Texto: Flávio Guimarães
Às vezes, parece difícil entender o óbvio. Ou pode ser pura conveniência. Robinho sabe, muito bem, porque vem sendo sacado da seleção brasileira. Não preciso dizer nada pois você já deixou bastante claro qual é o motivo. Quero, isto sim, valer-me de suas observações para alertar "a joia da Vila", enquanto ainda é tempo. Vou deixar de lado os aspectos financeiros que envolvem uma transação de vulto, como é o caso de Neymar, em que os clubes, atleta e empresários querem obter o máximo possível. Vou me fixar, apenas, na hora certa de partir para a "conquista do exterior", sonho de todo jogador brasileiro. O exemplo de Robinho, muito bem lembrado por você, forçando uma transferência fora de hora, deve ser levado em conta. Robinho nunca se tornou o que todos esperavam dele, ao se transferir para a Europa. Ganhou massa muscular e só. Talvez, se tivesse esperado mais para ser negociado, tivesse aprimorado, no Brasil, a técnica que lhe faltou no Velho Mundo. Neymar que não se iluda. O Santos quer, sim, a permanência do atleta no time praiano; mas só está interessado no que isso pode representar em termos de dinheiro para o clube, na hora da venda. E fica bem na foto, com a torcida. A 9ine, de Ronaldo, ao que tudo indica, deve tratar dos interesses da "joia", mas, igualmente, enquanto isso for bom financeiramente. E, claro, uma "joia" desse quilate dará um brilho especial à nova atividade do Fenômeno. Neymar que vá com calma. Hoje, o melhor lugar para ele é aqui mesmo, no Brasil. Se o Santos, Neymar e demais interessados na transferência do craque souberem esperar, esta pode ser a maior negociação de todos os tempos envolvendo uma estrela do futebol brasileiro. Ou alguém duvida que, após a Copa, o preço do craque vai atingir a estratosfera? O prato começou a ser preparado. Faltam alguns detalhes para melhorar o tempero e, depois, uma certa paciência para aguardar o cozimento. O apressado, como nos ensina Robinho, come cru.
2 comentários:
Caro amigo Edemar Annuseck
Você, com sua gentileza espetacular, é generoso demais. E nos contempla com elogios que nem merecemos. Muito obrigado pelas palavras dirigidas a mim e ao espaço que, mais uma vez, você me confere. Partindo de um dos mais brilhantes e competentes narradores do rádio esportivo brasileiro, sua opinião equivale a um prêmio que recebemos com prazer. No entanto, é preciso creditar o seu exagero ao respeito e admiração que mutuamente vimos desenvolvendo ao longo dos últimos tempos. Nesse sentido, o seu elogio é ainda mais agradável. Grande abraço.
Meu caro amigo Flávio,
Infelizmente em nosso meio poucos reconhecem o verdadeiro valor do profissional. Fico feliz em poder compartilhar da sua amizade e profissionalismo.
Só espero que quem ainda entende neste país do veículo "rádio" reconheça o valor profissional dos verdadeiros profissionais como você.
Forte abraço
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