas, por favor, não inventem nenhum mata-mata porque aí quem vai morrer aos poucos é o nosso futebol, hoje sétimo no ranking da FIFA. É isso aí.

sábado, 15 de novembro de 2014

O CANTO DA PATATIVA

Opinião de Valdir Appel
 
Nos velhos tempos, um jogo de futebol se resumia a 90 minutos de bola rolando. Só por acidente de percurso um juiz acrescentava algo. Tive o prazer e a honra, e principalmente a sorte, de ao longo de alguns anos dourados, ter a minha frente, postados, zagueiros que impediam a maioria dos chutes adversários. Talvez, e por isso, eu tenha sido um goleiro razoável. Corro o risco de citá-los e acabar esquecendo de alguns. Mas a primeira zaga vascaína que me protegia: Brito e Fontana, merece destaque pelo comportamento em campo nos momentos decisivos da partida. Inúmeras vezes, ouvi as palavras de ordem dos xerifes da zaga, atentos ao placar eletrônico do Maracanã, aos demais colegas: "Gente, 42 minutos, o jogo acabou". Raramente tomamos um gol de empate, no que hoje seriamos acréscimos, e muitos menos levarmos uma virada no apagar das luzes. Os minutos finais eram para garantir o placar, e todos os recursos eram usados para segurar o resultado favorável. Da cintura para baixo, dos adversários, tudo era canela. Os jogadores, a maioria, não tinham a mínima ideia do que a palavra Fair Play significava. Acho que ela sequer era conhecida nos campos tupiniquins. Jogador adversário contundido era, quando muito, carregado e jogado à beira do gramado, onde recebia uma ducha de água fria do cantil do massagista, um Gelol na canela sem proteção e um tapinha nas costas. No último sábado, o Flamengo derrotava o Sport na Arena Pernambucana. Dois a zero com o tempo prá lá de Marrakech. O palco hollywoodiano de exibição, com arquibancadas coloridas em vermelho e preto, um tapete verde sem pregas onda a bola rola sem montinhos artilheiros, que não permite erros de fundamentos de jogadores com pedigree.  É um “luxo” para o maestro na lateral demarcada. A ele cabe o empurrão com o aceno das mãos para o lado oposto da sua baliza. É lá, no campo do adversário que os seus jogadores devem reter o balão de couro, e gastar os últimos minutos da partida, os acréscimos, tocando bola, até o apito final do árbitro. Infelizmente, para isso, falta o craque, que decide, que comanda a orquestra dentro do campo. O que temos por aqui são Jogadores no estertor de suas carreiras, jogando um futebol melodioso e triste, patativas que já não marcam territórios. Por isso, o que antes parecia um resultado consolidado, não é mais. Menos mal para o torcedor, que já não abandona mais o estádio nos minutos finais e nem nos acréscimos, as constantes viradas dão a certeza de que realmente a esperança é a última que morre.
Valdir Appel, ex-goleiro do CR Vasco da Gama nos anos 60 revelado pelo Clube Esportivo Paysandu de Brusque.
 
 

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

MENS SANA IN CORPORE SANO


 POR MARCO FERRERONI

Como estarão as pernas dos jogadores de Atlético MG, Cruzeiro, São Paulo e Santos neste fim de semana?
Como se sabe, os sintomas da fadiga muscular podem ser emocionais e/ou físicos, razão pela qual não há como se prever o estado em que se encontrarão, na próxima rodada as agremiações que jogaram na quarta-feira, mesmo aquelas que se sagraram vencedoras em suas disputas (São Paulo, Cruzeiro e Atlético MG). A fadiga muscular poderá ser determinante na próxima rodada. Não estivessem Inter, Grêmio, Fluminense e Corinthians apáticos, preguiçosos, ter-se-ia certeza inequívoca que se aproveitariam deste relevante fator. O vibrante Galo sabe-se lá com qual energia, estará sábado à noite visitando o Palmeiras no Pacaembu. Vislumbra-se uma grande possibilidade do Verdão, ter alta definitiva da UTI futebolística. O Tricolor acumulará mais pontos em seu programa de milhagem: estará domingo na boa terra, enfrentando o rubro-negro soteropolitano. Na hora da Pizza (domingo, às 19h30), na Arena Corinthians acontecerá o clássico mais antigo do futebol paulista: Corinthians x Santos. O exaurido Santos e o imprevisível Corinthians travarão um jogo em que tudo, ou até mesmo nada, pode acontecer. No mesmo horário, o Cruzeiro receberá o Criciúma no Mineirão. Caso ocorra uma vitória celeste em BH, e uma derrota do tricolor paulista no Barradão, a diferença entre o 1º e o 2º colocados aumentará para 8 pontos, faltando 5 rodadas.
Portanto, todos de olho na raposa.

quinta-feira, 6 de novembro de 2014

OS NARRADORES ESPORTIVOS DO RÁDIO

A respeito dos narradores esportivos - a pedidos - estou postando novamente uma matéria publicada neste blog. Esta matéria escrevi em 2008 também para o site Caros Ouvintes. Muitas consultas foram feitas a respeito da mesma que o brilhante Antunes Severo resolveu republicar. Aproveito o gancho porque ela não perdeu sua validade, ao contrário, torna-se cada dia mais verdadeira e merece uma reflexão profunda para quem narra ou sonha em narrar futebol no rádio.
 
Marca registrada
Waldir Amaral, foi brilhante
O relógio marca…, abrem-se as cortinas começa o espetáculo, ripa na chulipa, pimba na gorduchinha, bola no barbante de ..., respeitável público, tremulando, tremulando, tremulando as bandeiras, dez é a camisa dele, indivíduo competente o Zico, passa de passagem, Placar na Suécia, um a zero, o Brasil vence. Frases famosas criadas pelos narradores brasileiros Waldir Amaral, Fiori Giglioti, Osmar Santos, Willy Gonser, Geraldo José de Almeida, Jorge Curi, Edson Leite, Doalcei Bueno de Camargo, José Italiano o garganta de aço nos últimos cinqüenta anos. Pedro Luis tinha um estilo próprio, sem bordões ao contrário de Edson leite. Pedro narrava em cima do lance. Ele foi o principal narrador brasileiro que fez seguidores em todo o país. Depois dele Fiori Giglioti, Haroldo Fernandes, Flávio Araujo, Ênio Rodriguês, Marco Antonio Matos entre outros deixaram sua marca.
Jorge Curi, o locutor padrão
do rádio brasileiro

Identificação
Elas identificavam os narradores por décadas, no rádio esportivo brasileiro. Era gostoso ouvir Waldir Amaral falar após cada gol: “tem peixe na rede do Vasco”, ou “o relógio marca”. Jorge Curi com seu vozeirão anunciando o placar do jogo “no PE (placar eletrônico) do Maraca” ou “passa de passagem”. Willy Gonser com o seu “tem bola no barbante de...”, Osmar Santos gritando “chiruliruli-chirulirulá”. Oswaldo Moreira, da Tupi do Rio soltando a voz com “respeitável público”. Fiori Giglioti quando o árbitro apitava o início da partida: “abrem-se as cortinas e começo o espetáculo”. Eram marcas registradas  desses grandes narradores. E depois surgiram as cópias que continuam proliferando no rádio esportivo brasileiro. Mas, cada um só dá o que tem.

Bordões
Osmar Santos, eu, Leônidas da Silva
 e Cláudio Carsughi, bons tempos da
Jovem Pan
Muitos profissionais contratavam publicitários, tinham colaboradores e amigos, para criar frases. Lembro de Antonio Garini, editor-chefe do Jornal da Manhã da Jovem Pan, grande incentivador de Osmar Santos, sempre tinha sugestões. César, jogador do Palmeiras e Estevan Sangirardi também colaboravam. As frases de efeito deram impulso à carreira de Osmar Santos, interrompida na noite de 22 de Dezembro de 1994. De 1973 a 1977 dividia as transmissões esportivas da Jovem Pan com o Osmar. No início da carreira, Osmar, espelhou-se em Pedro Luis, Edson Leite, Geraldo José de Almeida, Fiori Giglioti, Haroldo Fernandes, Joseval Peixoto e outros. Aos poucos foi criando seu próprio estilo. Infelizmente Osmar Santos já não pode mais ser ouvido nas narrações esportivas. Mas o Brasil recheou-se de “carbonos” de Osmar Santos; suas frases e seu estilo de narrar futebol foram copiados pelos quatro cantos do país. Aliás, não só ele; também Fiori Giglioti é xerocado por algumas dezenas de locutores brasileiros. E antes de Osmar e Fiori, o extraordinário Pedro Luis.
Edson Leite, Fiori Giglioti e Pedro Luis

Cópias
Lá por 1973 quando o Pedro Luis começou a ter problemas com a voz, aparecia Marco Antonio Matos, seu espelho, cópia fiel do grande mestre. Pedro teve outros seguidores como Mário Garcia, Wanderlei Ribeiro, Hamilton Galhano no rádio de São Paulo. Nos estados em que se ouve o futebol do Rio, José Carlos Araújo tem clones e mais clones. O rádio esportivo brasileiro sempre teve muitas cópias; não é grande o número de narradores de ponta, com estilo próprio.

 Gaúchos
Ruy Carlos Ostermann, Pedro Carneiro
Pereira e Lauro Quadros, ícones do
rádio gaúcho
No sul, o futebol da Guaíba foi reconhecido a partir da Copa de 1966 na Inglaterra. A narração esportiva brasileira pode ser analisada por regiões. Depois de sua morte em 1973, Armindo Antonio Ranzolin tomou o comando do futebol. No Rio Grande do Sul surgiram muitas cópias de Pedro Carneiro Pereira e Armindo Antonio Ranzolin. Haroldo de Souza, contratado em 1973 pela Gaúcha (hoje na Bandeirantes de Porto Alegre) inovou no rádio dos pampas misturando o estilo gaúcho com a modernidade de Osmar Santos. 

Paranaenses
Willy Gonser. o mais completo
No Paraná depois de Willy Gonser e Airton Cordeiro, surgiu Himer Lombardi que virou Lombardi Junior. Esteve conosco durante alguns meses em 1974, na Jovem Pan. Em Curitiba tornou-se o grande nome do rádio esportivo de 1975 a 1994, quando veio a falecer. Inovou utilizando frases e vinhetas da Jovem Pan.

Estilos
O estilo das transmissões dos grandes narradores paulistanos de outrora se espalharam pelo interior do estado e norte do Paraná. O carioca invadiu Brasília, Minas Gerais, Espírito Santo, Bahia, Alagoas, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Manaus e outros estados do norte e nordeste. Um detalhe interessante; 90% dos narradores esportivos das grandes rádios de São Paulo vieram do interior ou de outros estados brasileiros para se consagrar na maior cidade da América do Sul.

Narrador
O narrador esportivo é um “vendedor de ilusões”. Cabe ao narrador esportivo descrever o que ocorre num jogo de futebol, com precisão, e, detalhes. Ao contrário dos locutores esportivos que estão mais preocupados com vinhetas, abraços, piadas, reverberações exageradas, pornografia e poesias. Sou fã dos narradores que me fazem “ver o jogo” sem estar no estádio ou na frente da tevê. Exemplos: Éder Luiz, Paulo Soares, José Silvério, Cledi de Oliveira, os que na verdade tenho ouvido mais recentemente. Que me perdoem os demais, mas, não se pode ouvir todos, e quando se gosta de um estilo de transmissão é nesse que ficamos, ou pelo menos eu fico. Narrador esportivo descreve os lances de uma partida de futebol mostrando quem está com a bola, para quem foi passada, qual a posição em que o lance ocorreu, não esquecendo do placar e tempo de jogo. Essa é a função do narrador; as dúvidas ocorridas no desfecho de um lance devem ser esclarecidas pelo repórter colocado atrás do gol ou na lateral do gramado. Ao comentarista cabe comentar o jogo. Hoje poucos descrevem o jogo; preferem interferir na seara do comentarista, dando sua opinião e esquecendo-se de narrar. Alguns pela rapidez que querem dar a transmissão engolem palavras; outros narram na base do – cruzou o zagueiro, cortou o zagueiro, defendeu o goleirão. Quem cruzou?  De onde cruzou?  Para onde cruzou? Quem cortou? Como é o nome do goleiro? Não se fala o nome dos atletas. Algumas transmissões são completamente lineares; cobrança do tiro de meta e jogada que se estende até a linha intermediária (entre meio de campo e grande área adversária) deve ser narrado com um tom mais coloquial; um chute a gol ou jogadas que se sucedem dentro das áreas devem conter a vibração que o futebol exige. Hoje em cada 10 narradores, cinco gritam aos quatro ventos “pro gooollll…. pra fora”. É uma forma de aumentar a emoção de uma jogada de ataque. Porém 95% desses lances não resultam em absolutamente nada. Pura enganação. E você ainda ouve os surrados – a bola passa raspando a trave, tirando tinta do poste – (a tevê mostra que passou dois metros do poste) ou – balão de couro – (a bola de hoje é fabricada com material sintético e balão é outra coisa), ou ainda – um escanteio de mangas curtas -. E tem aquela do – estamos no intervalo do primeiro para o segundo tempo -. O jogo de futebol tem apenas um intervalo, logo dizer que é do primeiro pro segundo tempo passa a ser pleonasmo. Ouvi ainda este ano (2014) a narração de um lance em que o locutor disse: "levantou a bola rasteirinha na área". Outras frases são comuns nos dias de hoje como "Vai cobrar o escanteio na ponta direita do campo de ataque", "soltou a jogada (ué não se joga com a bola?, "Subiu lá no alto para praticar a defesa".

Também inventei
Sinal vermelho prá você (nome do goleiro) cuidado aí porque numa dessas a casa pode cair, chutou a orelha da bola, a Pan...norâmica do jogo, toda galera está vibrando nessa (nome do goleiro) e agora vai buscar no fundo do gol porque é de gols que o povo gosta, esse foi um chutamento (nem chute nem cruzamento), foram bordões que eu criei ao logo dos anos nas minhas narrações esportivas na Jovem Pan, Tupi, B-2 e Record. Mas, em primeiro lugar nas minhas narrações está a narração do jogo com vibração e emoção, detalhando sempre quem está com a bola, onde está localizada a jogada e repetindo a cada momento o tempo e o placar do jogo.

Um pedido
Esta matéria a respeito dos narradores esportivos do rádio não é para ensinar a ninguém o “pai nosso”, mas, gostaria que os jovens, os que estão ingressando nesta profissão levem isso como uma colaboração de quem também cometeu muitos erros. Escrevo para que os futuros narradores sejam realmente narradores, que o rádio seja sério, moderno, informativo, prestador de serviço, feito com muito amor, sem palavrões e pornografia. Quanto ao rádio, precisa resgatar qualidade e dignidade, que muitos jogaram na lata de lixo. Chega de baixaria, chega de terceirização, chega de incompetência. O rádio precisa dar um basta a tudo isso. A falta de qualidade do rádio de hoje contribui decisivamente para a queda de sua audiência e por extensão diminuição das verbas publicitárias. Dêem qualidade ao rádio e tenham a certeza que a audiência voltará a crescer e as verbas publicitárias aparecerão naturalmente.

GRANDES JOGOS, FORTES EMOÇÕES



Como  diz a letra da consagrada interpretação de Roberto Carlos, o ídolo de todos nós brasileiros “Quantas emoções”. Pois é a quarta-feira foi cheia de emoções para quem esteve nos estádios ou viu pela televisão ou ouviu pelo rádio os jogos envolvendo as equipes brasileiras na Copa do Brasil e Copa Sul-Americana.
Fazia tempo que não se tinha tantas emoções numa noite só. No Mineirão a vitória espetacular do Galo Doido, o Atlético Mineiro pra cima do Flamengo que deixou mais de 40 mil torcedores extasiados.
Na Vila Belmiro o Santos estava revertendo o quadro e se classificando para decidir a Copa do Brasil ao fazer três a um contra o Cruzeiro.  Até os 35 minutos do segundo tempo a torcida peixeira comemorava, mas neste momento a casa começou a cair quando William fez o segundo e já nos acréscimos decretaria a eliminação santista.
Agora o Mineirão será pequeno para a decisão entre Clube Atlético Mineiro e Cruzeiro Esporte Clube. Inaugurado em 5 de Setembro de 1965 o Mineirão recebeu 132.834 torcedores na decisão do Campeonato Mineiro em 22 de Junho de 1977 em Cruzeiro 1 x 0 Vila Nova. Mas, como as “cabeças pensantes” do nosso futebol resolveram diminuir a capacidade dos estádios, o Mineirão não poderá receber mais que 58.170 torcedores.
Lá em Guayaquil o São Paulo proporcionou como diz o consagrado Dr. Antônio Sandoval Catta-Preta, uma “Noite de Terror” em grande parte do jogo em que perdeu por três a dois para o Emelec. Mesmo com a derrota e sofrendo um gol aos 20 segundos e mais dois de penalidades máximas aos 3 e 8 minutos do segundo tempo o tricolor paulista está nas semifinais. Agora vai enfrentar o Atlético Nacional de Medellin (Colômbia).
É isso aí.

quarta-feira, 5 de novembro de 2014

O RETORNO DEPOIS DE 29 ANOS


O Joinville Esporte Clube conquistou ontem à noite o direito a disputar novamente a Série “A” do Campeonato Brasileiro. O tradicional JEC derrotou o Sampaio Corrêa por dois a um em São Luís, no Maranhão, e com quatro rodadas de antecipação garantiu sua volta. Estará novamente na Série "A" em 2015, portanto depois de 29 anos. Na atual competição do time da Manchester Catarinense ficou apenas uma rodada fora do G-4. Agora com 66 pontos conquistados o time catarinense quer o título do campeonato. Parabéns ao JEC e a pujante cidade de Joinville com seus 555 mil habitantes e a mais importante do estado.
Nesta mesma rodada o Avaí só empatou em zero com o Oeste voltando a G4. No sábado a Ponte Preta também poderá garantir seu retorno a Série “A” vencendo o Bragantino ou talvez até com um empate.

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

COM A ÁGUA NO PESCOÇO!



Restam nove rodadas para o termino do Campeonato Brasileiro da Série “A” deste ano, portanto 27 pontos em disputa para cada equipe. O Cruzeiro segue na frente com 59 pontos seguido do São Paulo com 52, Internacional e Atlético Mineiro 50, Corinthians 49, Grêmio 47, Santos e Fluminense 45. Apesar de duas derrotas seguidas o Cruzeiro é o time mais regular do campeonato e só perderá o título se algo mais do que extraordinário ocorrer.  As três vagas seguintes estão entre os clubes que enumerei acima.
Na faixa de rebaixamento a situação está se complicando cada vez mais para Coritiba 29, Criciúma, Bahia e Botafogo 30, Vitória 31 e não fora disso Chapecoense e Palmeiras 34, Figueirense 35, Sport, Flamengo e Atlético Paranaense 37 e Goiás 38. Vejo neste momento como crítica a situação do Coritiba que para manter-se na Série “A” se precisar da ajuda de ninguém teria que somar pelo menos mais 16 pontos para chegar aos 45.
Os coxas terão quatro jogos cinco jogos em casa (Botafogo, Grêmio, Fluminense, Palmeiras e Bahia) e quatro fora (Corinthians, Flamengo, Vitória e Atlético Mineiro). Jogará na última rodada em Curitiba contra o Bahia, neste instante também na zona de rebaixamento. O Coritiba tem sete (7) vitórias, oito (8) empates, catorze (14) derrotas, vinte e seis (26) marcados, trinta e cinco (35) sofridos, saldo negativo de nove (9) gols.
Tanto na parte de cima como embaixo a partir da rodada trigésima neste meio de semana e na trigésima primeira (sábado e domingo) já se poderá ter uma ideia melhor.
Em meio a tudo isso os clubes correm atrás de soluções para os salários atrasados de seus jogadores. São vários os clubes que se encontram nessa situação. Isso nos leva a deduzir que ou o dinheiro da televisão é pouco ou os clubes está pagando muito caro aos seus profissionais. É isso aí.

domingo, 12 de outubro de 2014

UM ESPORTE IMPREVISÍVEL!

 
O que aconteceu na semana que passou só mesmo no futebol. O Internacional deu o maior vexame ao ser goleado pela Chapecoense por cinco a zero. O Corinthians derrotou o líder Cruzeiro dentro de BH e ontem perdeu para o Botafogo que está na zona de rebaixamento. O Palmeiras ressurge das cinzas vencendo o Botafogo no Rio e o Grêmio em São Paulo. O Cruzeiro perdeu novamente neste domingo. Três a zero para o Flamengo. O Santos nos seus altos e baixos foi derrotado pelo Criciúma pelo mesmo placar. O São Paulo que poderia se aproximar do Cruzeiro perdeu jogando um futebol de pouca qualidade para o Galo Mineiro. Na Europa a Alemanha foi derrotada pela Polônia pelas Eliminatórias da Eurocopa por dois a zero. A Polônia venceu pela primeira vez a Alemanha desde o primeiro jogo realizado em 1933. E o Brasil derrotou a Argentina em Pequim no Clássico das Américas por dois a zero. Até os 25 minutos de jogo a Argentina tinha 64% de posse de bola. A partir do gol de Diego Tardelli aos 27 o panorama mudou e ficou mais complicado para os portenhos quando Lionel Messi perdeu uma penalidade máxima defendida por Jefferson. Tudo isso pra mostrar que o futebol está cada vez mais imprevisível. É isso aí.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

AO FUTEBOL O QUE É DO FUTEBOL


A FIFA decidiu hoje banir dos futebol o fundo de participação de investidores na compra de jogadores. Joseph Blatter anunciou que só os clubes poderão ser donos dos direitos econômicos dos  atletas. Michel Platini presidente da UEFA comemorou a decisão e declarou que "o banimento é muito positivo para a liberdade dos jogadores e a transparência e integridade das partidas". 
Jogos transmitidos até em excesso pela televisão está comprometendo cada vez mais os árbitros e seus auxiliares. Antes as partidas eram transmitidas no máximo com 4 câmeras agora tem de 7 a 12 dependendo da importância do jogo. Com isso os erros das arbitragens são mostrados de todos os ângulos. Duro mesmo é ouvir a opinião de certos ex-árbitros agora comentaristas de arbitragem. Querem porque querem desmentir as imagens.
O aumento do agarra, agarra nos jogos de futebol está aumentando a cada dia. Os árbitros deveriam punir com mais rigor esse tipo de atitude que só serve para sujar ainda mais a imagem do futebol. O consagrado Capitão Hidalgo disse-me hoje que na época em que jogava isso quase não ocorria. Pra acabar com isso só punindo os infratores rigorosamente.
Jogador pedindo para que o árbitro mostre cartão para o adversário que cometeu a falta também está na hora de ser proibido. Só serve para denegrir ainda mais a imagem do esporte. Esse comportamento pressiona ainda mais os árbitros.
Outros dois assuntos que o futebol de hoje registra e que em minha opinião depõe contra. As numerações exageradas e jogadores jogando com a camisa fora do calção. A FIFA estabeleceu para a Copa do Mundo numeração de 1 a 23 pela quantidade de jogadores que podem ser inscritos. Conmebol, CBF e outras federações também seguiam por esse caminho. Agora, no entanto as camisas dos jogadores aparecem com números como 99, 88, 87, 85, 74, 54, 48 entre outros. A FIFA deveria lembrar as entidades e estas aos clubes que o esporte praticado é o Futebol e não Basquetebol e muito menos Beisebol.
É isso aí.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

AS TRANSMISSÕES ESPORTIVAS

Atendendo aos leitores estou reprisando uma matéria já publicada sobre "As Transmissões Esportivas".

Muito se tem questionado hoje as transmissões esportivas no rádio e também na televisão que não são feitas dos estádios. Isso já acontece há muito tempo. Aliás, antes da televisão transmitir os jogos ao vivo e surgir o off-tube existia a dublagem das transmissões esportivas. Locutores em ritmo mais lento ouviam a transmissão da emissora de rádio que estava no local do jogo e dublavam a mesma para sua emissora como se também estivessem no estádio. O Off-tube na atualidade também é muito comum nas emissoras de televisão que para diminuir os custos mantém narrador e comentaristas nos estúdios enviando apenas os repórteres aos estádios.
No caso das transmissões das provas de automobilismo na televisão há uma explicação: na maioria dos autódromos a visão dos circuitos é limitada. Em Monte Carlo só se vê os carros quando passam defronte o local de transmissão. Então o recurso mesmo fica para as imagens geradas pela televisão. O falecido Barão Wilson Fittipaldi um dia me disse: Annuseck, em Interlagos se tem 80% de visibilidade do circuito a partir da cabine de transmissão.
Eu comprovei isso quando participei da cobertura de um GP Brasil. E no rádio a Fórmula 1 depois que o Barão Fittipaldi e Nilson César pararam de narrar pela Jovem Pan é feita 90% em off-tube.
Aconteceu
A dublagem foi muito utilizada e talvez até ainda seja em emissoras com poucos recursos para acompanhar os jogos ao vivo. A história conta que lá pelos anos 50/60 uma conhecida emissora do Rio de Janeiro usava desse expediente com frequência denominando-se a 100% esportiva. Certa feita programou a transmissão do jogo SC Internacional e San Lorenzo da Argentina marcado para o Estádio dos Eucaliptos em Porto Alegre. Faltando cinco minutos para às 21 horas o locutor abriu a transmissão mesmo sem ter ainda a emissora a ser dublada – Rádio Farroupilha de Porto Alegre – sintonizada.
Com a experiência que tinha nesse tipo de transmissão ele deu a escalação dos times que tinha recortado do jornal, trio de arbitragem e exatamente 21 horas iniciou a transmissão do jogo sem ver e ouvi-lo. Do outro lado o operador técnico tentava com os recursos que tinha captar a rádio sem sucesso. Já eram decorridos 15 minutos da transmissão quando finalmente a emissora gaúcha foi captada.
O operador mais que depressa entrou no estúdio e colocou sob a mesa uma folha de papel onde se lia: “Está chovendo forte em Porto Alegre, o jogo foi adiado”. O locutor que não tinha lá muito improviso, mas que era bom de dublagem na maior naturalidade disse: “Senhoras e senhores, chove muito em Porto Alegre, o jogo foi transferido. Boa noite”.
Off-tube
As transmissões em off-tube viraram moda e acabaram por comprometer a qualidade das transmissões esportivas. As partidas transmitidas dos estúdios utilizando-se as imagens da televisão são ótimas para tirar dúvidas na hora do “replay”. Esse tipo de transmissão tira a criatividade do narrador e dá ao comentarista poucos recursos para impor uma opinião mais abalizada.
Na verdade narrador e comentarista de rádio e mesmo de televisão no estúdio nada mais é do que o “complemento da imagem”. Hoje se faz isso em quase todas as rádios brasileiras. Até um conhecido locutor que jamais aceitou fazer esse tipo de transmissão teve que se render a realidade. Até exagerou na final de um dos recentes campeonatos brasileiros quando transmitiu um pouco de cada um dos cinco jogos que definiram o campeão. Como diz um ditado muito antigo: “ajoelhou tem que rezar”.
Historinhas
O duro é ouvir emissoras em que o locutor abre a transmissão fala que está no estádio e se contradiz durante a transmissão. Nos anos 90 uma emissora de rádio de Curitiba abriu a jornada dizendo estar em Salvador na Fonte Nova. Quando chegou a imagem pela televisão a transmissão era de um jogo do Maracanã. Imediatamente mudaram da Fonte Nova para o Maracanã na maior cara de pau. Em 1966 na Copa do Mundo da Inglaterra emissoras brasileiras já se utilizaram do Off-Tube.
Naquela época não havia condições técnicas para estar em todos os jogos ao mesmo tempo, então transmitiram diretamente do IBC (Internacional Broadcasting Center). Na Copa do Mundo de 1974 um canal de televisão da Alemanha gravou as imagens de uma emissora brasileira que transmitia em Off-tube do IBC de Frankfurt. Sarcasticamente na hora de apresentaram o vídeo da matéria o texto lido pelo apresentador dizia: “Esses são os brasileiros que transmitem em IBC e dizem que estão no estádio”. É isso aí.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

BOLA NA MÃO OU MÃO NA BOLA?


Quem prestigia meu blog já deve ter notado que ultimamente o assunto são as arbitragens do futebol brasileiro. E é matéria em todas as rádios, tevês, jornais e sites. Os torcedores quando seus clubes são favorecidos aproveitam para tirar “sarro” e quando prejudicados desandam em críticas. O problema das penalidades máximas está muito longe de terminar. Até porque a FIFA estabeleceu que fosse marcado pênalti se a “bola tocar na mão”.  É assunto que merece ser discutido com mais profundidade pela forma como determinadas penalidades são marcadas. Sim porque uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa. A maioria dos “assopradores de apito”, porque na verdade temos poucos - árbitros qualificados - tem errado demais e os assistentes ou enxergam mal, estão mal colocados ou para não contrariar dizem Amém. Não posso concordar que uma penalidade máxima seja marcada quando a “bola toca na mão” independente do posicionamento dos braços. Precisa haver uma análise se houve ou não a intenção quando os braços estiveram afastados do corpo. E quando junto do corpo é lamentável que se marque uma penalidade máxima. Aí já é querer prejudicar. A marcação da penalidade sempre foi considerada quando o jogador coloca a “mão na bola” de forma intencional. E os árbitros devem ter a inteligência suficiente para discernir se houve ou não a intenção. A FIFA causa mais confusão a cada dia no futebol. Hoje seis árbitros são escalados para cada partida e com equipamentos de comunicação cujo resultado até aqui não solucionou os graves erros que se repetem a cada jogo. O único efeito dessas modificações foi o aumento das despesas com as arbitragens.  É isso aí.

quinta-feira, 18 de setembro de 2014

SEM REMÉDIO!

 
No futebol brasileiro com árbitro, mais quatro assistentes no gramado, um sexto do lado de fora, tecnologia de ponta para comunicação os erros continuam cada vez em escala maior aqui no Brasil. Com a televisão exibindo os jogos ao vivo não dá mais para enganar o torcedor. Essa semana novamente erros graves dos árbitros e seus assistentes foram verificados. No jogo Oeste e Vasco da Gama em Manaus o árbitro confirmou um gol (do Oeste) em que a bola não entrou. Ontem no Maracanã o Botafogo foi “morto” pela arbitragem. No Pacaembu o empate de Palmeiras e Flamengo foi outra grande mentira. Na cara do assistente da linha de fundo Eduardo Silva ajeitou a bola com a mão esquerda e cruzou para Alecsandro marcar o segundo gol rubro-negro. Uma das câmeras da Televisão mostra com nitidez a presença do assistente na frente do lance. E o pênalti que não foi marcado a favor do Palmeiras quando Henrique foi empurrado dentro da grande área por Wallace. Também na cara do assistente que fica na linha de fundo denominado como “espia”. Os erros são tantos que a CBF deveria punir rigorosamente os “assopradores” de apito e seus assistentes. O futebol brasileiro já desgastado com a Copa do Mundo caminha a passos largos para afastar cada vez mais o torcedor dos estádios. É isso aí.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

SERIA A SOLUÇÃO?


A arbitragem brasileira está cada vez mais comprometedora. Desde o início da temporada tivemos tantos erros que não dá mais para aceitar. Recentemente presenciamos no jogo Flamengo x Coritiba uma vergonhosa atuação de Wagner Reway - aspirante FIFA - prejudicando o time paranaense e ajudando Flamengo a continuar na Copa do Brasil. No domingo na partida Bahia e Coritiba o Francisco Carlos do Nascimento – árbitro FIFA – marcou uma penalidade máxima contra o time da Boa Terra e só voltou atrás depois que foi chamado a atenção por um dos auxiliares. Neste meio de semana o Bahia foi operado por Marcos Matheus Pereira do Mato Grosso do Sul que estreava na Série “A”. Marcou uma penalidade máxima inexistente a favor do Cruzeiro que permitiu o empate e deixou de marcar um claríssimo para o Bahia. Hoje existem detalhes que não podem mais ser contestados já que a televisão de encarrega de mostrar os lances por todos os ângulos. Os jogos de futebol atualmente são dirigidos por cinco pessoas; o árbitro, dois assistentes e dois espias. Mesmo assim os erros continuam ocorrendo. Já estou começando a aceitar a ideia que é utilizada no Mundial de Voleibol. Lances duvidosos são esclarecidos com a interrupção do jogo e a repetição do lance. Confesso que sou contra porque entendo que não se deve misturar futebol com tecnologia, mas talvez seja a única solução. É isso aí.

sábado, 6 de setembro de 2014

BRASILEIRÍSSIMAS!



O esporte brasileiro termina a semana com resultados importantes no contexto internacional. Nosso basquetebol masculino venceu a Sérvia e se classificou para a segunda fase do Campeonato Mundial que se realiza na Espanha. O basquetebol brasileiro volta a ganhar status internacional depois de muitos anos. Amanhã às 15 horas nosso quinteto enfrentará a Argentina em jogo marcado para a cidade de Madrid.
Outra grande participação brasileira no exterior está por conta do Voleibol Masculino que venceu os três primeiros jogos do Campeonato Mundial que se disputa na Polônia. E as vitórias foram sempre por três sets a zero. Hoje vamos enfrentar a Coréia do Sul.
Ontem à noite reapareceu no cenário a Seleção Brasileira de Futebol depois da tragédia da Copa do Mundo. Na volta de Dunga ao comando do time uma vitória sobre a Colômbia por um a zero no Sun Life Stadium em Miami. Não se pode fazer afirmar nada ainda a respeito da equipe comandada por Dunga. Os amistosos são importantes como fase de observação e preparação para a Copa América do próximo ano no Chile e as Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018 na Rússia. O jogo de ontem valeu pelo golaço de Neymar cobrando falta aos 37 minutos do segundo tempo. Mais de 73 mil pessoas presenciaram a partida. Agora o Brasil voltará a campo na terça-feira em New Jersey contra o Equador.

quinta-feira, 4 de setembro de 2014

OPERADO SEM ANESTESIA!

 
O Coritiba FC não repetiu ontem no Maracanã o que uma semana antes o Brasil assistiu no triunfo por três a zero sobre o Flamengo. O time coxa-branca não jogou bem, mas foi eliminado da Copa do Brasil pela arbitragem. Todos sabem da preferência que a televisão tem para mostrar jogos do Flamengo e Corinthians, de acordo as pesquisas, donos das maiores audiências. O que aconteceu no jogo de volta da Copa do Brasil não pode ficar sem análise. Análise de gente que está preocupada em não distorcer ou ignorar os fatos. O pseudo juiz que dirigiu o jogo deveria ser punido ou até afastado pelo bem do futebol. Um pênalti (o primeiro) que se fosse a favor do Coritiba ele não marcaria; o segundo em que a bola bateu no ombro do jogador coxa-branca e o terceiro num lance claro em que Chicão derrubou Alex pelas costas, jogada que na sequencia se concretizou no terceiro gol  do Flamengo estão bem vivos na memória de quem viu a partida. Foi uma calamidade o “soprador” de apito que ajudou a classificar o Flamengo.

Além disso, ouvir e ler que tudo foi normal nos leva a conclusão de que temos “cegos e fanáticos” na televisão, nos sites e nos jornais. Sugiro que deixem a profissão para quem quer praticar o verdadeiro jornalismo e compareçam aos estádios usando a camisa do clube do seu coração como torcedores. 
Lamentavelmente nesse jogo em que o Coritiba foi eliminado houve ASSALTO e a constatação cada vez maior do FANATISMO de elementos que se dizem jornalistas. Esse tipo de comportamento das arbitragens e dos formadores de opinião é que tem contribuído para aumentar cada vez mais as tragédias dentro e fora dos nossos estádios. É isso aí.

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

FANTASIA, ILUSÕES E DÍVIDAS


O futebol brasileiro continua devendo em qualidade muito embora se pague salários fora da realidade para treinadores e jogadores. As mudanças constantes de treinadores e as contratações mal feitas mostram cada vez mais resultados negativos. A tão almejada renovação deveria ter começado com o novo treinador da Seleção. Podemos até vencer e golear nos amistosos contra Colômbia e Equador. Isso não vai refletir em nada. O futebol como um todo precisa se renovar em nosso país.
Vivemos num mundo de fantasia.  Fantasia e acúmulo de dívidas. Palmeiras, Santos, Grêmio, Flamengo, Atlético Paranaense, Santos, Goiás, Botafogo, Chapecoense, Coritiba, Figueirense, Criciúma, Vitória e Bahia já trocaram de treinador no atual campeonato brasileiro. A recisão dos demitidos e a contratação de substitutos quanto não deve ter custado aos cofres dos clubes.
Os clubes vivem vendendo e comprando jogadores. Repatriando muitos que já não tem mais espaço no exterior e trazendo outros sul-americanos sem muita qualidade. A venda de revelações e atletas de pouco idade tem se tornado frequente. Essas vendas nos dias de hoje já não trazem mais aqueles milhões e milhões de outros tempos.
Pelo comprometimento cada vez maior das suas receitas os clubes fazem qualquer negócio. Com isso a formação de grandes equipes e a qualidade do nosso futebol está em baixa. Não se vê mais a preocupação em preservar e formar times. Exceto o Cruzeiro os demais pouco mostraram até o momento.  É isso aí.

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

FUTEBOL CARNE DE VACA!

 
É o que o futebol está virando. A repetição seguida de jogos virou lugar comum no futebol mundial e esse fato acaba fazendo com que o torcedor perca o interesse. A menos de 60 dias Alemanha e Argentina disputaram a final da XX Copa do Mundo com vitória germânica por um a zero. Na quarta-feira (3) as duas seleções voltarão a se enfrentar em jogo amistoso programado para a cidade de Düsseldorf na Alemanha. Também o Brasil estará em campo essa semana enfrentando a Colômbia em Miami na sexta-feira (5) e o Equador na terça-feira (9) em New Jersey. Brasil e Colômbia se enfrentaram pela Copa do Mundo no dia 4 de Julho em Fortaleza com vitória brasileira por dois a um.
O Brasil conquistou sua primeira Copa do Mundo derrotando a Suécia em Solna por cinco a dois em 29 de Junho de 1958. As duas seleções – com grande festa – voltariam a se enfrentar num amistoso no mesmo local da final em 30 de Junho de 1965 com novo triunfo do Brasil por dois a um.
O segundo título mundial conquistado pelo Brasil foi contra a Tchecoslováquia por três a um no Estádio Nacional em Santiago no dia 17 de Junho de 1962. Quatro anos mais tarde em 12 de Junho de 1966 enfrentamos novamente os Tchecos vencendo por dois a um no Maracanã. A partida se repetiria três dias depois também no Maracanã terminando empatada em dois a dois.
Em 1970 o Brasil conquistou a Copa do Mundo do México pela terceira vez derrotando a Itália na final histórica por quatro a um no Estádio Azteca. Isso aconteceu no dia 21 de Junho. As duas seleções só voltaram a se enfrentar em 9 de Junho de 1973 em Roma com vitória italiana por dois a zero.
A repetição de jogos em curto espaço de tempo serve apenas para interesses financeiros. O elemento chamado “atração” já não existe mais no futebol mundial. É por essas e outras que o futebol estará virando autêntica “carne de vaca”, pois os jogos se repetem com muita frequência. É isso aí.

domingo, 31 de agosto de 2014

CRUZEIRO DISPARA!

 
A penúltima rodada (18ª) do Campeonato Brasileiro da Série “A” não teve grandes surpresas. Tanto que os quatro primeiros são os mesmos mudando apenas de posição São Paulo e Internacional. Também na Zona de Rebaixamento continuam Criciúma, Coritiba, Bahia e Vitória. O Coritiba era o décimo nono. Com o empate diante do Galo Mineiro e a derrota do Bahia subiu para a décima oitava posição.
Na briga pela ponta o Cruzeiro disparou oito (8) pontos à frente do segundo colocado o Internacional. O time de Minas tem 42 contra 34 dos gaúchos, 33 do São Paulo e 32 do Corinthians. Grêmio e Sport agora com 28, Flamengo com 25 ganharam seus jogos e subiram. Desde que Vanderlei Luxemburgo assumiu na décima quarta rodada o Flamengo venceu os cinco jogos em que comandou a equipe e saiu da Zona de Rebaixamento com 10 pontos para chegar aos 25.
Na faixa intermediária Atlético Mineiro (27), Flamengo (25), Atlético Paranaense (24), Santos e Goiás (23), Botafogo (22), Figueirense (21), Chapecoense (19) e Palmeiras (17) estão fora da zona de rebaixamento neste momento. Palmeiras com 17, 5 vitórias, Criciúma 17, 4 vitórias, Coritiba 16, 3 vitórias, saldo negativo de 3 gols, Bahia 16, 3 vitórias, saldo negativo de 6 gols e Vitória com 15 pontos estão com péssimo aproveitamento até aqui. Restam vinte (20) jogos para cada equipe encerrar sua participação no atual Campeonato Brasileiro.
Um detalhe que precisa de vez ser entendido pelos entendidos do futebol (imprensa); na atual forma de disputa não se consagra campeão o melhor colocado após a décima nova (19) rodada. Até porque ninguém tem os pontos zerados a partir da vigésima.
Resultados
A etapa deste final de semana teve Palmeiras 0 x 1 Internacional, Cruzeiro 4 x 2 Chapecoense (ontem), Coritiba 0 x 0 Atlético Mineiro, Corinthians 1 x 1 Fluminense, Botafogo 1 x 0 Santos, Grêmio 1 x 0 Bahia, Sport 2 x 0 Criciúma, Figueirense 1 x 1 São Paulo, Vitória 1 x 2 Flamengo e Goiás 3 x 1 Atlético Paranaense (hoje).

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

CORITIBA SURPRENDENTE, ATLÉTICO DECEPCIONANTE

 

Que bela apresentação fez ontem o time do Coritiba ao derrotar o Flamengo por três a zero no Couto Pereira. E poderia ter sido até maior o placar. Em 72 horas o comportamento do time mudou nas mãos de Marquinhos Santos que voltou ao clube. Mesmo sem Alex se recuperando de uma contusão o Coritiba foi um time guerreiro, aplicado,  fechando todos os espaços, marcando sob pressão e pouco permitindo ao Flamengo. Gostei demais do Zé Love (um guerreiro), Dudu (substituto de Alex), de Gil, Norberto, Hélder, Luccas Claro, Leandro Almeida (que fez um belo gol) e Vanderlei. Todos jogando com muita consciência. Carlinhos e Martinuccio que estreou ficaram devendo. Jogar dessa forma o Coritiba com certeza vai sair do buraco que se enfiou no Campeonato Brasileiro.

Já o Atlético Paranaense me decepcionou e com certeza também à sua torcida. Criou chances e perdeu gols no primeiro tempo e depois que sofreu o primeiro gol começou a errar demais. O Leandro Ávila tinha arrumado o time antes da vinda do Doriva, mas agora vai ter muito trabalho para colocar a casa em dia.

As vitórias de Atlético Mineiro e Cruzeiro foram normais. As derrotas do Botafogo, Corinthians e o empate do Vasco da Gama devem ser encarados como preocupantes em relação à continuidade na Copa do Brasil e quem sabe também no Brasileirão. A torcida do Corinthians não gostou da derrota para o Bragantino em Cuiabá e tentou invadir o vestiário.

Quem está subindo é o EC Bahia agora nas mãos de Gilson Kleina. Ganhar do Internacional dentro do Beira-Rio é coisa que não acontece todos os dias. O time baiano saiu na frente na Copa Sul-Americana e vai se recuperando também no Campeonato Brasileiro.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

QUEM SABE NÃO ESQUECE!



Ser artilheiro, ser goleador é ser cobrado a cada dia, a cada jogo por dirigentes, torcida e imprensa. Exemplos recentes deixaram muitos dos principais goleadores brasileiros na ressaca. E quando eles não marcam por um determinado tempo todos pegam no pé e muitos acabam perdendo a condição de titulares.
Goleadores com Barcos, Fred, Leandro Damião, Guerrero, Rafael Moura, Ederson, Jô sempre fizeram a alegria de suas torcidas. Mas, quando passam um tempo sem marcar as cobranças vem de todos os lados. Ninguém escapa, nem os treinadores que concordam com as críticas e acabam por substituí-los.
Em outras épocas Serginho Chulapa, Dario, Coutinho, Tostão, Claudiomiro, Nunes, Roberto Dinamite, Mazzola, Ronaldo, Vavá, César e Flávio também jejuaram. Mas, o tempo se encarrega de colocar as coisas nos seus devidos lugares porque “Quem sabe não esquece”. É como andar de bicicleta, dirigir carro, jogar snooker, fazer amor. Ninguém esquece. É isso aí.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

É HORA DE SAIR DO BURACO!


Os clubes brasileiros ainda vão jogar muito dinheiro pela janela por falta total de visão e planejamento. Mais três treinadores foram demitidos neste domingo por conta dos maus resultados. Celso Roth, Doriva e Wagner Lopes são mais três vítimas. Com isso os prejuízos financeiros aumentam mais e mais. Falta gente qualificada na área do futebol. As contratações de treinadores e jogadores é feita com base no que os empresários oferecem e muitas vezes com pouca qualidade. Nosso futebol está cada vez mais em baixa. Enquanto os canais de televisão a cabo em nosso país mostram campeonatos – alguns insignificantes – o futebol brasileiro passa despercebido no exterior. Tudo por conta de jogos ruins e de jogadores sem qualidade e de craques. Nem o Campeonato Brasileiro da Série "A" tem espaço. E dizer que até outro dia nosso futebol era considerado o melhor do mundo. Torço para que os clubes acertem na contratação de treinadores e jogadores. Só assim vão sair do buraco em que o futebol se meteu. É isso aí.