A crise se estabeleceu no rádio e também na televisão do
Brasil. A cobertura da Copa América tem presença restrita de profissionais de
ambos os segmentos. A TV Globo deslocou para o Chile repórteres, um narrador, um comentarista
e um analista de arbitragem. O SPORTV também detentor dos Direitos enviou um
narrador, dois comentaristas e repórteres. E o rádio? Bem do rádio cobraram 50 mil de dólares pelos direitos. Com isso nem as emissoras
do Sistema Globo de Rádio enviaram narradores e comentaristas, só repórteres e
operadores de externa. Com narrador, comentarista e repórter só as rádios
Itatiaia de Belo Horizonte, Verdes Mares de Fortaleza e Clube do Pará. As
emissoras de São Paulo, Rio e Rio Grande do Sul estão presentes apenas com
repórteres. As narrações são feitas dos estúdios das rádios com a participação dos
repórteres do local dos jogos.
E mesmo quem comprou não pode colocar o som das transmissões na internet. É o caso da Jovem Pan que comprou os direitos ao contrário do que eu tinha informado, mas não pode colocar o som das transmissões no seu site. Não sei qual o caminho que deve ser seguido
pelas emissoras de rádio do Brasil que estão cada vez mais ausentes dos grandes
eventos esportivos por conta da cobrança de Direitos. Até entendo que a
cobrança de direitos é legal para eventos internacionais, mas com preços mais em conta. A verdade é que hoje quando se fala em futebol só se fala
em dólares. O futebol ficou caro demais nas mãos dos empresários. É isso aí.