QUERENDO COMPRAR VAGA

Uma notícia publicada na edição de hoje do Jornal de Santa Catarina editado em Blumenau merece nossa reprodução “ipsis literis” com a devida autorização do Grupo RBS. Leiam e vejam a que ponto pode chegar um prefeito e um clube de futeboL. "Em um ato de desespero pela situação em que se encontra um dos times mais tradicionais do Estado, a direção do Joinville perdeu a vergonha e resolveu apelar: em uma reunião quarta-feira à noite, na Arena, dirigentes, conselheiros e torcedores do tricolor buscaram uma forma de levar o clube para a Série C do Brasileiro ainda este ano. Ou seja, virar a mesa, já que em campo a equipe fracassou nas tentativas de conseguir a vaga. A sugestão mais chocante partiu do próprio presidente do Conselho Deliberativo, o prefeito de Joinville, Marco Tebaldi: a compra da vaga.- Vamos negociar essa vaga? Vamos lá, R$ 50 mil, R$ 100 mil? Depois a gente convoca a torcida para pagar isso - disse Tebaldi, ao microfone, para em seguida ser apoiado pelos cerca de 40 conselheiros que ocuparam o hall de entrada do estádio municipal. Outro representante do conselho do clube chegou a afirmar que o tricolor teria conseguido a vaga se "informações não tivessem vazado". Referia-se a um possível acordo com o Marcílio Dias, divulgado pela imprensa no começo do ano. Se o clube de Itajaí desistisse da competição, o JEC entraria na Série C como vice-campeão da Copa Santa Catarina. Ontem, o presidente do Marinheiro, Marlon Bendini, negou que já tenha havido qualquer negociação com os dirigentes do Joinville.- A diretoria do Joinville nunca nos procurou, até porque nós não aceitaríamos. A vaga é conquistada em campo, e não fora dele - desconversou. O Marcílio Dias chegou a pensar em desistir da vaga, pois não havia recursos para assumir as despesas da competição. Mas o prefeito de Itajaí, Volnei Moratoni, se comprometeu a conseguir os recursos. O Marinheiro está no Grupo 15, ao lado de Inter de Santa Maria, Toledo e Engenheiro Beltrão". Vejam o que mais publicou o Jornal de Santa Catarina. "O desejo público do Joinville de comprar uma vaga na Série C pode parecer imoral e antiético, mas não existe lei que proíba a negociata. Pelo menos na opinião do advogado Luciano Hostins, especialista em Direito Esportivo.- Do ponto de vista jurídico, não há crime. O que não se pode é comprar um resultado, mas nesse caso não há impedimento legal - explicou o advogado, que criticou a manifestação do prefeito Marco Tebaldi, conselheiro do tricolor.- É desagradável e fragiliza as tentativas de moralizar o esporte. Deve-se questionar a ética do Joinville, mas não existe uma punição legal prevista se a compra da vaga se confirmar - ressaltou". Na foto Gentileza do JSC o momento em que o Prefeito fazia a proposta. Comentem.