O Brasil será o país sede da Copa do Mundo de 2014, só o país sede porque quem manda mesmo na competição é a FIFA que faz e desfaz. Cobri cinco mundiais de 1974 a 1990 e confesso que a melhor organização de todas foi a da Alemanha, isto há 37 anos. De lá cá a globalização e a vinda da internet misturaram tudo com tudo. O Mundial de 2014 se regerá pela cartilha da FIFA que meteu o dedo em todas as áreas fazendo exigências incríveis se levarmos em conta competições anteriores. E agora exige a venda de bebidas alcoólicas nos estádios durante o mundial para atender interesses de patrocinador ou patrocinadores. Tanto que hoje o relator geral da Copa do Mundo na comissão mista que analisa a presença de bebidas alcoólicas nos estádios, deputado Vicente Candido do PT-SP deu seu parecer. Ele incluiu no texto a liberação de bebidas alcoólicas nos estádios durante a Copa do Mundo e, igualmente, em jogos do futebol brasileiro. As cervejarias agradecem, ou melhor, elas começam a ver atendidas as suas pretensões. Sem o dinheiro das cervejarias o futebol terá problemas sérios em suas finanças. O brasileiro sempre tomou a sua cervejinha nos estádios até que o Estatuto do Torcedor proibiu. Agora esse ítem será retirado do Estatuto do Torcedor para atender outros interesses. Pelos problemas que sempre envolvem as torcidas dos clubes, a liberação da bebida alcoólica nos estádios pode trazer consequências incalculáveis. "Beba como moderação" (quá, quá, quá). Aguardemos.
