Cada dia me frustra um pouco mais a classe dos
radialistas e jornalistas da qual faço parte há quase 50 anos. É verdade que os
tempos em que comecei havia poucos radialistas e jornalistas que assim como eu
também tinham suas preferências clubísticas. Aliás, entendo que todos tem o direito de ter
seu clube de coração, nada deve impedir isso. O que não dá para aceitar é se
levar essa paixão pelo clube do coração para o microfone. Confesso que tenho
ouvido coisas que dão “nojo”. É por isso mesmo que tenho me afastado cada dia
mais do rádio. Não dá pra aceitar a distorção de fatos nos noticiários e também
nas transmissões esportivas. No recente caso da Portuguesa de Desportos a
situação extrapolou. Antes de se pronunciarem a respeito do que ocorreu, leiam
o regulamento da competição, o Código Brasileiro Disciplinar de Futebol e
depois emitam opiniões. Essa de que a Portuguesa de Desportos foi prejudicada
não cabe. Quem prejudicou o clube foram os próprios dirigentes, despreparados
para comandar o futebol. Agora duro é ver no face, ouvir no rádio, na
televisão, e em outros canais as opiniões dos que se dizem entendedores do
futebol. Um absurdo que ultrapassa todos os limites. E nisso se incluem as
opiniões de jornalistas-torcedores cada dia mais presentes no jornalismo esportivo
brasileiro. O jornalismo esportivo brasileiro está ficando cada dia mais pobre
pela falta de profissionalismo. É isso aí.
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