
Estou evitando escrever sobre esse assunto há muito
tempo. Mas, os amigos ficam me cutucando cobrando minha opinião. A cobrança é
sobre a circulação dos grandes jornais brasileiros aos domingos e o
comportamento das emissoras de rádio nesse dia. Primeiro os jornais. Já há
muitos anos em São Paulo eu deparava com a venda dos jornais de domingo logo
após o almoço de sábado nas esquinas, semáforos, à porta de restaurantes e nos
postos de gasolina. Inicialmente comprei e com o advento da internet deixei de
comprar. Por quê? Porque estampam algumas matérias interessantes, mas as
notícias e os fatos que ocorreram no sábado depois do almoço e a noite como é
que ficam? Hoje estava parado num semáforo da Rua Chile em Curitiba e me
aparece um rapaz vendendo um exemplar do mais importante jornal do estado, edição
de domingo. Para estar sendo comercializado às 13h30 deveria ter sido fechado
no máximo até o meio dia.

O outro assunto diz respeito ao funcionamento das
emissoras de rádio aos domingos. Exceto as grandes como Jovem Pan, CBN,
Bandeirantes em São Paulo e algumas poucas de outras capitais mantém seu
jornalismo reduzido sim, mas funcionando a pronto para qualquer ocorrência. É
por isso que os jornais e as rádios brasileiras estão perdendo cada vez mais
sua credibilidade. Perda maior para os jornais já combalidos pelo surgimento da
internet. O rádio não fica longe. Tem rádio que deixa tudo gravado a partir do
meio dia de sábado até segunda-feira às seis da manhã. Isso se chama falta de visão
e profissionalismo. E depois não venham reclamar e demitir funcionários porque
o faturamento caiu. Caiu pela incompetência dos gestores desses veículos. É
isso aí.