sábado, 29 de outubro de 2011

VIOLÊNCIA É COMO BUMERANGUE

Lamentavelmente a imprensa brasileira abre cada vez mais espaço à violência em nosso país. O que hoje as tevês mostram em seus programas policiais é o caminho para que cada vez mais crimes ocorram. Filmes violentos também dão a “letra” de como roubar e matar. Na Noruega, os canais de televisão colocam uma tarja preta em cima das cenas de nudez. Mas, a violência a que me refiro neste artigo é a que a imprensa ajuda a estimular e projetar no esporte. Aprendi em meus 47 anos de atividades que o bom jornalismo e o bom jornalista deve sempre ouvir os dois lados antes de divulgar qualquer notícia questionando o assunto com três palavras: como, onde e por quê? Notícias sensacionalistas sempre estiveram nos jornais, rádios, tevês e internet, mas, a incitação à violência passou dos limites. As brigas entre torcidas organizadas nos eventos esportivos diminuíram bastante, mas, persistem. O que não dá mais pra aceitar é o exagero no sensacionalismo que se faz muitas vezes durante dias. Dá a impressão até de ser coisa pessoal. É o que esta semana ocorre em torno da volta de Ronaldinho Gaúcho ao Olímpico para enfrentar seu ex-clube o Grêmio. Até notas de 100 reais com a foto do jogador foram impressas. Ronaldinho está sendo chamado taxado como o maior bandido da história de um clube de futebol. Se esse tipo de notícia não fosse para as páginas dos jornais, telas de televisões, rádios e internet se evitaria esse ato de violência com um ser humano. A imprensa infelizmente fomenta e depois quer criticar a violência. Vamos analisar bem cada informação antes de transformá-la em uma arma. É isso aí.

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