quinta-feira, 14 de julho de 2011

SELEÇÃO LEMBRA OUTRAS COPAS

Depois da vitória sobre o Equador tem gente escrevendo e comentando que a seleção brasileira encontrou sua formação ideal. Até pode ter encontrado, o tempo poderá comprovar ou desmentir. O que o time atual lembra são os dissabores da Copa América de 1991 no Chile e 1995 no Uruguai, sem esquecer o fiasco de 1987 na Argentina quando fomos eliminados na primeira fase. No Chile sob o comando de Paulo Roberto Falcão chegamos à fase final, mas o time foi ridículo do começo ao final da competição repetindo o que ocorrera um ano antes na Copa do Mundo da Itália. Em 1995 chegamos a final contra o Uruguai em Montevidéu e perdemos nos pênaltis. Era um time fraco como o de 91 que chegou até as finais pela fragilidade dos demais, por favorecimento de arbitragens, mas, sem conquistar o título. A seleção atual tem na opinião de todos os melhores jogadores brasileiros em atividade. Está jogando como um time comum, apesar da qualidade individual de jogadores pretendidos pelos maiores clubes do mundo e até outros já atuando nos mesmos. Nem sempre os melhores formam o melhor time. Nem sempre os que mais se sobressaem nos times repetem seu comportamento na seleção. Jogar no clube é uma coisa, na seleção é outra. Em 1954 o então técnico da Seleção Brasileira e do Fluminense Zezé Moreira tornou isso bem claro. Na época Veludo era o titular do gol do Fluminense e Castilho o reserva. Na Seleção o titular era Castilho e o reserva Veludo. A seleção precisa adquirir entrosamento, ter jogadas ensaiadas para que os resultados esperados aconteçam. Temos alguns exemplos de atuais titulares do time de Mano Menezes que estão muito aquém das necessidades da seleção: Lucas Leiva, Ramires e Robinho. A insistência com Robinho é que não dá para entender. Isso sem falar que Júlio César tem falhado e já não mostra a segurança de outros tempos. Paulo Henrique Ganso ainda não repetiu suas atuações do Santos e Neymar apareceu bem só no jogo de ontem quando marcou dois gols. Ele começou a sentir no “cangote” a marcação e perseguição dos zagueiros adversários. O cai-cai já está manjado pelos adversários e pelos árbitros. Neymar tem que se preocupar em jogar futebol, só futebol e não em “debochar” dos adversários. Resumindo: a seleção precisa evoluir muito para que tenha credibilidade junto à torcida. O excesso de “badalação” que se deu a determinadores jogadores tem sido prejudicial para suas carreiras. É isso aí.

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