Os organizadores dos eventos de futebol no Brasil
programaram a “Morte lenta” do rádio esportivo. As rádios sempre foram e
continuam sendo os grandes divulgadores do futebol em nosso país, mas de uns
tempos a essa parte passaram a serem ignoradas pela CBF, Federações e por
aqueles que compraram os direitos das competições. Há anos já se discute os
jogos programados para às 22 horas, o chamado horário burro do futebol. De uns
tempos a essa parte resolveram marcar jogos para horários totalmente
incompatíveis para o rádio e também para os torcedores. Hoje mesmo em Curitiba
o jogo da Copa Libertadores da América entre Atlético Paranaense e Universitário
de Lima foi disputado a partir das 17h30. Com a não permissão para colocar a superada
“Voz do Brasil” em horários alternativos as emissoras de rádio de Curitiba
tiveram que encerrar suas transmissões aos 25 minutos do segundo tempo e seguir
tão somente pela internet. E os jogos que começam às 19h30 se somam ao que
aconteceu hoje em Curitiba porque as emissoras ficam impedidas de colocar no ar
tanto no AM como no FM os primeiros 30 minutos dos jogos. Isso lembra a personagem de um programa de
televisão que por coincidência é paranaense e que costumava dizer “Tou pagando”.
Exatamente por estarem pagando as televisões estão matando lentamente o futebol
nas rádios e afastando cada vez mais os torcedores dos estádios. Em vinte jogos
realizados domingo pelos mais diferentes campeonatos estaduais a média foi de
7.500 torcedores por partida. E nesses tivemos jogos com 3.166, 3.476 pagantes,
e nem inclui partidas que registraram 608 pagantes como foi o caso de Flamengo
e Bangu. A CBF, a televisão e os clubes pra acabar de matar o rádio esportivo
estão se preparando para exigir Direitos de Transmissão e cobrança pela
utilização das cabines nos estádios. É a “Morte lenta” do rádio esportivo
chegando. É isso aí.
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