quinta-feira, 17 de abril de 2008

UM FATO EM FOCO

Joseph Blatter presidente da FIFA vai propor a União Européia e a UEFA limitar o número de jogadores estrangeiros em futura reunião. Já tentou levar para um encontro o presidente da UEFA, Michel Platiní que declinou do convite, talvez por não concordar com a idéia. Fiz um levantamento no site da CBF e me deparei com números interessantes sobre transferência de jogadores brasileiros. De 2002 a 2007 a entidade liberou 5.120 transferências de atletas para o Exterior, uma média de 853 por ano. Convenhamos que seja um número que pode surpreender a muitos, mas não aos dirigentes dos clubes que só pensam em revelar e vender. A péssima administração dos clubes brasileiros nos leva a esse quadro. Perdemos nossas principais estrelas, assistimos a péssimos jogos porque carecemos de jogadores de qualidade. Os grandes clubes brasileiros recorrem agora ao mercado internacional. No Rio Grande do Sul, em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais estão atuando jogadores de países vizinhos da América do Sul. Alguns como Valdívia já rendem dividendos. Mas a solução não está em vender e depois comprar. A solução está no que se arrecada e o que se gasta. Os clubes estão gastando muito mais do que arrecadam e quanto fazem uma grande transação, o dinheiro nem chega as suas mãos. Não adianta vender para depois tentar tapar o buraco gastando tudo o que se conseguiu. Na maioria das vezes o dinheiro vai direto para pagar as dívidas que aumentam cada dia. E não adianta inventar loterias, não vai resolver o problema enquanto os clubes forem dirigidos por amadores. Lembro da transferência de Paulo Roberto Falcão para a Roma. Foi como diz o "poeta das águas doces" José Alberto de Souza, um baita dinheiro. Em contrapartida o Internacional gastou toda a grana e um poquinho mais para repor a perda de Falcão, sem o resultado desejado. É isso aí.

Um comentário:

JASouza. disse...

Meu caro Annuseck: Estive agora visitando o seu blog e deparei-me com muita coisa interessante, principalmente os comentários que você faz sobre o futebol brasileiro em geral, as curiosidades, suas vivências, enfim aquilo que a gente não vê publicado nos jornais. Você é um cara tremendamente preparado, batalhador que, apesar de não conhecê-lo pessoalmente, muito aprecio a sua amizade. E a sua frota de caminhõesinhos está aí repartindo toda a sua carga de competência. Como diz o amigo Glênio Reis, receba nosso abraço cinchado pela nossa lealdade.
JASaudações.