quarta-feira, 20 de abril de 2011
FUTEBOL PAULISTA NA ORDEM DO DIA
Reclamar depois de consumados os fatos não vai resolver nada. A semana mal começou e dirigentes, treinadores e jogadores dos clubes que se classificaram para as quartas-de-final do Paulistão deitaram falação. O campeonato teve em 2010 a reunião do Conselho Técnico quando todos os detalhes - regulamento, forma de disputa, horários, tabela de jogos - foram discutidos. Encerrado o primeiro turno volta a baila uma discussão de décadas - o regulamento do campeonato -. Paulo César Carpegiani, treinador do São Paulo bradou por não ter nenhuma vantagem embora tenha sua equipe terminado em primeiro colocado. Tite, técnico do Corinthians está botando a boca no trombone e com palavrão - segundo um portal publicou - reclamando da realização de apenas um jogo nas quartas e que se terminar empatado decidido nos pênaltis. Acho que os dois treinadores tem suas razões. Acontece que os clubes talvez tenham sido mal representados na reunião do Conselho Técnico ou por não atentarem e aceitarem pacificamente a fórmula do campeonato. É verdade que atualmente o chamado Paulistão da Série A1 não tem levado muita gente aos estádios, inclusive no interior. Tudo isso pela falta de qualidade da maioria das equipes e por premiar 12 dos 20 participantes com apenas 19 jogos. Confesso que tenho minhas dúvidas hoje, sobre um campeonato em turno e returno por pontos corridos. Na verdade inviável no atual calendário. O correto seria a redução para 16 o número de participantes e aí quem sabe caberia turno e returno. Eu disse quem sabe, porque pelo excesso de jogos, pela falta de qualidade e de dinheiro, o torcedor está se afastando cada vez mais. Hoje quando o Pacaembu recebe mais de 25 mil torcedores até a até a imprensa entende ser um ótimo público. Sem querer ser saudosista, sendo, saudades daqueles tempos em que o Morumbi recebia 100 mil torcedores nos jogos do estadual e no interior a presença de São Paulo, Corinthians, Santos e Palmeiras significava casa cheia. Enfim, os tempos são outros, o futebol é outro, as despesas do futebol são outras. Muitos clubes estão endividados até o pescoço. Como tudo isso vai terminar só DEUS sabe. É isso aí.
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