terça-feira, 26 de maio de 2015

ESPORTE, RÁDIO & TELEVISÃO


Barbosa Filho já dizia em 2002; “O repórter esportivo acabou virando um pedestal de microfone”. Tudo por conta das entrevistas coletivas implantadas no rádio brasileiro limitando a criatividade dos repórteres esportivos. Lembro em 2003 em Barranquilla ao participar da coletiva do treinador Carlos Alberto Parreira antes de Brasil e Colômbia pelas Eliminatórias quando o grande Vanderlei Nogueira dizia: “Viramos seguradores de microfone”. No futebol paulista a Federação proíbe a presença em campo de repórteres das rádios antes dos jogos. Até a WEBRADIOMOÓCA a única que transmite os jogos do CA Juventus não tem acesso ao gramado nem antes, nem no intervalo e muito menos no final dos jogos.

Vanderlei Luxemburgo foi dispensado pelo CR Flamengo na noite de ontem após a terceira rodada do Campeonato Brasileiro. Foi assim com Jorginho em 2013 que caiu também na terceira rodada e Jaime de Almeida em 2014 que sobrou na quarta rodada. Esse é o grande mal do futebol brasileiro que parece não ter cura. Inicia-se a preparação do time para uma competição e logo nas primeiras rodadas sobra o treinador.

“Vai cobrar o escanteio pela ponta direita do campo de ataque”. Essa frase tem sido repetida com uma frequência fora do comum no radio e também na televisão. E que não venham me dizer os que comandam as equipes esportivas que seus comandados são orientados e corrigidos. São erros primários que não se pode aceitar mais. E tem aquelas frases que se tornaram comuns “a bola sai pra fora”, ou “subiu lá no alto para praticar a defesa” e grandes narradores da televisão insistem no “subiu de cabeça”.

Cláudio Ribeiro grande profissional do rádio brasileiro acaba de assumir a direção da Rádio Birigui – AM1560 – da grande Curitiba. Muitas alterações na programação estão acontecendo com a contratação de profissionais qualificados. Zé Domingos consagrado radialista curitibano está lá todas as manhãs com noticiário do país e do mundo, policial e com a 1ª. edição de No Mundo da Bola. Ontem estreou a 2ª. edição de No Mundo da Bola das 18 às 19 horas. Sucesso aos amigos.

Rudimar Piccinini o Galo do Vale do Taquari está curtindo ao lado da esposa merecidas férias na Europa. O dono da grande audiência do Grupo Independente de Lajeado deve voltar uns 10 quilos mais gordo. Está visitando todas as cantinas da Itália saboreando as massas mais saborosas de cada região.

Ivo Sutter está obtendo números extraordinários no “Ivo Sutter Entrevista” que apresenta todos os dias na Rádio Nova FM – 105.9 – da cidade de Caruaru em Pernambuco. As maiores personalidades do mundo político, social e esportivo da região têm participado com informações de cada setor da sociedade caruaruense. Parabéns... Caçapa.

A Rede Nossa Rádio assumiu a Rádio Estadão, antiga Rádio Eldorado de São Paulo – AM700 – nesta segunda-feira. Promete jornalismo, esporte e é claro os programas religiosos da Igreja Internacional da Graça de DEUS do missionário R.R.Soares. É a vigésima quarta emissora que agora pertence à Rede Nossa Rádio.

A MORTE DO RÁDIO

Repriso aqui uma matéria que publiquei no dia 8 de Abril de 2013. Cada vez mais verdadeira.


Li por esses dias um texto do consagrado Flávio Ricco que escreve há muitos anos uma coluna sobre rádio e jornal, hoje no site da UOL. O assunto girou em torno do rádio, assunto ao qual tenho me referido com muita constância até. Flávio Ricco publicou a matéria “Rádio do Brasil a beira da falência”. O texto com a devida autorização do Flávio e da UOL publico na íntegra: “Estão cada vez mais curtas as verbas publicitárias destinadas às emissoras de rádio e é por aí que entra a tal questão colocada na propaganda do biscoito: as verbas estão mais curtas por que o serviço é mal feito”? Ou o serviço é mal feito por que as verbas estão mais curtas? Fato é que emissoras importantes, inclusive dos grandes centros, estão vivendo uma realidade diferente de 10 ou 15 anos. A fase é incomparavelmente pior. Salvo raras e honrosas exceções, algumas já não têm onde correr. Lamenta-se tudo isso, entre outros motivos, pela força que o rádio ainda representa. É natural que uma série de percalços contribuiu de maneira decisiva até se chegar ao estágio atual. Mas é impossível não colocar como principal deles a proliferação dos prefixos, a maioria destinada a pessoas que de rádio só conhecem ou ouviram o de cabeceira. E a tendência, para o que já está muito ruim, é de ficar ainda pior. Até mesmo os perniciosos compradores de horários, sabendo da importância que o dinheiro deles hoje representa, negociam com boa parte das emissoras da maneira que bem entendem. “As perspectivas, tristemente se consta, são as sombrias”. Parabéns Flávio, concordo inteiramente com o seu belo texto. E acrescento: E as autoridades será que já atentaram para o que está acontecendo com o rádio o maior prestador de serviço do país? É isso aí.