POBRE FUTEBOL PAULISTA - II

Os números do Campeonato Paulista de Futebol de 2010 continuam despencando, para contrariar a própria Federação Paulista de Futebol que recentemente divulgou números. No dia 4 deste mês publiquei os números dos jogos correspondentes a décima sétima rodada, baseado nos borderôs do site da Federação. A décima oitava rodada - a penúltima - teve ainda um número menor de espectadores em relação à rodada anterior.

Números I
Na décima sétima rodada (27 e 28 de Março), foram arrecadados nas dez (10) partidas realizadas R$ 1.906.660,40. Média de R$ 190.666,04 por jogo. Público pagante: 45.869. Média de 4.586,9 torcedores por partida.

Números II
Já na décima oitava rodada - penúltima - disputada dias 3 e 4 de Abril tivemos em dez (10) jogos a arrecadação de R$ 1.107.832,75. Média de R$ 110.783,27. Público registrado nos dez (10) jogos: 41.872. Média de 4.187,2 por partida. Como se vê houve uma queda de R$ 898.827,67 na arrecadação e de 3.997 no número de torcedores de uma para outra rodada.

UM FATO EM FOCO

O futebol especialmente aqui no Brasil tem criado alguns mitos nos últimos tempos que precisam acabar. Os grandes times continuam insistindo em escalar times diferentes quando participam de mais de uma competição, ao mesmo tempo. E por isso muitos não chegam a lugar algum. Os exemplos se repetem a cada dia. O organograma, o planejamento que se faz é importante, mas, depende sempre do fator sorte. O que os clubes precisam se conscientizar é em formar uma equipe base para jogar todas as competições, mesmo porque os jogos são realizados no máximo duas vezes por semana. Quando se vai disputar um torneio ou mais de um no mesmo período é necessário que se tenha no mínimo 22 jogadores do mesmo nível. Infelizmente não é assim que os clubes procedem. A falta de jogadores de qualidade, os obriga a colocar em campo sempre o time titular. Que sejam feitas as substituições com o que se tem no banco sempre quando isso se fizer necessário. Não é escalar hoje um time e amanhã outro totalmente ou parcialmente diferente. Essa de se dizer que “temos dois times” para colocar em campo não existe no futebol brasileiro. É hora de mudanças, um novo ciclo já começou. É isso aí.