Repriso
aqui uma matéria que publiquei no dia 8 de Abril de 2013. Cada vez mais
verdadeira.
Li por esses dias um texto do consagrado Flávio Ricco
que escreve há muitos anos uma coluna sobre rádio e jornal, hoje no site da
UOL. O assunto girou em torno do rádio, assunto ao qual tenho me referido com
muita constância até. Flávio Ricco publicou a matéria “Rádio do Brasil a beira
da falência”. O texto com a devida autorização do Flávio e da UOL publico na
íntegra: “Estão cada vez mais curtas as verbas publicitárias destinadas às
emissoras de rádio e é por aí que entra a tal questão colocada na propaganda do
biscoito: as verbas estão mais curtas por que o serviço é mal feito”? Ou o
serviço é mal feito por que as verbas estão mais curtas? Fato é que emissoras
importantes, inclusive dos grandes centros, estão vivendo uma realidade diferente
de 10 ou 15 anos. A fase é incomparavelmente pior. Salvo raras e honrosas
exceções, algumas já não têm onde correr. Lamenta-se tudo isso, entre outros
motivos, pela força que o rádio ainda representa. É natural que uma série de
percalços contribuiu de maneira decisiva até se chegar ao estágio atual. Mas é
impossível não colocar como principal deles a proliferação dos prefixos, a
maioria destinada a pessoas que de rádio só conhecem ou ouviram o de cabeceira.
E a tendência, para o que já está muito ruim, é de ficar ainda pior. Até mesmo
os perniciosos compradores de horários, sabendo da importância que o dinheiro
deles hoje representa, negociam com boa parte das emissoras da maneira que bem
entendem. “As perspectivas, tristemente se consta, são as sombrias”. Parabéns
Flávio, concordo inteiramente com o seu belo texto. E acrescento: E as autoridades
será que já atentaram para o que está acontecendo com o rádio o maior prestador
de serviço do país? É isso aí.