domingo, 27 de maio de 2012
A VOLTA DA GRANDE RÁDIO DO PARANÁ
Desde Junho de 2011 a Rádio
Clube Paranaense não pertence mais a Fundação Nossa Senhora do Rocio que lamentavelmente
prestou um desserviço ao rádio brasileiro a partir do momento em que desligou suas Ondas
Curtas e colocou no ar a programação da Clube FM. A Clube conhecida nacional e
internacionalmente como B2 pertence hoje aos Missionários Redentoristas que
também comandam a Rádio e TV Aparecida em São Paulo. A B2 foi simplesmente
largada pela incompetência daqueles que a Fundação Nossa Senhora do Rocio
colocou no comando a partir de 1996. Euclides Cardoso de Almeida vinha conduzindo a emissora para um patamar de referência no rádio brasileiro até que resolveram afastá-lo do comando. Reduziram a pó a terceira mais antiga
emissora do Brasil sem que a Anatel e o Ministério das Comunicações tomasse qualquer
providência a respeito. Locaram horários o que não é permitido as Fundações que não visam lucro como no caso da B2. Enfim jogaram as traças um patrimônio do Paraná. Agora se abre um novo horizonte para a B2. Os estúdios
estão sendo instalados ao lado da Igreja do Perpetuo Socorro em Curitiba
defronte o Estádio Major Antônio Couto Pereira no Alto da Glória. Ainda não se divulgou, mas a emissora deverá voltar com programação compatível com a
importância que a B2 sempre teve ao longo dos seus 88 anos de existência.
Também está sendo reativada a programação esportiva com espaço cedido a Sidnei
Campos que vai lançar sua equipe no dia 15 de Junho. Trabalhei na B2 nos anos 90 quando a audiência esportiva chegou a 68%. Transmitíamos ao vivo todos os grandes eventos dentro e fora do país. De repente resolveram mudar tudo e terceirizar. Bons tempos. Oxalá a B2 volte aos seus
dias gloriosos com uma programação de qualidade reconhecida ao longo de sua existência
e que seja um exemplo para as demais emissoras, hoje em sua maioria terceirizadas
com a conivência dos órgãos governamentais. É isso aí.
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Um comentário:
O governo é conivente, pois a ele interessa o voto de curral, como sabemos. O mercado religioso, no Brasil, ainda funciona seguindo a linha da fé cega e faca amolada. Em todas as igrejas, de qualquer denominação. Enquanto isso, o poder finge que não vê as irregularidades cometidas no setor da radiodifusão e, pior, a deterioração do conceito radiofônico. Parece que, inebriados com as possibilidades cibernéticas, se esqueceram que o rádio sempre foi o mais maravilhoso veículo de comunicação entre todos. E agora, com a utilização da web como instrumento de propagação, pode renascer, sem limite de alcance. Dizem que "o pior cego é aquele que não quer ver". A julgar pela atual situação do rádio, nas mãos de incompetentes, o ditado se justifica.
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