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Ainda bem que não “estou pregando sozinho no deserto”.
Quando falo e escrevo que a qualidade do nosso futebol está muito ruim, não é
porque eu gosto de escrever isso. Sinto-me até mal em criticar nosso esporte
maior. Porém, nada melhor do que um dia depois do outro já dizia Barbosa Filho.
O tempo está se encarregando de provar cada dia mais minha opinião e análise
sobre o que acontece. Ainda ontem diante de 35 mil pessoas no Estádio Paulo
Machado de Carvalho (Pacaembu) o Palmeiras confirmou seu retorno, mais uma vez,
a divisão principal do futebol brasileiro sob vaias e protestos da sua torcida.
Por quê? Pela falta de qualidade, pelo futebol sem nenhuma objetividade do seu
time. Faz a melhor campanha, está retornando, mais pela mediocridade dos demais
participantes. A nossa Série “B”, não muito longe do que ocorre na Série “A”
mostra a cada e o torcedor está se conscientizando disso que a bola está “sofrendo
muito” nos pés dos jogadores. A torcida alviverde está de parabéns pois em
momento algum abandonou o time e pode cobrar agora a formação de uma equipe
qualificada para 2014. O Palmeiras, como a maioria dos clubes brasileiros,
contrataram, aceitaram as ofertas dos empresários, tem suas prateleiras cheias
de jogadores, oneram cada vez mais suas finanças sem uma definição exata quanto
ao futuro. De cofres vazios e as dívidas aumentando só lhes resta aceitar o
oferecimento dos empresários. Pouquíssimos são os clubes que tem jogadores como
seu patrimônio. A continuar do jeito que está o futebol brasileiro pode se
esvaziar mais e mais a cada dia. As providências, as mudanças, já deveriam ter
sido tomadas lá atrás. Agora tudo fica por conta de quem começar a diminuir os
custos como tem feito as grandes empresas, reduzir os elencos e investir na
base do futebol. O “tempo é o senhor da razão”. É isso aí.
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