terça-feira, 2 de abril de 2013

PRÓS E CONTRAS


Os jogadores brasileiros de futebol estão exagerando com a numeração nas camisas. Isso não só confunde os jornalistas como também os torcedores. Se não estiver com o radinho colado ao ouvido o torcedor não sabe quem é quem. É verdade que os clubes registram seus jogadores em competições internacionais com numerações fixas. Essas vão de 1 a 25 e quando ocorrem substituições permitidas pelo regulamento deveria haver uma sequência. Não é isso que se vê nas competições nacionais. Jogadores aparecem com números irreais para o futebol como 46, 67, 99 e até 100. Afinal é futebol ou basquetebol, futebol americano, beisebol que estamos vendo?

No clássico São Paulo e Corinthians a atitude dos torcedores são-paulinos chamando os corintianos de “assassinos” foi mais uma atitude lamentável para o futebol. Que culpa tem os jogadores do Corinthians da morte ocorrida na Bolívia. A rivalidade das torcidas está passando dos limites. Alguém tem que por um fim nisso antes que o futebol desabe de vez em nosso país. “Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do vizinho”. Isso é mais antigo do que andar pra frente!

Duas falhas do zagueiro Christopher Samba em dois gols sofridos pelo Queens Park Rangers no Campeonato Inglês ganharam as manchetes. Só que essas manchetes extrapolaram o que é conhecido como ética no jornalismo. “Zagueiro contratado por 40 milhões de reais foi o responsável por mais uma derrota”. O que tem a ver o valor que foi pago pelo jogador com erros cometidos durante uma partida. Essas insinuações da imprensa londrina só servem para jogar o atleta contra a torcida. E depois dizem que só o Brasil faz coisas desse tipo. Lamentável.

O superfaturamento nas obras de reforma e construção dos estádios para a Copa do Mundo está cada vez mais presente nos noticiários. Se confirmado servirá para sujar um pouco mais a imagem do país. Resta saber se as investigações vão acontecer ou já estariam acontecendo. Falta transparência como também nas informações a respeito do envolvimento de políticos nas mais diversas áreas nos últimos anos.

A Copa das Confederações servirá como teste para a Copa do Mundo. Essa é a filosofia da FIFA nos últimos anos. Em Curitiba as obras estão longe de ser concluídas e outras nem foram iniciadas. Com certeza muitas delas não estarão prontas até a Copa do Mundo e outras já teriam sido riscadas do papel. A ampliação do Aeroporto Afonso Pena de São José dos Pinhais conhecido como Aeroporto de Curitiba seria uma delas. O Aeroporto está situado em São José dos Pinhais então em Curitiba como as autoridades costumam afirmar. São José dos Pinhais faz limite com Curitiba e apesar de ter apenas 270 mil habitantes contra 1.800.000 de Curitiba tem o dobro de extensão territorial. São 945.717 km2 contra 434.967 km2 da capital paranaense. Além das obras no Aeroporto Afonso Pena de São José dos Pinhais outras de infraestrutura estão paradas, abandonadas e muitas nem foram iniciadas.


A Arena do Atlético Paranaense segue dentro do ritmo programado e de acordo com a previsão de entrega. O clube divulgou nota repudiando informações do Jornal Gazeta do Povo sobre as obras da Arena do Furacão onde serão realizadas quatro partidas na Copa do Mundo. A foto que o site do clube publica é datada de 1º. de Abril.  

Os clubes precisam tomar providências em relação aos cartões amarelos que seus jogadores recebem na comemoração dos gols. Os árbitros estão corretos em punir quando vão comemorar fora das quatro linhas do campo de jogo. Os prejudicados são sempre os clubes. A irresponsabilidade faz com que não possam estar em campo na sequência. 


Não adianta só multar. Os dirigentes precisam orientar e acabar com isso. Não sei se ainda ocorre, mas, nos anos 80 e 90 determinados jogadores provocavam cartão amarelo e até vermelho para não ter que viajar de avião ou para certas localidades onde eram hostilizados. Serginho Culapa era especialista quando o São Paulo precisava jogar em Marília. Não é Serginho!

OPINIÃO DE QUEM CONHECE!


Conversando outro dia com conhecido publicitário o assunto girou em torno do investimento que se faz em publicidade nas transmissões do futebol e esportes olímpicos na televisão. Não disponho de números do quanto se gasta pelo Campeonato Brasileiro, Copa do Mundo e Jogos Olímpicos. O que se tem informação é que as publicidades pagam os direitos de exibição dos jogos do Brasileirão e com o aumento exigido pelos clubes nos dois últimos anos com certeza afetaram no lucro da televisão. Com as quotas que recebem e mais as publicidades estampadas nas camisas os clubes pagam por um futebol de qualidade discutível. Falamos da queda de audiência das transmissões especialmente do Campeonato Paulista. Ai meu amigo bradou: “o problema não é especificamente o Paulistão, o problema passa pelos jogos de pouca qualidade mostrados pela televisão e que está afastando cada vez mais os torcedores dos estádios. A televisão mostra campeonatos sem nenhuma expressão e esportes que poucos brasileiros conhecem”, emendou. E foi além: “Os investimentos publicitários no esporte poderão sofrer grandes mudanças após a Copa do Mundo se não formos os vencedores. E Jogos Olímpicos no Brasil é mais pra americano, inglês e africano ver e ganhar, já que nós brasileiros não passamos de meros coadjuvantes”, finalizou. Torço para que seu ponto de vista não se confirme. Isso afetaria especialmente o nosso mais laureado e popular esporte. Quanto aos Jogos Olímpicos tenho que concordar. Vai demorar ainda muito tempo para que nos tornemos uma potência olímpica se é que isso um dia vai mesmo acontecer. É isso aí.