segunda-feira, 4 de junho de 2012

A DERROTA BRASILEIRA

Osires Nadal (Dallas, Texas) - Especial -

O México foi sempre melhor e mereceu vencer no Cowboys Stadium o selecionado brasileiro por 2 a 0,com gols de Giovani aos 22 e Hernandez aos 32 minutos do tempo inicial.Não quero encontrar só erros no Brasil, mas sim, reconhecer o futebol azteca que foi durante os 90 minutos superior ao time de Mano Menezes. Com forte marcação e arrancando nos contra ataques os mexicanos envolveram os brasileiros, não dando espaços para o meio campo e, muito menos para os homens de ataque. Blindaram Neymar com marcação individual sempre com um ou até três jogadores vigiando. Hulk não repetiu boas atuações e o setor de criação ficou na dependência única de Oscar, o melhor dos brasileiros. Com razoável posse de bola o Brasil não conseguiu penetrar na defesa mexicana, chegando ao gol poucas e raras vezes. No primeiro tempo aos 8 minutos Damião fez o gol, em posição de impedimento. Depois aos 45 minutos, Oscar de Fora da área obrigou o goleiro Corona fazer defesa espetacular. Os comandados de José Manuel de La Torre criaram três grandes oportunidades de ampliar a vantagem, falhando na conclusão. Para osegundo tempo o Brasil revelou alguma vontade de igualar as ações,parando diante do bom esquema de marcação do time mexicano. Vendo que o tempo passava e o time não produzia, o treinador brasileiro colocou Alexandre Pato no lugar de Damião, Lucas no posto de Sandro. Ficou com apenas um volante e tentou ser mais ofensivo. Não deu sorte, em seguida Thiago Silva pediu para sair, sentindo dores no joelho. Entrou Bruno Uvini e nada foi acrescentado. O México teve mais duas chances e não marcou e o Brasil, no final com Pato quase marcou. Defesa falha, meio campo sem criação e ataque quase inoperante, fez do Brasil um time sem inspiração nitidamente dominado pelo adversário. Agora com uma semana para acertar a casa, Mano Menezes poderá tirar proveito desta derrota, que pode ser considerada pedagógica. O insucesso veio na hora certa.