quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

O RÁDIO E SUAS HISTÓRIAS

No início de carreira no rádio em Blumenau cruzei com grandes profissionais que vieram de São Paulo, do Rio Grande do Sul e Paraná para trabalhar nas emissoras locais. Um dos sucessos da época foi o paulista de Presidente Prudente Nelson Tófano que mais tarde se tornou Vereador em Blumenau e Deputado Estadual. Hoje aposentado vive entre Florianópolis e Balneário Camboriu curtindo a vida. Nelson fez logo muitos amigos e com esses à noite era rigorosamente uma “criança”. Certa ocasião ele e alguns amigos resolveram durante a madrugada caçar uns “franguinhos de leite” no quintal de um amigo. Preparado o jantar aproveitaram para convidar o dono do quintal. Este participou do lauto jantar sem jamais saber que os “galináceos” eram oriundos da sua própria criação...


Colecionar é um hábito que todos nós brasileiros temos. Tem colecionadores de cartões postais, camisas de futebol e outros esportes, bonés, flâmulas, adesivos, e também de microfones. Pois é. Há alguns anos conheci um comunicador de rádio que tinha colecionado nada menos que 17 microfones. Tinha microfone RCA modelo jacaré até os mais sofisticados já da época. Perguntado quanto lhe tinha custado esse acervo ele me disse: “Peguei como souvenir nas emissoras pelas quais passei”.

   
Na Copa América de 1999 vencida pelo Brasil, estavam jogando Equador e Colômbia, tradicionais adversários sul-americanos. O jogo estava sendo narrado “off-tube” por um famoso locutor brasileiro que por falta de alerta inverteu durante todo o primeiro tempo as duas equipes. Nem se deu conta que mesmo jogando de camisa azul a Colômbia ainda tinha Higuita no gol. Foi salvo porque o primeiro tempo terminou em zero a zero. No segundo tempo auxiliado pelos colegas corrigiu a situação.

   
Lá pelo ano de 1993 uma transmissão esportiva sofreu uma metamorfose incrível em questão de segundos. Certa emissora de rádio resolveu transmitir a partida Bahia e Flamengo que seria jogada na Fonte Nova. Aberta à transmissão por volta das 15 horas - off-tube - constatou-se às 15h55 que o jogo a ser mostrado pela TV seria outro, o do Maracanã. Mais do que rapidamente o locutor mudou o tom da voz e lascou: “Senhores e senhores, vai começar o jogo aqui no Maracanã...”, e transmitiu Vasco da Gama e Internacional, sem a menor cerimônia.
 
 
Nos primórdios do rádio esportivo brasileiro tinha emissora que transmitia jogos de futebol todos os dias. Certa feita deveriam jogar no Estádio dos Eucaliptos em Porto Alegre numa noite de segunda-feira Internacional e San Lorenzo da Argentina. A transmissão da emissora que tinha sede no Rio de Janeiro seria feita na base da dublagem baseando-se no locutor da Rádio Farroupilha. Lá pelas 20h55 ainda não se conseguia captar o som da rádio dos pampas. O locutor dublador mesmo assim abriu a Jornada Esportiva como se estivesse no estádio dando amplos detalhes e até a escalação das equipes. Como às 21 horas ainda não se havia sintonizado a rádio ele iniciou a transmissão criando o jogo de acordo com o nome dos jogadores que tinha às mãos. Passados 10 minutos, finalmente o operador que estava no estúdio ao lado conseguiu sintonizar a Rádio Farroupilha e escreveu num bilhete: “O jogo foi cancelado. Chove muito em Porto Alegre”. O locutor não perdeu o embalo e mandou ver: “Senhores e senhores, chove muito em Porto Alegre e o jogo foi cancelado. Boa noite”.

E AGORA JABOLÉU?

O corte de R$ 1,8 bilhão no orçamento deste ano da União continua repercutindo e levantando dúvidas. Se no primeiro momento R$ 2,4 bilhões deveriam ser aprovados para atender as necessidades da Copa do Mundo de 2014, como é que com o corte feito o “papo” mudou.

Críticas
O Relator do projeto, deputado Geraldo Magela (PT-RJ) responsabilizou a oposição pelo corte orçamentário. Na semana passada o Ministro do Esporte, Orlando Silva Jr., classificou como “chantagem” a pressão feita pelos congressistas. Ele disse mais: “Aos 47 minutos do segundo tempo, foi feito esse acordo, uma contradição que vai atrapalhar a preparação do Brasil”.

Mudou
Hoje (6) o Ministro do Esporte Orlando Silva Jr., mudou o discurso: ”Não vai impactar em nada no programa de organização da Copa-2014 o corte de R$ 1,8 bilhão feito no orçamento da União deste ano“. E foi mais além: “A restrição no Orçamento não implica nenhuma mudança na estratégia do governo federal”.