Desculpem mas não posso aceitar as regras impostas pela
Confederação Sul-Americana de Futebol – Conmebol – na punição que se dá aos
clubes como se deu ontem ao Corinthians privado de colocar no Pacaembu a sua
grande torcida. O Campeão Mundial deixou de arrecadar de dois a três milhões de
reais com a atitude da Conmebol. Sou totalmente contra o comportamento de
determinadas torcidas dentro e fora dos estádios de futebol. Só discordo como
as punições são aplicadas. As torcidas organizadas não são dirigidas pelos
clubes; na verdade utilizam o nome do clube, criam seu próprio clube, arrecadam
com promoções, criam até Escolas de Samba e incentivam seus clubes nos dias de
jogos, e só. Embora torçam pelo clube, não pertencem ao clube e sim a
torcedores. Isso precisa ser mais bem analisado pelos que dirigem o futebol,
pois quem paga o “pato” por qualquer atitude agressiva e de vandalismo são os
clubes. Voltando ao caso de Oruro, quem primeiro deveria ser punido é o pessoal
que fez o policiamento no estádio. Como se pode admitir a entrada de fogos,
sinalizadores e outros objetos no estádio. Que revista é essa, que foi feita?
Lembro quando atuando no rádio de Curitiba fui transmitir jogo do Paraná Clube no
Estádio Durival Brito. Na entrada fui revistado pela Polícia Militar que abriu
a bolsa onde estavam meus documentos, um rádio, um fone, toalha e objetos
pessoais. Fez revista dos fios da cabeça a ponta dos pés. Cumprimentei aos
responsáveis, pois achei correta essa atitude e aproveitei para fazer uma
pergunta: “Com toda essa revista que vocês fazem como é possível vermos aqui e
em outros estádios rojões e fogos de artifício além de objetos cortantes
utilizados pelos torcedores?”. Ninguém soube responder. Nos estádios de futebol
os torcedores precisam passar por revista séria e não de brincadeira. Chega de
rojões, sinalizadores, objetos cortantes e outros. Para evitar tudo isso as
autoridades precisam impedir a entrada nos estádios de elementos portadores de
objetos proibidos. Façam uma revista como numa blitz que se faz em motoristas e
motociclistas nas ruas das cidades para acabar com a violência ou ela vai
acabar com o futebol. É isso aí.
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