domingo, 28 de fevereiro de 2010

FUTEBOL DE ARQUIBANCADA

Tenho acompanhado nas últimas semanas tudo à respeito do projeto que tenta viabilizar o termino dos jogos de futebol em São Paulo às 23h15. Na minha opinião, seria a iniciativa mais salutar que se poderia dar. Os problemas de transporte são mais do que conhecidos. E o problema não é só este, vai mais além. O cidadão brasileiro que “ama o futebol” se vê privado de assisti-lo nos estádios pois trabalha e depende do ônibus, do metrô. No dia seguinte ao jogo tem que acordar cedo para ganhar o sustento de sua família. E além do horário inadequado em que os jogos tem acontecido, há também o preço dos ingressos. O Corinthians na estréia da Copa Libertadores teve uma renda superior à dois milhões de reais. Estiveram no Pacaembu um pouco mais de 31 mil torcedores. Vangloriou-se o presidente do clube dizendo que não precisava do Morumbi, pois a sua torcida havia correspondido. Está equivocado o presidente alvinegro. Os preços cobrados estão fora da realidade que vive o torcedor. No Pacaembu e no Morumbi o problema dos transportes coletivos são os mesmos quando os jogos terminam próximos ou depois da meia noite. Os dirigentes do futebol brasileiro precisam acordar para a realidade. Esta na hora de se equacionar todos esses problemas: horários, preços dos ingressos, locais adequados para os grandes jogos. Porque coloco isso? Porque o futebol é um produto caro para a realidade brasileira. Vejam as dívidas que os clubes tem com fornecedores, bancos, e outros. Esse alto custo do futebol também já tem reflexo no exterior. Lá muitos clubes estão sendo vendidos, eu disse vendidos, para milionários. Estes investem e quando o lucro não surge simplesmente deletam o produto comprado. Senhores dirigentes despertem para a realidade! Ainda há tempo de evitar o tsunami! Não deixem a bola murchar! É isso aí.

Um comentário:

Ademir disse...

Realmente alguma coisa tem que mudar. Agora, enquanto o futebol for vendido a apenas uma emissora de televisão, esta emissora vai colocar o futebol no horário que bem entender. A Globo comanda o futebol, é fato. Pode ser que isto seja bom, mas para a Globo, para a CBF e para as Federações. Os clubes e os torcedores, que se danem.