Jamais pensei que um dia escreveria sobre isso. Mas, o rádio
de “qualidade” no Brasil não existe mais. Falo do rádio prestador de serviço,
orientador, informativo, não de “vitrolão”. Essa não é só minha opinião. É
opinião de profissionais com mais de 50 anos de atividade na área como Willy
Gonser, Osires Nadal e do Capitão Hidalgo este com 40 anos no rádio. A
televisão tem hoje os grandes anunciantes, pagando absurdos fora da realidade e
o rádio vive de “pires na mão”. Este não é um exemplo específico, é um exemplo
global no rádio. Emissoras das grandes capitais brasileiras passam por enormes
dificuldades para continuar. Demitem profissionais dos mais qualificados e
contratam (quando repõe) jovens com baixos salários. O rádio brasileiro jamais
vai recuperar o prestígio e a qualidade que tinha antes que a televisão o imitasse. No jornalismo algumas emissoras ainda resistem; outras diminuíram os
investimentos porque a publicidade sumiu. No esporte com o surgimento da
televisão a cabo que faz exatamente o que o rádio fazia (entrevistas antes dos
jogos, intervalo e após) e ainda com reprise imediata dos gols que ocorrem nas
outras partidas. É duro falar isso, mas precisamos reconhecer o que está
acontecendo em nosso país. É isso aí.
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