terça-feira, 22 de julho de 2008

FUTEBOL DE ARQUIBANCADA

O futebol do Brasil está virando chacota, piada ou charada. Os últimos acontecimentos dão à noção exata da falta de organização e de cumprimento do que se estabeleceu. Começo pelo Campeonato Brasileiro. O Regulamento do Campeonato Brasileiro da Série “A” em seu artigo 22 prevê que: “A capacidade mínima dos estádios que serão ulitizados no Campeonato deverá ser de 15 mil lugares sentados”. E diz o parágrafo único do artigo: “No caso do estádio normalmente utilizado por um dos clubes não atender ao previsto neste artigo, este clube deverá indicar outro estádio que atenda ao estabelecido para a realização de suas partidas, desejavelmente na jurisdição de sua federação”. É isso que consta no Regulamento. Mas, isso já foi ignorado. A Portuguesa de Desportos realizou 7 jogos no Estádio Oswaldo Teixeira Duarte, Canindé, com capacidade liberada para no máximo 5 mil torcedores. Só esta semana o clube foi autorizado a aumentar o número de ingressos para os seus jogos. Isso comprova mais uma vez que neste país, regulamentos, regras e leis foram feitos para não serem cumpridos. E termino falando da Seleção Olímpica. O Brasil deveria ter consultado com bastante antecedência os clubes que foram conclamados a ceder jogadores acima de 23 anos para os Jogos de Pequim. O corte de Robinho não é novidade, o problema de Diego que resolveu viajar sem autorização do seu clube é mais uma dessas atitudes que só servem para denegrir a imagem do nosso futebol. Já estamos carentes de craques, já estamos em descrédito com a nossa seleção principal e continuamos incorrendo em erros primários. O futebol brasileiro vende “apressadamente” a maioria dos seus jogadores para fazer caixa. Desmontam-se as equipes e o que se arrecada é muito pouco se levarmos em conta o que posteriormente os clubes compradores ganham na renegociação. Só pra citar um caso. Por quanto o Corinthians vendeu o atacante Jô para o futebol europeu. Não mais do que 10 milhões de reais. Quanto pagou o Manchester City pelo seu passe: U$ 37,5 milhões, que corresponde a 50 milhões de reais. Está na hora dos clubes se conscientizarem que o futebol é profissional. Chega de chacota, piada ou charada. É isso aí.