terça-feira, 3 de novembro de 2015

ERA GOSTOSO OUVIR FUTEBOL NO RÁDIO!

E era mesmo. Hoje as grandes emissoras com algumas exceções deixaram de lado a narração esportiva para comentar mais do que narrar os jogos. Nunca se viu tantos comentaristas e estatísticos nas jornadas esportivas. Não sei se é determinação da direção das emissoras, mas, está muito difícil encontrar uma emissora em que se narre o jogo e os comentários sejam feitos na medida certa. Eu estou ficando cada vez mais desiludido com o que ouço. E olha que em casa dizem que eu casei com o rádio e o futebol. Sou fanático pelo rádio, mas aos poucos o rádio está me deixando cada vez mais triste.  Tanto o rádio como o rádio esportivo. Está difícil ficar sintonizado numa transmissão esportiva.  Os locutores de hoje – são poucos que podem ser chamados de narradores – a cada dois minutos chamam o comentarista ou um dos comentaristas que participam das jornadas. Sim porque agora tem rádio com dois comentaristas, a maioria comentando dos estúdios. Das duas uma, ou os narradores obedecem às determinações superiores ou não tem o folego e o improviso necessário para narrar os jogos. O saudoso Barbosa Filho me disse certo dia: “Alemão, narre o jogo e só chame o repórter quando ocorrer um lance perigoso”. Os repórteres de hoje ficam - por falta de comando de quem transmite – trocando papo enquanto a bola está rolando. Hoje além da participação dos comentaristas a cada dois minutos, os locutores chamam os repórteres até quando a bola vai pela linha lateral. Futebol no rádio sempre foi emoção. Futebol no rádio sempre contagiou os torcedores, mesmo com imagens diretas da televisão. Isso não acontece mais. Que tristeza gente. Não é questão de saudosismo é a realidade do rádio esportivo.  Já não bastasse a má qualidade do futebol, as transmissões sem vibração na televisão, agora também o rádio esportivo ficou mais conversado e comentado do que narrado. É isso aí.