terça-feira, 1 de abril de 2008

UM FATO EM FOCO

O futebol brasileiro envolveu-se de uma forma tão agressiva na globalização pela qual o mundo passa que deixou de lado seus princípios. A modernidade e a pressa deu lugar aos absurdos que vemos todos os dias estampados nos jornais, na internet, mostrados na tevê e divulgados pelo rádio. Compra-se jogadores como quem vai ao supermercado ou ao shopping atraído pelas ofertas. Sim eu disse ofertas. As avaliações fogem da realidade. Mostra-se um vídeo tape e recomenda-se a contratação. O tempo se encarrega de mostrar logo à frente que a compra foi mal feita. Os clubes encham suas prateleiras de jogadores e os empresários o bolso de dinheiro. Já escrevi várias vezes que empresários tornaram-se um cancro para o futebol. Ah mas hoje ninguém consegue vender jogadores sem eles. É o que dizem os dirigentes de clubes. Por quê. Porque são dirigentes amadores, despreparados e que se satisfazem simplesmente pelo cargo que ocupam sem se importar com o que vem pela frente.
Nosso futebol carece de qualidade. Os jogadores hoje formados nas escolinhas nem bem calçaram as chuteiras já falam em contratos milionários, em independência financeira e jogar fora do país. Os clubes aceleram esse sistema cada vez mais, para com os recursos sustentar-se. A globalização criou para as agremiações uma situação irreversível. Ou conseguem vender muitos jogadores anualmente ou assinam grandes contratos publicitários ou ficam a mercê do dinheiro dos direitos de televisão e agora também de mais uma loteria jogada garganta abaixo dos torcedores. Com tudo isso, venda de jogadores, publicidade, verbas de tevê, a grande maioria ainda está em vermelho. Pagam aos jogadores dos seus elencos fora da realidade do seu orçamento, fora da realidade brasileira.
Qual é a solução. Simples. Fazer futebol baseado no que se arrecada. É isso aí
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Futebol profissional

Enquanto no Brasil se discute a construção de estádios para 2014, na Alemanha que sediou o último Campeonato Mundial de Futebol as Arenas Esportivas vão dando retorno extraordinário. A forma inteligente e profissional de conduzir o futebol faz com que os clubes germânicos consigam comercializar os nomes de suas Arenas. O caso mais recente é do Sttutgart, atual campeão da Bundesliga. Pela soma de 20 milhões de euros o clube assinou contrato com a Mercedes Benz, fabricante de veículos para dar ao seu estádio o nome de Gottlieb-Daimler Stadion. É uma homenagem que a fabricante de automóveis faz ao fundador da empresa e inventor do motor a gasolina. Mas acreditem. O atual estádio reformado para a Copa do Mundo de 2006 será demolido. Em seu lugar será erguido um novo com capacidade para 60 mil pessoas, sem pista de atletismo ao custo de 93 milhões de euros que ficará pronto em 2011.Na Copa do Mundo de 1974 o estádio denominava-se Neckarstadion.

Lei seca para os gaúchos

Está confirmada para as 11 horas de hoje (01) a assinatura da lei que proíbe a venda de bebidas alcoólicas em praças esportivas com capacidade superior a 5 mil lugares, em eventos profissionais. O governador em exercício Paulo Feijó assinará o projeto votado pelos Deputados Estaduais do Rio Grande do Sul. O aumento da violência nos estádios e especialmente nos clássicos entre Grêmio e Internacional acabou sendo a principal causa para esta tomada de posição dos gaúchos. O autor do projeto de lei número 1007/2007 foi o Deputado Miki Breier. A proibição será publicada amanhã no Diário Oficial tornando-se lei. A Brigada Militar do Rio Grande do Sul se diz satisfeita com a medida e entende até que deveria ser estendida para impedir a venda de bebidas alcoólicas nas imediações dos estádios no Rio Grande do Sul.

Lopes volta a São Januário

Pela sexta vez o ex-delegado Antonio Lopes assumiu o comando técnico do CR Vasco da Gama do Rio de Janeiro. Alfredo Sampaio foi demitido no domingo após a derrota para o Volta Redonda em São Januário. O Vasco da Gama estava brincando desde o início do ano com a presença de Romário e Alfredo Sampaio e depois apenas o último dirigindo seu time. Antonio Lopes, 66 anos afirmou na apresentação. “Fiquei seis meses parado porque já cheguei numa fase da carreira em que posso escolher onde quero trabalhar. Optei pelo Vasco, pois aqui temos excelentes condições de trabalho. Conheço todo mundo no clube. Tenho certeza de que vou fazer um bom trabalho aqui. O Vasco está em duas competições e tem condições de disputar o título nas duas pela qualidade técnica do grupo", finalizou o treinador. Antonio Lopes foi Tri-Campeão Carioca pelo Vasco da Gama em 1982, 1998 e 2003, Brasileiro em 1997, Libertadores da América em 1998, ano do Centenário do clube e Rio-São Paulo de 1999. Sua reestréia será na quinta-feira quando o Vasco da Gama jogará contra o Bragantino pela Copa do Brasil.

México demite técnico

Não classificar o México para os Jogos Olímpicos de Pequim foi decisivo para que a Federação Azteca demitisse o treinador Hugo Sanchez. Uma reunião do Comitê formado pelos presidentes dos 18 clubes que integram a divisão principal, foi fundamental para a queda do ex-astro. Hugo Sanchez ficou 1 ano e 4 meses no comando da seleção do México com uma trajetória considerada até normal pelos dirigentes. Mas, como no futebol o que vale mesmo é os resultados, a não classificação da seleção sub-23 para os Jogos Olímpicos pesou bastante. Ele havia assumido o comando das seleções do México em Novembro de 2006, atendendo ao chamamento de todos os setores do futebol mexicano. A equipe que disputou uma vaga para Pequim não passou da primeira fase do torneio ficando atrás de Canadá e Guatemala. Na cidade do México a imprensa especula dois nomes para o comando da seleção. Luis Felipe Scolari, Marcelo Lippi campeão Mundial comandando a Itália em 2006 e o argentino Carlos Bianchi.