Nas décadas de 50 e 60 se dizia que radialistas e
jogadores eram profissões sem credibilidade junto à sociedade. Com o
passar dos anos as duas profissões foram ganhando credibilidade e o que se
falava antes caiu no esquecimento. Hoje radialistas e os jornalistas que
trabalham como locutores, comentaristas e repórteres esportivos
estão perdendo a credibilidade conquistada a partir do surgimento de grandes
empresas e grandes profissionais. Porque estão perdendo a credibilidade? Porque se sujeitam a
salários que não permitem um só emprego (com exceções) para viver
dignamente. Li uma matéria do colega Anderson Cheni que me levou a esse
comentário. Atualmente grandes profissionais da latinha trabalham em duas, três
e por vezes quatro empresas diferentes para ganhar o suficiente para sobreviver.
Isso está gerando não só a perda da credibilidade do meio como e acima de tudo
o respeito ao profissional. Isso precisa ser corrigido. Os salários pagos hoje
colocam em cheque a profissão e obriga os profissionais a se “virar mais que
charuto em boca de bêbado”. Ter que trabalhar em mais de duas, três ou quatro
empresas torna o profissional da “latinha” em joguete nas mãos das empresas.
Hoje se ouve um mesmo profissional no ar na WEB pela manhã, na
rádio à tarde e na televisão fechada à noite. Muitos transmitem dois jogos seguidos no mesmo prefixo, um seguido do outro. Outro
dia ví um locutor transmitir um jogo na televisão às 16 horas e às
18h30 sempre em off-tube lá estava ele narrando um jogo pela rádio. Outros
transmitem numa rádio pela manhã e logo a seguir estão
em outro evento num canal de televisão ou até em outra rádio. De manhã estão na Itália e uma hora após já transmitem diretamente do Pacaembu ou do Engenhão. A culpa não é específica dos proprietários das emissoras ou seus diretores; é também de quem se sujeita a tal situação. Com isso a "credibilidade" está indo para o espaço ou será que isso não importa mais, não tem mais valor? É isso ai.
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