terça-feira, 24 de maio de 2016

FUTEBOL E RÁDIO, INTERPRETAÇÕES!

Algumas expressões mudaram no futebol e outras precisam mudar no rádio.

Identificações

Quando comecei a acompanhar o futebol na minha infância se usavam expressões hoje ultrapassadas para se definir posição de jogadores, uniforme, campo de jogo, bola, chuteira e as competições eram regulamentadas por pontos perdidos.  
Naquele tempo o goleiro era o goalkepper, o lateral direito o “half lateral direito”, o quarto zagueiro o “center half”, o zagueiro central o “beque central” o lateral esquerdo o “half lateral esquerdo” entre outras denominações. O uniforme dos clubes era conhecido como “fardamento”.
O jogo era praticado na cancha hoje conhecido como gramado. A bola era o “balão de couro”; a chuteira chegou a ser conhecida como “chanca”.

Derrota
Uma derrota ou vitória valia dois pontos. Eram efetuadas duas contagens. Ao vencedor, dois pontos ganhos, ao perdedor, dois pontos perdidos. A vitória passou a valer três pontos e o empate foi mantido como um ponto para cada time. As competições atuais definem o posicionamento das equipes por pontos ganhos e não mais por pontos perdidos.
Virou moda ou falta de conhecimento se afirmar que o empate fez com que o time “A” ou “B” perdesse dois pontos. Ninguém perde dois pontos numa partida que terminou empatada; o que acontece é que se deixou de ganhar dois pontos.

No rádio
No rádio todos nós cometemos erros na narração dos jogos. Agora não dá mais para aceitar expressões como “subiu de cabeça”, “subiu lá no alto”, “vai cobrar o escanteio pela ponta direita do campo de ataque”, “tirou tinta do poste”. E “locutor torcedor” deveria trabalhar na rádio do clube e não em emissoras comerciais.

Não sou dono da verdade nem estou aqui para ensinar ninguém, mesmo porque também cometo erros, mas as pessoas precisam cair na realidade e se atualizar. É o mínimo que a vida exige. É isso aí.