terça-feira, 3 de novembro de 2009

A REALIDADE DO FUTEBOL

Os clubes de futebol viraram produtos de prateleira. Quando se vai comprar determinado produto ele pode ser encontrado nas gôndolas ou prateleiras das lojas. Assim estão os clubes de futebol. O Manchester City clube tradicional da Inglaterra foi vendido para empresário que não era do ramo. Vários outros casos ocorreram pelo mundo afora nos últimos anos. Agora o importante AC Milan da Itália pode seguir esse caminho. Uma oferta de 700 milhões de Euros foi feita pelo empresário albanês Rezart Taçi, da família Berisha. Esse magnata de 38 anos que adora o futebol italiano acabou virando manchete dos jornais no final de semana, não pelo interesse na compra do Milan, mas, por agredir um jornalista. Num bar da cidade de Tirana, capital da Albânia ele agrediu o diretor do diário “Tema”, jornalista Mero Baze. Tudo por conta da denúncia feita pelo jornal na primeira página desta terça-feira sobre o envolvimento da família Berisha em casos de corrupção. O futebol envereda por caminhos perigosos. Não é a toa que tenho dito e escrito que ele deixou de “ser um esporte, para tornar-se num grande negócio”. E os torcedores o que pensam disso? Não que o fim do futebol esteja próximo, mas, a presença de empresários com envolvimentos em corrupção leva cada vez mais esse esporte ao descrédito popular. A preservação das entidades esportivas deveria ser o tema diário da FIFA, das Confederações, Federações, dos dirigentes dos próprios clubes. O futebol precisa ser dirigido com muito mais seriedade, por pessoas que saibam administrar seus clubes e gastar o que arrecadam e não inflacionar como está ocorrendo. Isso me dá a idéia de um futuro negro especialmente para o futebol brasileiro onde clubes como o Flamengo tem dívidas superiores a 300 milhões de reais. Os clubes vivem a procura de patrocínios oficiais (dinheiro que sai do bolso do povo e que deveria servir para a saúde, obras, etc) para cobrir os “buracos financeiros” em que enfiaram suas entidades. Isso tudo é muito triste, e o pior é que ninguém toma uma providência para acabar com este estado de coisas. Criaram recentemente a Timemania que muito pouco tem acrescentado. A Loteria Esportiva poderia, se bem organizada ajudar, mas se envolveu em tantos escândalos que caiu em descrédito. A imprensa brasileira tem focalizado esses assuntos diariamente, mas pelo visto ninguém, eu disse ninguém, está interessado em dar um basta. É isso aí.

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