quarta-feira, 26 de março de 2014

E SE NÃO GANHARMOS A COPA?


“Se perdemos a Copa do Mundo vamos todos para o inferno” declaração de José Maria Marin presidente da Confederação Brasileira de Futebol divulgada pela Folha de São Paulo. Esse inferno que o Marin citou é o que tenho falado e escrito há tempo. Esse “inferno” fará com que ocorra uma queda acentuada de  interesse pelo futebol,  aumentem as dívidas e diminuam as receitas. A derrota brasileira vai acarretar prejuízos enormes com mudanças na aplicação das publicidades que hoje sustentam os clubes. Ninguém vai querer anunciar num futebol mais uma vez derrotado dentro de seu próprio país. Isso vai afetar a vida financeira dos clubes e os que detêm os direitos das competições. As empresas vão redirecionar suas verbas publicitárias para outras mídias. E como ficarão os clubes, a televisão e o jornalismo esportivo? Os clubes terão que se desfazer de jogadores de altos salários ou diminuí-los consideravelmente. Infelizmente a falta de visão dos dirigentes está deixando os clubes cada vez mais endividados. Todo cidadão tem o direito de bons salários, mas no futebol brasileiro os exageros ultrapassaram os limites suportáveis. Tem clube que arrecada cinco milhões e gasta oito mensalmente e outros até mais. Há salários atrasados e bem atrasados. O Flamengo, por exemplo, já fala em dispensar jogadores se não seguir na Copa Libertadores da América. Tem clube querendo ajuda financeira de ex-jogador para contratar. O futebol está sendo jogado há dois meses este ano, mas já tem gente pedindo “água”. A realidade do futebol brasileiro é crítica e confesso estar temeroso pelo seu futuro. Precisamos torcer e orar para que o Brasil vença a Copa do Mundo para que tudo isso não se torne em realidade. É isso aí.

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