Eu e Reali Jr. nos estúdios da Jovem Pan em Madrid na Copa da Espanha em 1982 |
O consagrado jornalista Elpídio REALI JR. faleceu esta manhã em São Paulo aos 71 anos de idade, vítima de infarto. Tive uma convivência maravilhosa com Realinho como era conhecido pelos amigos, durante a Copa do Mundo na Espanha em 1982. Saímos para jantar várias vezes e sempre surgia um papo dos mais agradáveis. Em 2009 cruzei com Reali Jr. pela última vez na esquina da Alameda Santos com Joaquim Eugênio de Lima. Conversamos por um bom tempo lembrando de outros encontros. Ele já estava bastante debilitado por conta de um câncer e um transplante de fígado.
Detalhes
Leiam o que o portal da Rádio Jovem Pan publica a respeito da passagem de Elpídio Reali Jr. “Morreu na manhã deste sábado, por conta de uma parada cardíaca, o jornalista da Jovem Pan Elpídio Reali Júnior, ou simplesmente Reali Júnior. Durante mais de três décadas, ele foi a cara e a voz da JP na Europa, falando diretamente da Maison de la Radio, em Paris, na França, sobre política, economia, esportes e todos os acontecimentos que mobilizavam o Velho Continente. Reali, que também trabalhou em O Estado de S. Paulo e nos Diários Associados, além de passagens pelos mais importantes veículos de comunicação do Brasil, começou na Jovem Pan em meados da década de 1950, atuando como repórter esportivo, e mudou-se para a França em 1973, durante o regime militar, e sua casa na capital francesa foi, durante anos, uma espécie de embaixada informal dos brasileiros que visitavam a cidade. Ele recebeu os troféus Comunique-se e Roquete Pinto e, em março de 2009, foi agraciado com o título de professor Honoris Causa da FMU, por conta de sua dedicação e importância para o jornalismo.
Roberto Benevides, eu e Reali Jr. em Lyon em 1997 |
Em 2007, Reali Júnior lançou o livro Às Margens do Sena, em que contava suas experiências ao longo de 50 anos de profissão. Ele deixa a mulher, Amélia, e quatro filhas. O velório, que começa no final da tarde de hoje, ocorre no Funeral Home, que fica na Rua São Carlos do Pinhal, 376, perto da Avenida Paulista, e o corpo será cremado neste domingo, no cemitério de Vila Alpina. Médico de Reali Júnior, o cardiologista Cláudio Alberto Pastore, do Instituto do Coração, lembrou que o jornalista teve um infarto no começo da década de 1990, no Brasil, datando deste período seu convívio com o jornalista. Recentemente, o correspondente da JP teve um câncer de fígado e, dois anos atrás, teve diagnosticada a necessidade de realizar um transplante de fígado. Ontem, ele realizou uma nova consulta, para o acompanhamento do câncer e, durante a manhã, a situação piorou. Pastore concluiu que, quando chegou à casa de Reali, ele já havia falecido, salientando que o câncer, mesmo controlado após o transplante, acabou desgastando o jornalista.
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