terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

HISTÓRIAS DO RÁDIO E DA TELEVISÃO

No dia 25 de Janeiro completaram 30 anos da morte de Mauro Bezerra Pinheiro, o Senador, um dos mais importantes comentaristas esportivos do rádio brasileiro. Nascido na Embaixada do Brasil na
Suíça onde seu pai prestava serviço, Mauro Pinheiro marcou época na Rádio Bandeirantes. Em 1981 foi contratado pela Jovem Pan. Transmiti o jogo de sua estreia e também sua última participação em Jornadas Esportivas. Mauro Pinheiro que virou nome de um dos ginásios do complexo esportivo do Conjunto Constâncio Vaz Guimarães no Ibirapuera e de Rua em São Paulo faleceu no dia em que a cidade comemorava 428 anos. Fizemos uma grande amizade e transmitimos juntos muitos jogos pela Jovem Pan. Em 1981 quando a direção da emissora distribuiu as fichas de inscrição para a Copa do Mundo de 1982 na Espanha ele me disse que não iria preencher o formulário pois não estaria no Mundial.

Oswaldo Bachin Junior, o moço de Santa Barbara d´Oeste, está transmitindo jogos no SPORTV desde 2007 por indicação do grande Jota Junior. Bachin Junior e eu estaremos juntos essa semana em três transmissões do Premiere FC do SPORTV. Nesta quarta-feira (8) em Itu para Ituano vs. Bragantino, no sábado com Bragantino e Mogi Mirim em Bragança Paulista (onde tem a melhor linguiça calabresa do Brasil) e no domingo no Anacleto Campanella para São Caetano e Comercial.
Leio no blog do ex-colega Luís Cláudio Nóbilo (luisclaudionobilo.blogspot.com), o belo da Moóca, radicado há muitos anos em Curitiba que mais uma emissora de rádio poderá cair nas mãos de uma igreja. Trata-se da tradicional Rádio Colombo que segundo Luís Cláudio estaria em vias de ser terceirizada. Isso reduziria ainda mais o espaço dos radialistas e jornalistas. Está na hora do Ministério das Comunicações tomarem uma providência quanto a isso. Na foto ao lado dos experientes e consagrados José Domingos, Capitão Hidalgo, (pessoa não identificada), Manoel Fernandes e Roberto Caetano um dos bons momentos na sede da Associação dos Cronistas Esportivos do Paraná. Bons tempos quando o rádio de Curitiba tinha Euclides Cardoso de Almeida no comando da Rádio Clube (1994), Capitão Hidalgo e Carneiro Neto comandando o futebol da Rádio Cidade, Fernando César e Joe Silva na Rádio Independência e outros prefixos correndo atrás da melhor cobertura dos noticiários e jogos do Atlético, Coritiba e Paraná.
Copa do México 86: (Em pé)  Helton
Pimenta, Capitão Hidalgo, Loureiro Junior,
 Cândido Garcia e eu; (Abaixados)
Antônio Júlio Baltazar e Oswaldo Maciel.  
 No último domingo (5) faleceu Carlos de LOUREIRO JUNIOR, um senhor comentarista. Estava internado desde 26 de Janeiro quando foi submetido a uma cirurgia para retirada de um tumor maligno. Seu estado de saúde se agravou e Loureiro Junior nos deixou no domingo. Deixou também dona Dalva, filhos, noras, genros e netos. Trabalhei com Loureiro Junior na Rádio Tupi em 1989 e na Rádio Cidade de Curitiba em 1997. Ele veio do Vale do Paraíba contratado pela Rádio Panamericana nos anos 60. Iniciou como narrador tornando-se a seguir comentarista. Trabalhou nas Rádios Bandeirantes, Gazeta, Globo (na equipe de Osmar Santos contratado que foi pelo brilhante Jair Brito), Record, Tupi, Rádio Brasil Central de Goiânia, Rádio Cidade de Curitiba e encerrou sua carreira em 2006 na Rádio Capital. O corpo de Loureiro Junior, 76 anos, foi cremado na segunda-feira (6) em São Paulo.

Até o momento não existe a confirmação de nenhuma emissora de rádio para a cobertura dos Jogos Olímpicos deste ano a serem realizados de 27 de Julho a 12 de Agosto em Londres. Espero que nas próximas semanas surjam informações a respeito. Teremos vários canais de televisão presentes que já compraram os direitos do evento. Recordo-me que em 1988 nos Jogos de Seul o rádio foi marcante por problemas de satélite que as televisões ainda enfrentavam. Estive em Seul pela Jovem Pan ao lado do eclético Orlando Duarte, do corresponde Ricardo Martins. A Rádio Bandeirantes enviou Eder Luiz, Flávio Adauto, Octavio Muniz e Sidney Lopes. Pela Itatiaia Willy Gonser, o mais completo e outros grandes nomes do rádio mineiro além de Adilson Couto e companheiros da equipe comandada por Barbosa Filho da Rádio Clube de Pernambuco. Bons tempos.

O FUTEBOL MUDOU MESMO!

As mudanças que o mundo registra a cada instante chegaram também ao esporte e avançam sem previsão do final. Os milhões que os jogadores brasileiros recebiam pelas transferências internacionais estão jejuando cada vez mais. Poucos clubes nos últimos meses investiram no mercado futebolístico brasileiro por conta de várias situações. Uma delas é a queda brasileira no ranking da FIFA e a revelação de um número cada vez menor de jogadores de alta qualidade. Os estaduais estão dando início à temporada de 2012 e a maioria ainda não decolou. Alguns alegam pouco tempo para preparar os times o que também não é mais nenhuma novidade. O que acontece na verdade é que os jogadores brasileiros tem hoje muita mordomia e mostram pouca qualidade. Como exemplo o próprio Campeonato Paulista onde distâncias que antes eram percorridas de ônibus, foram substituídas por aviões a jato. Hotéis cinco estrelas, comida balanceada e pouca bola. Noitadas frequentes em casas de shows até altas horas, festas e mais festas. Bola que é bom mesmo muito pouco. Os tempos mudaram mesmo, até os estádios com capacidade reduzida estão cada vez mais vazios. Hoje os jogadores tem a sua disposição camisas, meias, calções, chuteiras e bolas produzidas com materiais sintéticos. Até a década de 70 ou um pouco mais quando chovia as bolas, camisas, calções, meias e chuteiras pesavam uns cinco quilos a mais. Prá não esquecer, as mesmas camisas, meias e calções eram usados por longo tempo. Hoje o jogador troca de camisa no intervalo ou no final do jogo. Temo pelo futuro do futebol brasileiro entregue a empresários que sugam os clubes e estes veem aumentar cada vez mais suas dívidas e não tem como colocar as finanças em dia porque precisam repor os jogadores em curto espaço. É a triste realidade do futebol cinco vezes campeão do mundo. Não é saudosismo nem pessimismo, é a realidade. É isso aí.