segunda-feira, 18 de agosto de 2008

ESPORTE OU BRINCADEIRA?

Os Jogos Olímpicos que estão entrando na sua última semana colocam em cheque novamente um assunto que merece ser discutido com muita profundidade. Falo do não cruzamento de atletas de um mesmo país em jogos finais. Porque se adotou essa regra. O esporte pressupõe que devam vencer os melhores ou pelo menos ter chances de chegar a final. Essa de não permitir que decidam medalha de ouro e prata atletas de um mesmo país em determinadas modalidades é pra se pensar. Afinal qual é o objetivo de uma competição? Entendo que é para premiar os que realmente são os melhores. Nos esportes coletivos o que chama à atenção novamente são as duplas brasileiras de vôlei de praia masculino que terão que se enfrentar nas semifinais. A vencedora disputará a medalha de ouro e a perdedora a de bronze. Porque não se permitir que possam fazer uma final. Isso dá a entender que não se está muito preocupado em ver os melhores no topo de uma competição. Esse fato também está acontecendo na Copa Libertadores da América. Foi só São Paulo e Atlético Paranaense chegarem a uma final que no ano seguinte mudaram as regras. É na minha modesta opinião uma atitude anti-desportiva, que precisa ser analisada e reconsiderada para que o esporte mantenha sua essência. E não venham com essa do Barão de Cobertin que “O importante é competir e não vencer”. Isso cabia aos Jogos Olimpicos disputados exclusivamente por atlétas amadores. Hoje quase todos que participam são profissionais, vivem do esporte que praticam. Isso por sí só enterra o "olimpismo" que definiu a criação dos Jogos. Encaremos a realidade, e a realidade é outra. Chega de palhaçada. Infelizmente os Jogos Olimpicos também se transformaram num grande negócio, quando deveria ser uma grande confraternização dos povos através do esporte. É isso aí.

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