quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

OS GRANDES NOMES DO RÁDIO

Por uma consulta feita pelo amigo Márcio Campos Sales, ex-árbitro de futebol e professor de Educação Física, postei hoje no facebook uma relação de grandes profissionais do rádio de São Paulo que já nos deixaram. Falar de quem está vivo, no auge é fácil, triste é ver o esquecimento dos amigos. É a tal frase “Rei morto, rei posto”.

Carta despedida
Essa relação abro com Cândido de Paula Garcia, o Candinho, o morcêgo, o amigo que faleceu em  6 de Dezembro de 2003. Reedito a carta que me enviou seis meses antes de morrer. Vejam a íntegra:
Era uma vez um jovem cheio de esperança. A mãe queria que ele fosse médico. O avô, com quem foi criado, torcia por um diploma de engenheiro. O rapaz não deu ouvidos pra família, seguiu seus próprios desejos.
Desde pequeno devorava notícias esportivas nos jornais, ouvi todos os programas de rádio. Deu no que deu. Freqüentava redações e redações, foi ser jornalista. Jamais poderia imaginar quão errada tal decisão. Não que a profissão pudesse diminuí-lo. Ao contrário, o bom profissional se faz respeitar. Seja médico ou engenheiro, mecânico ou bancário, importante é gostar do que se faz. Mais do que isso, gostar e fazer bem o que se faz. 40 anos de viagens e reportagens, sob chuva ou sol, falando ou escrevendo.
O rapaz, hoje envelhecido pelo tempo, achou que sua decisão foi correta. O jornalismo lhe deu alegrias, novos amigos, fê-lo conhecer gente e lugares diferentes. As tristezas só chegaram no fim do sonho. O sonho virou pesadelo. A profissão regrediu, perdeu seriedade, é mal remunerada. Mais que a tristeza, dói a decepção.
O médico estaria com seu bisturi operando doentes, salvando vidas. O engenheiro criando projetos bem calculados, obras que se eternizam. O jornalista não escreve mais, ou escreve pouco, é policiado e descriminado. Não há mais tempo para ele mostrar o que aprendeu. Que leve tudo para o túmulo. Se nada mais lhe resta, a não ser o silêncio, que se cale pra sempre. Que reflita melhor na próxima vida.
Use as lições desta passagem, sem idealismo e sem falsos amigos. Fique sozinho, mas seja sadio mentalmente. O sorriso da vida é mais que uma conta bancária. Seja feliz no seu interior. A decepção no trabalho enterre-as com a podridão deste mundo. Olhe uma rosa e curta sua cor e seu cheiro. As flores sabem viver no jardim ou no pântano. Neste começo do fim, não permita que lhe roubem as pétalas do seu coração. Regue sua alma com a certeza de que uma flor ainda cresce dentro de ti.
“Cândido Garcia, jornalista e amigo.”
Os nomes
Já nos deixaram além de Cândido de Paula Garcia grandes profissionais do rádio esportivo como Randal Juliano, Walter Abrão, Wilson de Freitas, Ávila Machado, Luís Góis, Antônio Rangel, Luís Noriega, Barbosa Filho, Geraldo Blota (GB), José Italiano, Milton Peruzzi, Victor Moran, Pedro Luís, Mário Morais, Mauro Pinheiro, Wellington Cintra, Rui de Moura, Antônio Sola, Loureiro Junior, Marco Antônio Matos, Ênnio Rodrigues, Darcy Reis, Roberto Silva, Fiori Giglioti, Benê Braga, Otávio Muniz, Azevedo Marques, Israel Gimpel, Benjamin Aluane Neto, Leônidas da Silva, Hélio Ansaldo, Álvaro Paes Leme, Eli Coimbra, Gerdy Gomes, Geraldo Bretas, Flávio Iazzetti, Geraldo José de Almeida, Estevam Sangirardi, Serginho Leite, Oswaldo dos Santos, Luís Augusto Maltoni, Humberto Mendonça, Pinheiro Neto, Walter Fonseca, José Carlos Silva, Wilson Brasil, Mario Garcia, Romano Neto e Hamilton Galhano. E lembro os nomes dos operadores de externa como Natal Baldini, Manoel Luzia Jaime, José de Souza, Heleno José e dos que operaram na Central Interna das rádios como Paulo Freire, Chico Vieira, Hélinho Chagas e Claudio Durante que faleceu hoje. Isso sem falar de Reali Jr., Fernando Vieira de Melo, Antônio Del Filiol, Ubirajara Valdez, Luís Menegatti do jornalismo da Jovem Pan, do grande Vicente Leporace, Edson Guerra, Alexandre Kadunc, Hélio Ribeiro, Antônio Carvalho entre outros.
“Não esqueça dos seus colegas e amigos para não ser esquecido um dia”.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

QUEM AUTORIZOU A COPA?

 
Pesquisas divulgadas sobre a Copa do Mundo mostram que apenas 52% das pessoas continuam apoiando o evento. Em Novembro de 2008 esse apoio era de 79%. A propósito o maior torneio de futebol entre países deveria ter ocorrido aqui nos anos 80. Numa reunião em 10 de Março de 1983 na Granja do Torto entre os dois Joãos, o Presidente João Baptista de Oliveira e João Havelange a Copa do Mundo foi descartada. O último presidente da Ditadura Militar disse a Havelange que não poderia dispor de um bilhão de dólares exigidos no caderno de encargos da FIFA porque o país atravessava grave crise financeira e havia necessidade de irrestrita austeridade. O Brasil deveria sediar a Copa do Mundo de 1986 que acabou acontecendo no México. Passados 24 anos o então Presidente Luís Inácio Lula da Silva deu em 2007 o aval para a realização este ano. Os valores hoje conhecidos (em parte) para a construção e reforma dos estádios e obras de infraestrutura passam de algumas dezenas de bilhões de dólares. Com isso o povo resolveu sair às ruas para protestar. Protestos que viraram atos de vandalismo, violência e terror e que continuam nas principais capitais do país. Esse é o quadro a 108 dias da abertura do evento. Perguntar não ofende: “Quem autorizou a Copa no Brasil”. Quem autorizou já não governa mais o país. Tudo isso nos faz lembrar declarações de alguns presidentes de clubes brasileiros com relação às dívidas que deixaram: “O próximo presidente que pague”.  É isso aí.

domingo, 23 de fevereiro de 2014

DOIS GRANDES PERDEM INVENCIBILIDADE

Palmeiras e Internacional de Porto Alegre perderam a invencibilidade no final de semana jogando pelos Campeonatos Estaduais de São Paulo e Rio Grande do Sul. No clássico paulista os dois times criaram diversas chances que não se concretizaram em gols.

Na décima rodada do Paulistão o Corinthians conseguiu sua segunda vitória consecutiva. Derrotou o Rio Claro por três a dois com pouco mais de 12 mil pagantes no Pacaembu. Jadson parece que se encaixou como uma luva no esquema de Mano Menezes. Fez um golaço no meio de semana e ontem participou diretamente nos gols da vitória.
O time de melhor campanha a SE Palmeiras perdeu sua invencibilidade neste domingo ao ser derrotado pelo Botafogo diante de 17 mil pessoas no Estádio Santa Cruz em Ribeirão Preto.
No clássico paulista São Paulo e Santos desperdiçaram várias oportunidades, mas terminaram empatando em zero a zero. Rogério Ceni teve dois momentos importantes no jogo. No primeiro tempo devolveu por duas vezes de forma erra a bola dando ao Santos a chance de marcar. Na primeira ele defendeu e na segunda a defesa salvou. E no segundo tempo no lance do jogo evitou o gol de Leandro Damião que cabeceou a queima roupa e Rogério Ceni fez uma defesa sensacional. O outro destaque foi o assistente número dois Marcelo Carvalho Van Gasse que errou no primeiro tempo prejudicando o São Paulo ao marcar dois impedimentos inexistentes impedindo que Luís Fabiano marcasse. Já nos acréscimos salvou sua participação no jogo ao marcar impedimento de Gabriel quando o árbitro tinha marcado penalidade máxima contra o São Paulo. Sem repetir os grandes clássicos 17 mil pessoas estiveram no Morumbi.
No Campeonato Carioca, destaques para Flamengo e Botafogo que venceram por três a zero respectivamente Resende (ontem) e Fluminense (hoje). Fred perdeu pênalti defendido pelo goleiro Helton Leite do Botafogo no final do jogo. Time da Estrêla Solitária usou time reserva. O Maracanã recebeu um pouco mais de 13 mil pagantes no clássico de hoje. O Vasco da Gama voltou a perder diante da sua torcida por dois a um para a Cabofriense.
No Gaúcho o Internacional que lidera o grupo “A” e na classificação geral do campeonato com 25 pontos perdeu sua invencibilidade de nove jogos. Caiu diante do Veranópolis por um a zero com muitas reclamações de Abel Braga contra a arbitragem de Francisco Neto. Ontem o Grêmio derrotou o Novo Hamburgo por três a zero.
No Paranaense bastante três jogos com sua formação principal para que o Coritiba assumisse a liderança com. Hoje derrotou o Toledo por três a um jogando em Toledo sem Alex e Deivid. O Atlético Paranaense com seu time “B” tirou o pé da lama e venceu o Arapongas por três a zero em Curitiba, e ocupa a nona posição. Já o Paraná voltou a empatar. Agora foi contra o bom time do Rio Branco de Paranaguá a grande surpresa da competição.
Em Santa Catarina o Metropolitano de Blumenau com um gol de Ari venceu o Clube Atlético Hermann Aichinger dentro de Ibirama por um a zero e assumiu a liderança com 15 pontos. O Brusque vice-líder empatou em casa com o Joinville em um a um, mesmo resultado de Juventus e Criciúma. Marcilio Dias e Figueirense ficaram no zero a zero em Itajaí e na Ressacada o Avaí oitavo colocado no campeonato perdeu para a Chapecoense por dois a um.
No Mineiro o Cruzeiro lidera com 17 pontos depois de passar por três a um pelo Boa Esporte que é o vice líder com 13. O Atlético Mineiro aparece em terceiro com 11 pontos após vencer de virada o América por três a dois.

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

CRONISTAS TEM NOVA ASSOCIAÇÃO

 

A crônica esportiva do Brasil vive um novo tempo. Depois de muitos anos sob o jugo da ABRACE (Associação Brasileira de Cronistas Esportivos), foi criada uma nova Entidade, ACEB (Associação de Cronistas Esportivos do Brasil), tendo como fundadoras oito associações estaduais que discordaram frontalmente das diretrizes da antiga entidade.

As associações do Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Paraná, Rio Grande do Sul, Amazonas, Rondônia e Rio Grande do Norte chegaram à constatação de que a ABRACE não atendia mais às aspirações da classe, tendo deixado de exercer o papel de defesa dos direitos dos cronistas esportivos, com atitude e transparência.
Assim, este grupo decidiu compor uma chapa para disputar a eleição contra o presidente Aderson Maia, que já estava havia 18 anos no cargo, como forma de salvar a ABRACE. A eleição de março de 2013, entretanto, mostrou que há uma rede de proteção ao presidente que pretende se perpetuar no poder e que venceu novamente. A derrota, entretanto, foi o pontapé inicial de uma nova revolução na classe e as oito associações estaduais decidiram fundar uma nova associação nacional. Depois de várias discussões, em reuniões que se prolongaram ao longo do ano de 2013, nasceu a ACEB para, de fato e de direito, representar os cronistas esportivos em nível nacional. O fato se materializou no dia 22 de novembro de 2013, no Rio de Janeiro, com a criação da Associação de Cronistas Esportivos do Brasil. O presidente da ACERJ-RJ, Eraldo Leite, foi eleito presidente da nova entidade, tendo como 1º vice-presidente Márcio Martins (presidente da ABCD-BA) e como 2º vice-presidente Isaías Bessa (ACEP-PR). O registro da nova Entidade foi finalizado neste dia 18 de fevereiro de 2014, às 08h52, no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, no Rio de Janeiro, inscrita no CNPJ sob o número 19.737.108/0001-90.
Embora fundada por apenas oito associações estaduais, todas as demais associações estaduais de cronistas esportivos podem pedir filiação à ACEB, bastando encaminhar um documento oficial ao presidente (endereço eletrônico provisório é: eraldoleite@uol.com.br) ou à sede da ACERJ (Rua da Quitanda 45/4º andar, Centro, Rio de Janeiro, CEP: 20011-030), que será a sede da ACEB enquanto durar o atual mandato, de dois anos.
A partir de agora, os cronistas esportivos podem procurar sua associação estadual e requisitar a credencial ACEB 2014, válida em todo o território nacional. Assim também, podem ser solicitadas as credenciais internacionais AIPS. Quem já for associado e precisar apenas da renovação deve procurar sua entidade estadual para solicitar a credencial AIPS 2014/2015 e efetuar o pagamento. Quem ainda não for, deve acessar o site da AIPS para preencher o cadastro, fazer a solicitação e entregar na sua entidade estadual. Ela será enviada à ACEB e posteriormente à AIPS, com o devido pagamento. Informações adicionais podem ser obtidas nas associações estaduais de cronistas esportivos.
Primeira Diretoria
Presidente: Eraldo Luís Tinoco Barbosa Leite (ACERJ-RJ), 1º Vice-Presidente: Márcio Martins Barbosa (ABCD-BA) e 2º Vice-Presidente: Isaías Aparecido Bessa (ACEP-PR).
 
Conselho Especial
Lóris Baena Cunha (ACERJ-RJ), Luiz Ademar Campos Júnior (ACEESP-SP), Liszt Coutinho Madruga (ACERN-RN).
Conselho Fiscal - Membros Efetivos
Erick Castelhero (ACEESP-SP), Volner Neli Alonso de Aguiar, Carlos Augusto da Cruz (AMCE-MG).
Suplentes
Eduardo Vieira Gabardo (ACEG-RS), Rafael Correa Ribeiro Marques (ACERJ-RJ), Antonio Cláudio Perrout (ACERJ-RJ).

 

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

HOJE A FESTA É DE ALEX



Nesta quarta-feira no jogo entre Coritiba e J.Malucelli no Couto Pereira, o capitão Alex vai completar seu milésimo jogo como profissional. Seu jogo mais importante foi justamente há quase 19 anos atrás, também pelo Campeonato Paranaense. “Sem a estreia não haveria nada disso. Não estaríamos falando do milésimo jogo. De repente eu nem teria iniciado no Coritiba. Não teria tido a oportunidade de ter ido para o Palmeiras, Cruzeiro, Flamengo e ter jogado na seleção. De ter jogado na Turquia e ter passado um período na Itália. Então, para simbolizar os mil jogos com certeza é a estreia porque faz à abertura de tudo isso” lembrou Alex. O primeiro jogo foi em 2 de abril de 1995 contra o Iraty. Alex foi lançado pelo técnico Paulo Cesar Carpegiani e o Coritiba venceu por 2 ×1 em partida realizada em Irati.
Balanço
Recebendo homenagens do Coritiba, torcedores, amigos e imprensa, Alex faz um balanço da carreira. “Valeu muito a pena. Essa média caiu um pouquinho, porque teve aquele período de briga com o Parma entre 2000 e 2002 onde eu joguei menos. Foi o período em que eu passei pelo Flamengo. Passei um pouquinho pelo Palmeiras jogando em períodos curtos sempre emprestado. Acredito que esse milésimo jogo, caso tivesse acontecido de uma maneira natural entre 2000 e 2002, já teria acontecido e essa média hoje poderia ser um pouco maior. Mas mesmo com essa situação desses problemas neste período de 2000 a 2002, com certeza eu joguei bastante e tive a sorte de ter poucas lesões. Nunca tive nenhuma lesão grave nesse período todo. O que me deixa mais satisfeito é que onde eu tive a oportunidade de jogar eu ajudei de alguma forma. Esses clubes me ajudaram bastante. Mas eu também, nesse período em que participei, consegui deixar a minha contribuição”. Em quase 19 anos sua média anual é de 52 jogos por ano.
Mais de mil jogos
Torneio de Toulon na França em 1996
Atualmente em atividade só há três atletas com mais de mil jogos como profissional. O galês Ryan Giggs do Manchester United, o goleiro Rogério Ceni do São Paulo e o meia Zé Roberto do Grêmio. Alex sabe que é muito difícil atingir esta marca. “Eu acredito que tem que ter um pouquinho de sorte também para não se lesionar. Muitas vezes, quem teve lesão grave, te tira por um período grande. Quem tem lesão, principalmente de joelho, perde aí no mínimo seis meses de carreira. Perde vários jogos e isso complica um pouco. Então eu tive essa sorte. Eu tive lesões, mas lesões pequenas ao longo da carreira. Nada que me tirasse por um tempo mais longo. E junto da minha sorte é de você poder estar sempre disputando a posição de ser titular do seu time. Disciplinarmente, tomar poucos cartões para não perder jogos. Não ter suspensões, que de repente o atleta é suspenso durante algum período e também perde jogos. E desses nomes, o Giggs já passou dos 40 anos, o Rogério Ceni e o Zé Roberto acredito que façam 40 anos este ano.
São jogadores que iniciaram antes de mim e continuam jogando com toda a qualidade. E mesmo assim não tem tantos jogos a mais do que eu. Isso é interessante, é importante, é uma marca boa e é uma demonstração que fiz as coisas direito. E contei um pouquinho com a sorte para que pudesse chegar a este número no jogo de quarta-feira”.
A volta
Alex retornou ao Brasil no final de 2012 após jogar oito anos no Fenerbahçe. Completar o milésimo jogo no clube que começou tem um grande significado para ele. “Sim, é especial porque quando eu retornei para o Coritiba deixei bem claro que era o fechamento de um ciclo. Onde eu iniciei, fui para o Palmeiras e comecei a circular. E esse círculo se fecha no Coritiba. É claro que eu jamais posso deixar de agradecer ao Palmeiras, agradecer ao Cruzeiro, agradecer ao Flamengo, ao Parma, ao Fenerbahçe. As oportunidades que os treinadores me deram na seleção brasileira. Porque foram esses lugares, esses clubes e a seleção que me deram a chance de poder iniciar esse ciclo e terminar aqui no Coritiba. E os jogos passam por essas equipes. Equipes onde eu passei um bom período. Onde joguei um bom número de jogos. Então realmente tenho que agradecer sempre. Isso eu faço questão sempre que tenho a oportunidade, porque realmente fui muito bem tratado. Com exceção ao Parma, onde eu sempre tive briga, nos outros lugares sempre fui bem tratado. E tirando o Flamengo, onde fiquei pouquíssimo tempo, foram apenas dois meses. Fenerbahçe, Cruzeiro, Palmeiras e o próprio Coritiba sempre me trataram muito bem. Eu pude jogar o meu futebol e dar a minha parcela de contribuição no período em que estive nesses times. O meu agradecimento é sempre grande. E a felicidade de poder estar completando no meu time ela se torna maior porque fecha um ciclo. Aquele ciclo que se iniciou em 1995 ele começa a ser encerrado a partir desse milésimo jogo com o Coritiba” finalizou.
Jogos que marcaram
Em 02/04/95 – Iraty 1×2 CORITIBA pelo Paranaense (Estreia); 13/12/95 – CORITIBA 3×0 Atlético pela Série B (fez 1 gol e o Coritiba voltou a primeira divisão do Brasileiro); 26/05/99 – PALMEIRAS 3×0 River Plate (fez 2 gols); 06/12/03 – CRUZEIRO 5×2 Fluminense (fez 2 gols); 22/04/12 – Galatasaray 1×2 FENERBAHÇE (de virada, com assistência de Alex na casa do adversário).
Números da carreira
Pelo Coritiba jogou 174 partidas, marcando 60 gols; foram 241 jogos pelo Palmeiras com 78 gols; 19 partidas pela Seleção Olímpica do Brasil com 8 gols; três gols pelo Flamengo em 12 jogos; 121 partidas pelo Cuzeiro com 64 gols; cinco jogos no Parma da Itália fazendo 2 gols; no Fenerbahçe da Turquia atuou em 378 jogos marcando 185 gols e pela Seleção Brasileira 49 jogos e 12 gols marcados. Na soma total foram 999 partidas e 412 gols marcados.  
Obs: Texto enviado pela Fellegger and Felleger que assessora o jogador.

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

FUGINDO DOS ESTÁDIOS!


Locutores e comentaristas estão fugindo dos estádios. Tanto no rádio como na televisão está aumentando a cada dia a ausência desses profissionais. Até pouco tempo se dizia que os altos custos estavam gerando essa situação especialmente em jogos do Campeonato Brasileiro, Copa do Brasil, Libertadores, Sul-Americana e da Seleção Brasileira. Sempre entendi que isso estaria prejudicando cada vez o desempenho ao microfone. Mas, depois de ver com frequência comentaristas e agora também locutores transmitindo os jogos dos estúdios da televisão e do rádio fiquei preocupado e fui buscar informações. Acabei confirmando aquilo que já sabia; até mesmo nos estaduais os comentaristas deixaram de ir aos estádios por temerem represálias dos torcedores. Uma agressão a equipe de cabine fez com que o SPORTV ficasse bom tempo sem enviar seus narradores e comentaristas a Vila Belmiro. Lembro que uma vez em Bauru quando eu narrava Noroeste e Corinthians pela Jovem Pan e outro em Toledo pela Rádio Clube Paranaense torcedores se viraram contra a cabine depois do grito de gol. Aos gritos protestaram pelo volume dado ao grito de gol dos visitantes, no caso Corinthians e Coritiba. A violência no futebol brasileiro está fazendo com que cada vez mais locutores e comentaristas “fujam” dos estádios e fiquem no conforto dos estúdios sem se preocupar xingamentos e agressões. A violência e o “fanatismo” dos torcedores estão passando dos limites. Os donos das rádios estão agradecendo pela diminuição dos custos, mas ficaremos limitados a narrações de acordo com as imagens da televisão que nem sempre mostram tudo o que acontece num jogo de futebol. O segredo da narração e da emoção que só o rádio oferece está exatamente em se transmitir ao vivo dos estádios. Quanto às transmissões da televisão não vejo problemas mesmo porque os locutores precisam narrar o que a imagem mostra. Gente a que ponto chegou à violência no futebol brasileiro. É por essas e outras que muita gente prefere ficar em casa vendo os jogos pela televisão e a maioria com o som da rádio que oferece muito mais emoção. Os torcedores deixaram de ir aos estádios e a tendência se não houver medidas drásticas quando a isso é de esvaziarem cada vez mais as praças esportivas. É isso aí.

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

FANATISMO E BAIRRISMO!


Até hoje existem controvérsias sobre quem teria inventado o futebol. O que se sabe mesmo é que em 1863 os Ingleses criaram a primeira Associação de Futebol. O futebol já teria sido praticado por gregos, egípcios e chineses muito antes disso e outros dizem que ele surgiu 2500AC. No Brasil começou em 1894 quando Charles Miller, filho de ingleses trouxe a primeira bola. Ele estudou na Inglaterra entre 1893-1894. Na época em São Paulo existia somente um clube (de cricket), chamado São Paulo Athletic. Este foi o clube precursor do futebol brasileiro, assim como Charles Miller foi o primeiro craque da nossa história. Além de ter sido o inventor do passe de calcanhar.
Hoje o esporte considerado o mais popular do mundo com pelo menos 300 milhões de praticantes começa a enfrentar problemas cada vez mais preocupantes pelo “Fanatismo e o bairrismo”. Fanatismo dos torcedores que além de palavrões impublicáveis dirigidos a jogadores, dirigentes, árbitros e adversários resolveram fazer do futebol uma autêntica guerra. As pessoas de bem estão deixando de ir aos estádios para não serem envolvidas nos conflitos que além das depredações de patrimônios tem causado mortes dentro e fora dos estádios. Esse fanatismo tem como responsável principal as torcidas organizadas que se transformaram em instituições criminosas. Além das armas levadas aos estádios, provocações, bebedeiras e drogas nos dias de hoje as organizadas ainda tem o apoio dos clubes. A cada dia aumenta o número de pessoas que vão aos jogos e não voltam mais para casa.
Em tudo isso deve ser acrescentado também o bairrismo de jornalistas.  As provocações através da televisão e do rádio beiram as raias do absurdo. Locutores e comentaristas quando o time do coração está em campo ou mesmo nos noticiários criam o clima com provocações que acabam chegando aos torcedores. Jornalistas esportivos tem todo direito de torcer pelo clube de seu coração, mas o bom profissional, o profissional sério não provoca a ira da torcida adversária para causar polêmica. O jornalista responsável incentiva o futebol e fala com a razão e não com a emoção, não faz provocações e agressões como se vê e ouve.  
O futebol brasileiro trilha por um caminho perigoso que poderá leva-lo ao caos se não for modificado o comportamento dos torcedores fanáticos, dos bairristas e dos jornalistas-torcedores. É isso aí.

domingo, 16 de fevereiro de 2014

OS CLÁSSICOS DO FIM DE SEMANA


A maioria dos Campeonatos Estaduais já cumpriu seis rodadas e ainda não há grande interesse do torcedor ou seria falta de grana. No Rio Grande do Sul na reabertura do Beira-Rio ontem o Internacional goleou o Caxias com 10 mil pagantes. Muito pouco para o tamanho da grande torcida colorada. O Grêmio jogando hoje derrotou o Esportivo em Passo Fundo por três a um.
 
No Paranaense o Coritiba colocou em campo pela primeira vez na sexta-feira seu time titular e derrotou o Rio Branco por dois a zero, gols de Geraldo, mas o melhor em campo foi Alex que completou 999 jogos. Pouco mais de 5 mil pessoas assistiram. Na quarta-feira contra o J.Malucelli às 19h30 Alex completará 1.000 jogos.
O com o time “B” perdeu para o Cianorte fora de casa e ocupa a décima primeira posição. Em Cianorte presença de 1.377 torcedores. No Durival Brito e Silva no jogo das 18h30 o Paraná derrotou o Prudentópolis por três a zero. Chuva e frio levaram apenas 1.400 torcedores a Vila Capanema.
No Carioca o Fluminense goleou o Boavista ontem por quatro a um com Walter o gordinho deixando novamente sua marca por duas vezes. Hoje no clássico dos milhões com gol irregular o Flamengo derrotou o Vasco da Gama por dois a um. Pouco mais de 13 mil pagantes. O Botafogo finalmente voltou a vencer. Passou pelo Duque de Caxias por dois a um.

No Paulistão o São Paulo por pouco não foi derrotado pela Portuguesa de Desportos com nove mil e trezentos pagantes. O zero a zero ficou de bom tamanho. Hoje o Santos foi goleado pela Penapolense por quatro a um em Penápolis e no clássico que teve um bom segundo tempo, Palmeiras e Corinthians empataram em um a um. O Pacaembu recebeu 23 mil pagantes na estreia de Jadson e na volta do goleiro Cássio. Na classificação geral o Palmeiras lidera com 20 pontos e o Corinthians está em décimo sexto com 8 em oito jogos.
E no Mineiro o clássico Atlético Mineiro e Cruzeiro terminou empatado em zero a zero. Vi os melhores momentos do jogo que teve várias oportunidades desperdiçadas pelos dois times. O Estádio Independência recebeu lotação total no primeiro clássico do ano com 18 mil pagantes. O Boa Esporte lidera com 12 pontos seguido do Cruzeiro com 11. Hoje com cinco pontos o Galo estaria fora da próxima etapa.
O começo de ano nos principais campeonatos estaduais ainda está longe do que se espera. Calor, mau tempo, férias, ingressos caros, equipes incompletas talvez tenham contribuído para que a alegria do futebol brasileiro ainda não esteja completa. É isso aí.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

RADIAIS E ESPORTIVAS

 
A volta de Adriano o Imperador foi a melhor notícia do futebol na semana que está se encerrando. Treinando há três meses no CT Alfredo Gotardi (Caju) do Clube Atlético Paranaense chegou o momento de sua volta. E aconteceu nos instantes finais da partida de quinta-feira quando o Furacão derrotou o The Strongest pela Copa Libertadores das Américas. Não houve tempo para se avaliar o seu futebol. Mas, só o seu retorno é uma alegria para o futebol brasileiro. Se estiver bem fisicamente e deixar de lado os problemas extracampo será com certeza um ótimo reforço para o futebol.
De vez em quando alguém pergunta: Por onde anda Bento Pereira de Oliveira, o corintiano? Pra quem não sabe ele foi o Chefe da Técnica Externa da Rádio Jovem Pan por muitos anos. Hoje continua prestando serviço à emissora como um dos operadores dos transmissores da emissora. Na foto de 1987, Bento de Oliveira no Morumbi modulando uma das transmissões que fiz na época em que se usava o Mixer Shure e os microfones sem fio da Motorola. Hoje o Chokito leva mais de 100 quilos de material para as transmissões.
Paulo André puxou o carro como diria meu amigo Osmar Santos. Depois da invasão do CT do Corinthians o criador do Bom Senso FC aceitou jogar na China. Agora se pergunta: E como fica o Bom Senso FC? Acho que a iniciativa de Paulo André é válida, mas esbarrou na contrariedade de outros profissionais.  Nem todos pensam da mesma forma. A maioria está mesmo preocupada em garantir o emprego. Resta saber agora se o Bom Senso FC com a ausência de Paulo André vai continuar.

Solidariedade é uma palavra que não se usa mais no rádio esportivo brasileiro. Já houve tempo em que um acontecimento fora da rotina era motivo de solidariedade por parte da imprensa. Hoje não se vê mais isso. O que se vê é cada um procurando segurar seu emprego. O que ocorreu em Curitiba onde uma emissora em dois jogos do Clube Atlético Paranaense foi impedida de transmitir não pode acontecer. É certo que o Estádio Durival Brito e Silva não tem espaço para muitas rádios e equipes de televisão pelas poucas e antigas cabines existentes. Mas, num evento internacional deveria ser construído uma bancada ou liberado um espaço nas arquibancadas para que as emissoras que normalmente transmitem os jogos do clube pudessem estar presentes. Não vi nenhuma manifestação de solidariedade para com a Rádio Iguassu de Araucária que está em todos os jogos. Espero que a ACEP – Associação de Cronistas Esportivos do Paraná – busque uma solução para que o problema não se repita.
Transmiti muitos jogos no Estádio Adolfo Konder, na Rua Bocaiúva em Florianópolis. Jogos de Campeonato Catarinense entre 1964 a 1972, Copa do Brasil (Olímpico 0 x 1 Grêmio Porto Alegrense em 1965) e até o amistoso Avaí 1 x 2 Santos com Pelé e companhia em plena quarta-feira à tarde. Lá aconteceram memoráveis jogos do Campeonato Brasileiro de Seleções entre catarinenses, gaúchos, paranaenses, mineiros e até cariocas.
Nesse saudoso palco, Avaí, Paula Ramos, Postal Telegráfico, Figueirense e Externato entre outros mandavam seus jogos. As partidas aconteceram no Estádio Adolfo Konder até 1960 quando foi inaugurado o Estádio Orlando Sacarpelli e em 1983 a Ressacada. O Estádio Adolfo Konder era conhecido inicialmente como Campo da Liga ou Pasto de Bode. Os clubes de Florianópolis treinavam e jogavam neste local. Depois o estádio onde funcionava também a sede da Federação Catarinense de Futebol foi demolido para surgir no local o Beiramar Shopping. Um dos primeiros Shoppings da Grande Florianópolis.

Na Copa América de 1991 realizado no Chile eu transmiti pela Rádio Nereu Ramos de Blumenau ao lado de Carlos Roberto Reinert, o Peninha. Foi um show de cobertura desde a chegada da Seleção brasileira ao Hotel Miramar em Viña Del Mar, abertura da competição no Estádio Nacional em Santiago até os jogos finais. Com o Circuito aberto 24 horas Via Embratel transmitimos ao vivo todos os jogos. Havia a necessidade de um segundo locutor para narrar os jogos que antecediam as partidas da Seleção Brasileira dirigida por Paulo Roberto Falcão.
Aí descobrimos um gaúcho bonachão que estava lá para fazendo boletins da Copa América para a sua emissora. Não deu outra; Rudimar Piccinini integrou-se a equipe e deu show nas transmissões, ele que estava começando no rádio. Tá certo que depois dos jogos os lautos jantares regados a muita cerveja  serviam para justificar sua presença. Depois de 23 anos reencontro Rudimar Piccinini no Facebook. Fiquei feliz em receber suas manifestações e creia Rudimar, embora estejamos à distância nossa amizade e respeito são cada vez mais fortes. Hoje Rudimar Piccinini apresenta programa das 17 às 19 horas na Encanto FM (encantofm.com.br) da cidade de Encantado e transmite os jogos da Lajeadense no Gauchão. Abração índio velho de guerra.
Confraria dos Amigos da Bola, Zé Domingos,
Dionísio Filho e Durval Monteiro
O rádio paranaense precisa render mais homenagens aos que foram os precursores no jornalismo e no esporte da cidade de Curitiba. Nos anos 60 surgiu na Rádio Clube Paranaense José Domingos Borges Teixeira, o Zé Domingos narrando futebol. Quase na mesma época o interior trouxe de Astorga para Curitiba Durval Monteiro (na época goleiro e radialista), o hoje advogado Dr. Durval Monteiro Castilho. José Domingos foi a maior audiência de Curitiba comandando programas noticiosos e policiais. Durval Monteiro, (torcedor do Coritiba FC), primeiro como repórter e depois como comentarista e apresentador de programas hoje mais em Guaratuba do que em Curitiba, mas ainda em plena atividade como advogado. Nunca vou esquecer que em 1968 ele pediu a Willy Gonser, chefe da equipe esportiva da B2 que me colocasse para transmitir o segundo tempo do amistoso Coritiba 2 x 0 Palmeiras de Blumenau que se realizava no Estádio Belfort Duarte. Eu estava no estádio, mas como não havia circuito para transmitir na época, a Rádio Nereu Ramos entrou em cadeia com a Rádio Clube Paranaense através das poderosas Ondas Curtas de 49 metros. E parece que não decepcionei porque depois do jogo fui convidado por Maurício Fruet para narrar na Rádio Emissora Paranaense, o que acabou não acontecendo. E José Domingos que foi deputado, diretor de futebol do Paraná Clube (torcedor desde jovem do CA Ferroviário) continua todas as manhãs das 7 às 9 horas na Rádio Barigui-AM 1560 (radiobarigui.com). Ele apresenta Comando da Manhã e no Mundo da Bola trazendo as notícias do momento e falando de muito futebol. A eles minha homenagem pelos relevantes serviços prestados ao rádio do Paraná.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

SUL FORA DA COPA DO MUNDO!

A Vigésima Copa do Mundo a ser realizada em nosso país continua preocupando muita gente. Tudo por conta das obras inacabadas de infraestrutura e de alguns estádios. A infraestrutura de que tanto se fala já deveria ter sido feita há muito tempo mesmo que a Copa do Mundo não fosse realizada aquí. Falta de visão, de interesse ou de dinheiro? Qual seria mesmo a razão de toda essa lengalenga? Agora também descobriram que o Aeroporto de Cumbica não poderá receber os aviões A380 esperados para trazer torcedores da Europa e Estados Unidos para assistir o Mundial. Só agora descobriram que o “cascalho” em volta das pistas causaria problemas sérios pela potência das turbinas que poderiam sugar as pedras. Quanto ao que vai ocorrer nos jogos à dúvida sobre a Arena da Baixada persiste. O problema é dinheiro para concluir as obras. E hoje o presidente do Internacional de Porto Alegre, Giovanni Luigi afirmou que  a capital gaúcha poderá ficar fora da Copa. O impasse é o valor de 25 milhões necessários para a implantação da estrutura temporária para o espaço a ser utilizado pela segurança e imprensa. Os exageros da FIFA se analisados nos levam a conclusão de que com 32 seleções na primeira fase não seriam necessários 12 estádios. No máximo 10. A primeira fase dividida em oito (8) grupos de quatro (4) países caberia muito bem em oito (8) estádios. Os exageros e os altos custos da reforma e construção dos estádios estão agora sendo analisados com mais seriedade. E depois de encerrado o mundial muito desses novos estádios poderão se tornar em verdadeiros “elefantes brancos”. É isso aí.

BLOG COMPLETA TRÊS MIL POSTAGENS


Hoje meu modesto blog chega a postagem três mil (3.000). No início sem fotos com textos relacionados ao dia a dia do esporte. Hoje mais direcionado a opiniões, notícias sobre rádio e televisão. O início ocorreu dia 20 de Janeiro de 2008. Seis anos de informações e colaborações. Média de 500 matérias/mês. Pensei em parar em várias ocasiões até porque jamais houve retorno financeiro. Agradecendo as milhares de visitas feitas ao blog reproduzo as primeiras matérias postadas no dia 20 de Janeiro de 2008.
Tubão tomou conta do rádio
O off-tube tomou conta do rádio esportivo do Brasil. Fico muito triste com essa situação criada a partir da terceirização dos espaços e da acomodação dos donos de rádios. Como admitir que uma rádio fosse comandar um jogo do Corinthians em Goiânia pela Copa do Brasil e deixe seu locutor e comentarista e até repórter no estúdio na frente da tevê. Como transmitir jogos do Campeonato Paulista realizados no interior do estado, do estúdio. Existem algumas explicações para as quais gostaria de ter a sua opinião neste blogspot. Será que faltam patrocinadores. Ouço grandes anunciantes na maioria das emissoras de São Paulo. Porque mantém o tubão. Será que as cotas não compensam. Ou será que os donos das rádios não querem gastar mesmo. Uma coisa é certa: o off-tube tira completamente a criatividade do narrador, e, o comentarista tem restrita ao retângulo da telinha a sua opinião. O que você acha?
De casa nova
Milton Neves retorna a TV Bandeirantes agora em Março. Cumpre seu contrato com a TV Record até o dia 29 e depois estreia o Terceiro Tempo as 21h30 aos domingos e um reality show de segunda a sexta-feira na faixa das 21 horas. Trabalhamos juntos por duas décadas na Rádio e TV Jovem Pan; lembro-me da estreia do Milton comandando o Terceiro Tempo no dia 11 de Julho de 1982 após o encerramento de Itália 3 x 1 Alemanha, na decisão da Copa do Mundo na Espanha. Participei ao lado do José Silvério, Orlando Duarte, Cláudio Carsughi e Wanderlei Nogueira desse primeiro programa. Hoje homem consagrado no rádio e tevê, Milton Neves inicia uma nova trajetória em sua vida profissional. Parabéns Milton.
As ausências no rádio
Convivi com grandes profissionais da comunicação brasileira por mais de 20 anos quando atuava na Rádio Jovem Pan, TV Jovem Pan, Rádio Tupi e Rádio News de São Paulo. Sem comparar, quero manifestar minha profunda tristeza pela ausência de profissionais do mais alto gabarito no rádio paulistano nos dias de hoje. Não dá pra aceitar que Ângelo Ananias, Romeu César, José Eduardo Savóia, Domingos Machado, Anderson Cheni, José Roberto Ercolin, Mauro Nóbrega, Loureiro Junior, Guto Loureiro, Antônio Carlos Salles, Sérgio Cunha, Osmar Garrafa, Walter Parente sejam preteridos pelas grandes emissoras de São Paulo. Rádio de qualidade se faz com qualidade. Talvez esse procedimento esteja trazendo dificuldades para a comercialização publicitária. Opine.
Futebol e Torcida
Os campeonatos estaduais estão em pleno andamento com jogos e mais jogos quase que diariamente. O que me preocupa neste instante é a qualidade do futebol que muitos grandes clubes estão apresentando. No Rio de Janeiro o Fluminense investiu forte, mas, seu time não está na decisão do turno inicial. O que se confirma no futebol carioca é o interesse do torcedor; com o Maracanã reformado o público voltou a lotar o estádio. É claro que hoje com a redução de sua capacidade já não se vê mais 120 ou 150 mil torcedores a prestigiar os jogos. Transmiti grandes partidas entre paulistas e cariocas, jogos da seleção com mais de 150 mil pessoas. Deixo para vocês internautas a resposta. O futebol brasileiro de hoje comporta estádios para mais de 100 mil torcedores. Opine. 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ALTITUDE OU QUALIDADE?

Huancayo
Quatro representantes do futebol brasileiro estrearam na 53ª. Copa Libertadores das Américas. Dois venceram (Zamora 0 x 1 Atlético Mineiro na Venezuela e Botafogo 2 x 0 San Lorenzo no Maracanã) e dois perderam (León 2 x 1 Flamengo em León no México e Real Garcilaso 2 x 1 Cruzeiro em Huncayo no Peru). E aí se coloca outra vez em análise o problema da altitude. O Flamengo jogou na altitude de 1.815 da cidade mexicana de León. Já o Cruzeiro esteve m Huancayo no Peru que se localiza a 3.250 metros acima do nível do mar. Será que foi a altitude mais uma vez responsável pelas derrotas brasileiras? Esse é um assunto que não quer calar. Os médicos já deram suas versões, mas será que não existe uma forma adequada para acabar com isso? A Seleção Brasileira já sofreu com a altitude de La Paz (3.800 metros), Quito (2.280) e os clubes igualmente. Um problema que precisa ser mais bem analisado ou na Copa Libertadores das Américas só se ganha jogando em casa? Seria em verdade um problema de “altitude ou qualidade” do nosso futebol. É isso aí.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

AS COPAS QUE EU TRANSMITI - I -

Estamos a 120 dias da bola rolar na vigésima Copa do Mundo de futebol. Muita coisa ainda por se fazer. Aqui em Curitiba as obras da Arena da Baixada aumentaram o ritmo e nas avenidas próximas as calçadas estão sendo reconstruídas. É o "jeito brasileiro" de deixar tudo para os últimos dias. Estive presente como narrador esportivo em cinco campeonatos mundiais à partir de 1974 pela Jovem Pan de São Paulo e pela Rádio A Voz da Alemanha (Deutsche Welle) que me ofereceu um contrato para participar de sua cobertura. Transmiti 18 jogos pelos dois prefixos. A diferença das transmissões é que a Jovem Pan fazia os jogos ao vivo e a Deutsche Welle gravava e reproduzia na Resenha da Copa os 45 ou 60 melhores minutos de cada partida. Foi uma experiência fantástica. Foi a primeira Copa do Mundo de uma carreira que mudou de rumo à partir de 1o. de Janeiro de 1973 quando depois de passar por testes em 1972 iniciei na Rádio Jovem Pan de São Paulo. E o melhor de tudo foi a oportunidade que DEUS me proporcionou de narrar o primeiro gol do Mundial.

Passei cinco dias em Berlim acompanhando os treinamentos da Alemanha Ocidental e do Chile. Acompanhei o reconhecimento do gramado do Estádio Olímpico das duas seleções. Estive na entrevista coletiva dos treinadores. Como na partida de abertura Brasil e Iugoslávia empataram em zero a zero, o gol inicial ficou para o dia seguinte. E aconteceu no Estádio Olímpico de Berlim no jogo em que a Alemanha Ocidental derrotou o Chile por um a zero. Estádio com capacidade para 100 mil torcedores estava lotado e os alemães tomando muito chopp e com muita alegria empurrando Franz Beckenbauer e seus companheiros para o primeiro triunfo.

Paul Breitner fez o único gol aos 16 minutos. Dirigiu a partida Mr. Babacha da Turquia. Venceu a Alemanha com Maier; Vogts, Schwarzenbeck, Franz Beckenbauer e Paul Breitner; Cullmann, Uli Hoeness e Overath (Hölzenbein);: Grabowski, Mueller e Heynckes. O Chile perdeu de Valejos; Garcia,. Figueroa, Quintano e Árias; Rodrigues (Lara), Valdez (Veliz) e Reynoso: Cazsely (que foi expulso), Ahumada e Perez. Foi o começo da minha primeira Copa do Mundo. Eu volto para contar mais. É isso aí.

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

POUCO INTERESSE!


O início da temporada do futebol brasileiro tem demonstrado pouco interesse do torcedor. É possível que o período de férias e o calor tenham contribuído para que isso ocorra. É possível. Mas, os grandes clubes em verdade estão se organizando para competições mais importantes que os estaduais. Há também o exemplo dos clubes brasileiros que estão na Copa Libertadores das Américas. Mesmo nos grandes jogos dos paulistas que estão fora do torneio internacional deste ano, as torcidas estão aquém do que se esperava. A média do Paulistão não passa de cinco mil pagantes. Tem muita gente escrevendo que os estaduais já não servem mais para o nosso futebol. Mas, aí como ficarão os times do interior? O quadro neste momento é preocupante. É esperar para ver como terminará o ano, ou melhor, o que será do futebol brasileiro depois de 13 de Julho quando terminar a Copa do Mundo. É isso aí.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

MALTRATANDO A BOLA!


Site do Clube Atlético Paranaense
Foi o que aconteceu ontem em Curitiba no primeiro tempo de Atlético Paranaense e Sporting Cristal. Chutões para todos os lados, faltas violentas, ligação direta, nenhum gol e uma agressão não muito comum no futebol. Foram doze (12) cartões amarelos e quatro expulsões num jogo que mais parecia uma guerra do Brasil contra o Peru. Futebol de baixa qualidade e muita correria. No segundo tempo depois de duas expulsões no tempo inicial os dois times resolveram jogar um pouco. A vitória do Atlético Paranaense no tempo regulamentar foi mais do que justa pelas chances que criou. E depois o gol do time peruano foi convertido em completo impedimento. A vitória serviu para classificar o time paranaense para enfrentar Strongest da Bolívia, Velez Sarsfield da Argentina e Universitário do Peru. Mas sinceramente o Atlético Paranaense mostrou estar completamente desfigurado, sem padrão de jogo e com todo mundo querendo resolver por conta próprio. Muito pouco até aqui pelo que se espera do Furacão este ano. Até a torcida não acreditou muito no time. Pouco mais de dez mil pessoas prestigiaram o jogo e toda imprensa achando que os 18 mil lugares da Vila Capanema seriam insuficientes. O que se viu no primeiro e no jogo de ontem é que a Copa Libertadores da América tornou-se num torneio com mais violência e catimba do que futebol. A propósito a Conmebol precisa alterar o nome da competição. Hoje já não é mais Copa Libertadores da América, mas Copa Libertadores das Américas. O torneio não pertence mais somente ao Continente Sul-Americano. Portanto... É isso aí!

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

A QUEDA DE UM GRANDE!


Quando um time entra em decadência os problemas vão se avolumando tão rapidamente que extrapolam ao bom senso. Aliás, o responsável pelo projeto Bom Senso FC não deu um bom exemplo no domingo. Sua expulsão detonou o nervosismo antes mostrado por Gil chutando um adversário caído no chão. A invasão do CT também é coisa pra se analisar. De repente o grande Corinthians desmoronou. Escrevo sobre o que vem acontecendo desde 2013. A troca de treinadores não deve ser encarada como causa principal. O que ocorre é a falta de peças de reposição num elenco em que alguns jogadores não estão jogando nada. Tenho escrito até a contragosto sobre o futebol de Alexandre Pato. Mas, o que meus olhos viram não dá para desmentir. Jamais em momento algum o jogador correspondeu à expectativa. Hoje é peça descartável no Corinthians como outros jogadores que já chegaram ao limite. Acho que a direção do clube fez contratações erradas e não se preocupou com a saída de jogadores que foram importantes de 2009 até recentemente.  É isso aí!

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

ENCHENDO A BOLA!


Segunda-feira dia de se analisar o que andou acontecendo no final de semana. Aliás, não vi muita novidade neste começo de ano do nosso futebol.
Em São Paulo o Santos do grande Ronaldo Frederico Kotscho voltou a vencer por cinco a um. Agora quem pagou o pato foi o Botafogo. A Portuguesa de Desportos que está mais preocupada com a Justiça Comum tomou outra sapatada no campeonato perdendo de quatro a dois para o Audax. No clássico o Palmeiras foi melhor, está mais bem armado e passou pelo São Paulo por dois a zero. E o Corinthians, hein? Reabilitou a Ponte Preta na estreia de Vadão. O time precisa de mudanças. Mano Menezes deve saber aonde o “calo aperta”.
No Rio o Botafogo segue sua sina no campeonato. Perdeu para o Vasco da Gama no clássico por um a zero. O Fluminense goleou por um a zero e o Flamengo por cinco a dois. Já tem gente querendo o Hernane na Seleção Brasileira. Vai que numa dessas dá certo, hein Felipão!
No Paranaense a terceira derrota consecutiva do Paraná na sexta-feira já está colocando o pessoal com a “barba de molho”. Houve protestos da torcida pedindo a saída do treinador e dos que estão administrando o clube. Coritiba no sábado fez com o Cianorte um jogo duro de assistir. Um a um foi bom demais para os dois. O Atlético Paranaense permitiu ontem que o Rio Branco o Leão da Estradinha como é conhecido chegasse a sua terceira vitória e a vice-liderança com 9 pontos. . Destaque para o Maringá que voltou a divisão principal e lidera com 10 pontos em 12 disputados. Quem também iniciou bem foi o J.Malucelli terceiro colocado. Dos grandes o Coritiba está em sexto lugar com cinco pontos em doze disputados. Paraná Clube é o décimo com três e o Atlético divide com o Arapongas a lanterninha com dois pontos.
Expectativa em Curitiba para o jogo de quarta-feira entre Atlético Paranaense e Sporting Cristal. O Furacão vencendo por um a zero entrará na segunda fase. O jogo de quarta-feira será no Estádio Durival Brito e Silva.
Hoje às 19 horas acontecerá o primeiro encontro do ano da Confraria dos Amigos da Bola idealizada pelo Capitão Hidalgo e que vai para o seu terceiro ano. Como nos anos anteriores encontro-jantar acontece no Restaurante Cascatinha em Santa Felicidade.
Só mesmo “Enchendo a bola” para escrever sobre o começo do futebol neste ano de 2014 com jogos sendo realizados com temperaturas elevadíssimas obrigando os árbitros a provocar a chamada “parada técnica”.