segunda-feira, 18 de agosto de 2008

E AGORA JOSÉ?

A Justiça do esporte no Brasil também precisa passar por uma reciclagem e urgentemente. Os Tribunais condenam clubes e atletas e logo a seguir essas punições são excluídas pelo amparo meiddas cautelares ou coisa que o valha. Os tribunais esportivos julgam, punem e aceitam a revogação da pena. Na semana passada (dia 14) foram anulados dois jogos do Campeonato Brasileiro da Série “C” e um atleta banido do futebol. Tudo baseado numa entrevista que esse atleta concedeu. Vejam bem aonde quero chegar. Se houve mesmo um acerto entre jogadores ou clubes, ou, ou, ou, não deveriam ter sido punidos todos? Não deveriam ter sido eliminados todos os que participaram do jogo? A Justiça Desportiva acabou derrotada nesse julgamento. E tem sido derrotada em outros com a revogação de pena. Acho que quem erra realmente deve ser punido. Mas, que se cumpra à pena. Ontem os jogos voltaram a ser realizados. E o que aconteceu. Toledo e Marcílio Dias empataram em um a um e vão continuar jogando na Série “C”. Não sou advogado, nunca militei em tribunais esportivos, mas a vida me ensinou muito mais do que os senhores responsáveis pelos TJD´S sabem sobre e do esporte. A prática e o conhecimento não se compram, adquirem-se.

ESPORTE OU BRINCADEIRA?

Os Jogos Olímpicos que estão entrando na sua última semana colocam em cheque novamente um assunto que merece ser discutido com muita profundidade. Falo do não cruzamento de atletas de um mesmo país em jogos finais. Porque se adotou essa regra. O esporte pressupõe que devam vencer os melhores ou pelo menos ter chances de chegar a final. Essa de não permitir que decidam medalha de ouro e prata atletas de um mesmo país em determinadas modalidades é pra se pensar. Afinal qual é o objetivo de uma competição? Entendo que é para premiar os que realmente são os melhores. Nos esportes coletivos o que chama à atenção novamente são as duplas brasileiras de vôlei de praia masculino que terão que se enfrentar nas semifinais. A vencedora disputará a medalha de ouro e a perdedora a de bronze. Porque não se permitir que possam fazer uma final. Isso dá a entender que não se está muito preocupado em ver os melhores no topo de uma competição. Esse fato também está acontecendo na Copa Libertadores da América. Foi só São Paulo e Atlético Paranaense chegarem a uma final que no ano seguinte mudaram as regras. É na minha modesta opinião uma atitude anti-desportiva, que precisa ser analisada e reconsiderada para que o esporte mantenha sua essência. E não venham com essa do Barão de Cobertin que “O importante é competir e não vencer”. Isso cabia aos Jogos Olimpicos disputados exclusivamente por atlétas amadores. Hoje quase todos que participam são profissionais, vivem do esporte que praticam. Isso por sí só enterra o "olimpismo" que definiu a criação dos Jogos. Encaremos a realidade, e a realidade é outra. Chega de palhaçada. Infelizmente os Jogos Olimpicos também se transformaram num grande negócio, quando deveria ser uma grande confraternização dos povos através do esporte. É isso aí.

BRASIL FAZ FINAL FEMININA

Pela segunda vez consecutiva o Brasil chega a final feminina do futebol nos Jogos Olímpicos. Hoje vencemos a Alemanha de virada e aguardamos nossos adversários - Estados Unidos ou Japão - para a decisão na quinta-feira em Pequim.

Como foi
O triunfo brasileiro foi o primeiro na história do confronto Brasil e Alemanha no futebol feminino. As germânicas abriram o placar com Prinz aos 10 minutos. O Brasil que não foi bem no primeiro tempo ainda conseguiu empatar com Formiga (foto a direita) aos 43 minutos. Na fase final com Marta (a esquerda) e Cristiane jogando muito viramos o placar e alcançamos uma vitória sensacional por quatro a um. Os gols foram marcados por Cristiane aos 4, Marta aos 8 e novamente Cristiane aos 30 minutos liquidando a fatura. O jogo realizado no Estádio de Xangai teve arbitragem de Eu Ah Hong da Coréia do Sul. O Brasil venceu de Bárbara; Simone, Érika, Tânia Maranhão, Renata Costa; Maycon, Daniela Alves (Francielle), Ester e Formiga; Marta e Cristiane (Fabiana). A Alemanha perdeu com Angerer; Stegemann, Babett Peter, Krahm, Hingst; Behringer (Bajramaj), Lingor, Laudher, Garefrekes; Anja Mittag (Mbabi) e Prinz.