sexta-feira, 15 de julho de 2011

UMA MUSA CHAMADA ANA MOSER

Dia desses chegando ao Parque do Ibirapuera para ver as obras maravilhosas expostas no MAC e no MAM reencontrei a musa dos anos 80 do voleibol feminino do Brasil: Ana Beatriz Moser. Minha conterrânea Ana Moser tornou-se presidente de uma ONG que trata do desenvolvimento do voleibol junto os jovens. Falamos do momento do voleibol brasileiro, as conquistas mundiais e sobre as inovações introduzidas na preparação dos atletas. Ana Moser disse que hoje há uma proteção maior aos atletas. Os cuidados são maiores, os treinamentos mais específicos e programados. O resultado está aí com as grandes conquistas internacionais. No seu auge, Ana Moser foi alvo de muitas contusões. Teve que se submeter a quatro cirurgias o que podem até ter abreviado sua brilhante carreira. Ana Moser foi um exemplo de atleta e dedicação ao voleibol brasileiro quando a categoria feminina não tinha o mesmo sucesso de hoje.

Quem foi
Filha de Acari e Julieta Jaerich Moser, Ana começou a jogar vôlei aos sete anos de idade em Blumenau, onde nasceu em 14 de Agosto de 1968. Não lhe perguntei, mas, acho que seu tio Romeu Jaerich, um dos maiores jogadores do voleibol catarinense de todos os tempos, foi a sua inspiração para praticar o voleibol. O pai foi jogador de futebol profissional e a mãe também jogou voleibol. Aos 16 anos veio para São Paulo, depois de convocada para a seleção infanto-juvenil. Em 1987 passou a equipe principal do Brasil sendo titular nos Jogos Olímpicos de Seul em 1988 e Barcelona em 1992. Comandou boicote após os jogos de Barcelona contra o treinador Wadson de Lima e quando Bernardinho assumiu em 1993 retornou. Com isso tornou-se a principal jogadora brasileira.

Clubes
Ana Moser jogou pela Transbrasil, Sadia E.C., Colgate/São Caetano, Leite Moça, Mizuno/Uniban, Dayvit, Universidade Guarulhos e BCN/Osasco. Suas principais conquistas pela Seleção Brasileira foram o Grand Prix de 1994/1996/1998, prata na mesma competição em 1995/1999 medalha de bronze nos Jogos Olímpicos de Atlanta de 1996. Ganhou medalha de prata no mundial realizado no Brasil em 1994, no Japão em 1995 e muitos outros importantes títulos internacionais e nacionais.

Fim
Ana Moser encerrou sua brilhante carreira em 30 de novembro de 1999, com um jogo de despedida que reuniu as principais jogadoras do voleibol brasileiro da época. A partida foi denominada: Amigas da Ana Moser vs. Seleção da Superliga. Parou na quadra, mas, em 2003 foi auxiliar de José Roberto Guimarães observando as equipes adversárias e coletando informações para enriquecer o esquema tático da seleção na competição. O empenho de Ana Moser foi tamanho, que a seleção chegou ao 2º lugar na classificação final.

Ensinando
Em 1998 colocou em prática projeto para formação de atletas com base no ensino de voleibol em escolas públicas e privadas do Brasil. Este projeto foi a inspiração para o trabalho do Instituto Esporte & Educação, por ela criada e presidida atualmente. Em 2009 foi eternizada ao entrar no Hall da Fama do Voleibol. Foi à quarta personalidade brasileira a ser homenageada.

Um comentário:

Adalberto Day disse...

Edemar
Que bela postagem e entrevista com nossa grande Ana Moser.
Ana Moser foi como nosso Guga, orgulho dos catarinenses, e ela de nossa Blumenau.
Como jogava, e quando machucou o joelho a Seleção caiu no desempenho. A era Ana Moser vai ficar na História, como a era Bernardinho.
Grande Ana...Viva nossa Ana de Blumenau, a maior jogadora de vôlei de todos os tempos em Santa Catarina e uma das melhores do Brasil.
Adalberto Day cientista social e pesquisador da história