A derrota para o The Strongest deixou o São Paulo FC a
espera de um milagre para seguir na Copa Libertadores da América. Perder na
altitude de La Paz virou um pesadelo para o futebol brasileiro. O time tricolor
teve pelo menos seis chances reais de gol desperdiçadas pela má pontaria de
seus jogadores. Em contraposição os gols bolivianos foram marcados
respectivamente com chutes há 25 e 35 metros de distância. Para continuar no
torneio o São Paulo precisa vencer o Atlético Mineiro na última rodada e contar
com uma vitória do Arsenal sobre o The Strongest em Buenos Aires. Ou ainda
vencer o Galo Mineiro por margem suficiente de gols e torcer para que ocorra
pelo menos um empate em Buenos Aires. Em 1987 o São Paulo efetuou sua pior
campanha nas dezesseis participações da Copa Libertadores da América. Lembro
bem da derrota em Calama por três a um para o Cobreloa e o empate com o
Colo-Colo em Santiago, jogos que eu transmiti ao lado de Cândido Garcia e com
apoio técnico do grande Luís Carlos Pereira, o Luizão, pela Jovem Pan. E olha
que o São Paulo tinha um bom time na época com Gilmar; Zé Teodoro, Vagner,
Fonseca e Nelsinho; Bernardo, Silas e Pita; Miller, Caréca e Neto (Lê). Já não
era mais o grande time de 1985, mas tinha muita qualidade. Vivemos em outra
época em que os goleiros jogam muito adiantados (fora do gol) quando suas
equipes são atacadas e não tem o “time” necessário para recuar na hora do
chute, não é Rogério Ceni!