sábado, 4 de abril de 2009

MEU AMIGO AGORA É REAL

Conhecer as pessoas virtualmente - pela internet - é uma coisa, conhecer de verdade é outra. Na terça-feira fui a Porto Alegre transmitir Brasil e Peru pela Rádio Record. E aproveitei para fazer contato com um amigo virtual, o Engenheiro, poeta, boêmio, José Alberto de Souza. Nos encontra mops no Hotel, fomos até a Grelha do Porto para uma noite de excelente papo de ao sabor de pratos maravilhosos. Foi mais uma conquista em minha vida. Ganhei mais um amigo e a certeza de que nem tudo está perdido. Deus permite que as pessoas de conheçam e se tornem amigos num fechar de olhos. Aproveito para anexar o relato do amigo José Alberto de Souza em seu http://www.poetadasaguasdoces.blogspot.com/. Um grande abraço "Amigo real" e que possamos ter um outros encontros como o de terça-feira.

Blog do José Alberto de Souza
Sabe daquela história da velhinha que viajava todos os dias numa certa linha de ônibus e costumava jogar pela janela sementinhas no caminho? Um rapaz que também era usuário do mesmo trajeto estranhava aquela atitude até que um dia, não resistindo a sua curiosidade, decidiu perguntar por que fazia aquilo que lhe parecia tão inútil. Ao que ela lhe replicou dizendo que com tantas sementes lançadas ao solo pelo menos uma ou outra deveria germinar. Passados alguns anos, ambos já tinham deixado de usar aquele ônibus, quando o rapaz voltou a transitar por aquela estrada e verificou as margens da via todas floridas.
Pois bem, eu acabei de conhecer um autêntico semeador de amizades. Por meio do site Caros Ouvintes de Florianópolis, tínhamos iniciado uma correspondência de troca de idéias sobre a situação do rádio nacional, daí nascendo uma cumplicidade solidária de respeito e admiração recíprocos.
Ontem de manhã, quando abri a minha caixa de correspondência, fui surpreendido ao constatar uma mensagem desse amigo virtual comunicando-me a sua viagem para Porto Alegre a fim de narrar o jogo de hoje à noite da nossa seleção contra o Peru e manifestando seu desejo de me conhecer pessoalmente. Além disso, informava-me o número do seu celular e que não tinha meu telefone, o que lhe passei de imediato. Telefonei-lhe então, colocando-me à sua disposição para realizar esse encontro.
Esse monstro sagrado do rádio esportivo que me proporcionava uma grande honra, eu costumo tratá-lo como Grande Chefe Annuseck, pois seu nome me lembra mais aqueles apelidos de caciques de nações indígenas norteamericanas do que propriamente o alemão de sua descendência. Ao final da tarde, recebo o seu telefonema dizendo-me estar hospedado no Hotel Máster, da Senhor dos Passos, e assim trato de convidá-lo para um jantar à noite, ficando de apanhá-lo em sua hospedagem.
Quando cheguei ao Máster, enxerguei Edemar Annuseck sentado numa das poltronas do saguão de entrada do hotel. Cumprimentamo-nos efusivamente, sentindo aquela emoção de reconhecer uma velha amizade que no momento estava deixando de ser virtual. Após uma conversa preliminar, dirigimo-nos à Grelha do Porto, onde prolongamos a nossa palestra, dividindo experiências e passagens da vida de cada um.
Na ocasião, fiquei embevecido com a sua lição de vida, filho de pai e mãe alemães, morando em região colonial de Blumenau, isolada, onde se falava apenas a língua materna, veio aprender a falar o português aos 7 anos, hoje dominando fluentemente não só esses dois idiomas como também o espanhol. Com todo aquele seu jeitão bem humorado, foi me contando inúmeros fatos de sua carreira profissional, as viagens em que cruzou o mundo inteiro, acompanhando várias Copas do Mundo e excursões da nossa Seleção Brasileira.
Impressionou-me a sua simplicidade, bom caráter, de vida familiar bem estruturada, orgulhoso da esposa Dª. Margot e dos filhos Sandra, Cláudia e Edemar Júnior, todos eles com formação superior, com excelente base religiosa evangélica, ex-atleta praticante de punhobol, atualmente exercitando-se no nado de costas, mil metros por dia, cuidadoso na alimentação refletindo-se no bem estar da sua voz, a ferramenta de trabalho. E olha que esse elemento esteve ai dando sopa na praça durante dois anos, até que a Rádio Record de São Paulo antecipou-se com a sua grande contratação. E agora, que me perdoem os amigos: vou escutar Edemar narrando Brasil x Peru, do Beira-Rio.